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Monitoramento da mastite em rebanhos leiteiros - Parte 2

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 22/02/2006

2 MIN DE LEITURA

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Monitoramento da mastite

O monitoramento constante da saúde da glândula mamária visa identificar, de antemão, alterações que possam aumentar os riscos de mastite e possibilitar, ainda, uma intervenção preventiva nesse sentido. Se houver o acompanhamento constante dos níveis de CCS média ou do tanque de um rebanho com CCS média de 150.000 células/mL e prevalência de mastite de etiologia ambiental, alterações nesse nível podem, previamente, informar das possíveis alterações nas condições do ambiente dos animais que favoreçam a multiplicação dos agentes causais deste tipo de mastite.

Um programa de monitoramento deve ser estabelecido levando-se em consideração a natureza da mastite que atinge o rebanho. Se por exemplo, o rebanho possui casos prevalentes de mastite contagiosa por S. agalactiae, o principal objetivo do programa consiste em identificar e prevenir casos incidentes de mastite por este agente. Para isso, algumas variáveis podem ser monitoradas, conforme o quadro 2 a seguir:

Quadro 2: Variáveis utilizadas em programas de monitoramento da mastite


Tais variáveis podem ser monitoradas inclusive simultaneamente, oferecendo ao produtor informações de grande valia sobre o comportamento da doença no rebanho e seu impacto na CCS do tanque, conforme os gráficos a seguir:


Programas de controle tratamento da mastite

Um programa de controle de mastite deve ainda contemplar a avaliação dos riscos de ocorrência da doença à que o rebanho está exposto. A partir do cálculo do "risco atribuível" a uma situação específica, pode-se estimar qual o efeito que um determinado fator de manejo pode ter sobre a ocorrência da mastite.

Num exemplo prático, pode-se suspeitar que o aparecimento de casos de mastite ambiental esteja relacionado a uma falha na limpeza do piquete de parição. Para verificar se as condições de limpeza do local têm relação com a subseqüente aparição da doença (e justificar maior freqüência de limpeza), pode-se avaliar os índices de mastite das vacas em final de gestação e que estejam alojadas em locais "limpos" ou "sujos". Os dados podem ser analisados na forma do quadro abaixo:


A taxa de incidência de mastite foi de 5,9% (5 vacas de 85) entre as vacas alojadas em local limpo, enquanto que a taxa de mastite entre os outros animais foi de 15% (15 de 100). Pode-se estimar que o "risco" é de 9,1% (15% - 5,9% = 9,1%), o que significa dizer que 9,1 casos de mastite em 100 vacas deste rebanho são atribuídos à uma limpeza inadequada do curral de parição em que os animais estão alojados. Ou seja, 9 casos de mastite nesse rebanho poderiam ser evitados com uma melhor higienização do curral.

Neste caso, o uso desta ferramenta para avaliação do risco auxiliaria a responder a seguinte questão: será que os custos para manutenção da limpeza do curral são menores que os custos gerados pelos 9 casos de mastite?

Em resumo, é de importância inegável que se componha e mantenha um banco de dados sobre a sanidade do rebanho, já que quando se extrapolam os conceitos de epidemiologia para a questão da sanidade da glândula mamária no rebanho, pode-se estabelecer, com propriedade, de que maneira e em que momento deve-se canalizar maiores esforços no controle e no tratamento da mastite.

Fonte: THURMOND, The Veterinary Clinics of North America, 1993, v. 9, n. 3, p. 435 - 444.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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JHONE HENRIQUE DIAS ROCHA

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 11/08/2006

Mastite é um caso muito grave que muitos produtores não sabem lidar ainda, ou por falta de informações ou por preguiça de realizar um manejo correto. O seu artigo ficou muito bom, parabéns.

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