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Confirmada a recuperação na captação de leite no 1º trimestre de 2024

POR HELOISA VASCONCELOS

PANORAMA DE MERCADO

EM 06/06/2024

4 MIN DE LEITURA

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Os resultados definitivos da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, publicados hoje (06/06), confirmaram o avanço na captação de leite no 1º trimestre de 2024.

Com um total de 6,21 bilhões de litros de leite captados no trimestre, a variação em relação ao 1º trimestre de 2023 chegou a 3,3%, como é possível observar no gráfico 1, bastante alinhado aos 3,4% anunciados anteriormente pelos dados prévios.

Assim como para a divulgação dos resultados prévios do IBGE, vale ressaltar que parte da variação se deve ao fato de 2024 ser um ano bissexto e o mês de fevereiro ter um dia a mais, sendo assim, a variação obtida ao igualar o número de dias do 1º trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023 foi de 2,2%.

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil

Captação mensal de leite no Brasil
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

 

Gráfico 1. Captação formal: Variação do volume total em relação ao mesmo trimestre do ano anterior

Captação formal: Variação do volume total em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

 

Em relação aos resultados estaduais, Minas Gerais mostrou o principal destaque positivo, apresentando uma importante variação anual de 8,0% (+116 milhões de litros) no volume captado no primeiro trimestre deste ano, com mais de 1,56 bilhão de litros de leite captados no total do semestre.

Entre os demais estados que compõem os maiores produtores de leite do Brasil, Santa Catarina obteve, junto com Minas Gerais, a maior variação percentual, de 8,0%, seguida por Goiás, que obteve um crescimento percentual de 4,6%, e Paraná, com uma variação

Por outro lado, compondo os maiores estados produtores do país, São Paulo e Rio Grande do Sul apresentaram decréscimos em suas captações formais de leite, de -6,3% e -5,5%, respectivamente, como mostra o gráfico 2.

É importante que esse expressivo recuo da captação do RS, de -5,5%, não contempla o período recente dos desastres no estado. O que indica que a produção no estado já vinha em um cenário desafiador, que foi bastante agravada posteriormente e refletirá em uma diminuição mais forte nos dados do 2º trimestre.

Ao considerar todos os estados brasileiros, Piauí obteve um grande destaque em seu crescimento percentual neste primeiro trimestre, que atingiu 35,8%, o maior entre todos os estados. Outros estados do Nordeste também obtiveram importantes crescimentos percentuais neste início de 2024, como Paraíba, com 16,1% e Rio Grande do Norte, com 12,4%. Apesar do crescimento percentual desses 3 estados, seus volumes totais ainda são pequenos em comparação com outros estados, representando, juntos, apenas 0,9% da captação formal do 1º trimestre do ano. No entanto, a variação percentual dos estados enfatiza o crescimento na captação formal de leite na região.

Em termos de volume de leite, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, os principais crescimentos ficaram com os estados de Minas Gerais (+116 milhões de litros), Santa Catarina (+58 milhões de litros) e Paraná (+27 milhões de litros).  Por outro lado, Rio Grande do Sul (-41 milhões de litros) e São Paulo (-37 milhões de litros) seguiram registrando os principais recuos.

Gráfico 2. Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

 

Dentre as regiões brasileiras, o Norte obteve o maior crescimento percentual no primeiro trimestre de 2024, de 10,0%, enquanto o Sudeste apresentou o segundo maior crescimento percentual, de 4,0%. Em termos de volume de leite, o Sudeste (+87 milhões de litros) e Sul (+43 milhões de litros) apresentaram os maiores avanços, com a região Sul se mantendo como a maior região produtora do país.

Gráfico 3. Variação na captação formal de leite das regiões brasileiras entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Variação na captação formal de leite das regiões brasileiras entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

 

O que influenciou no aumento da captação?

O aumento da captação observado no 1º trimestre de 2024 foi surpreendentemente acima do esperado pelo mercado, visto o resultado de uma menor rentabilidade do produtor no 2º semestre de 2023. Entretanto, é preciso levar em consideração que uma média da rentabilidade não representa o mesmo resultado entre todos os estratos de produção. Sendo assim, um dos possíveis fatores a influenciar esse resultado seria uma rentabilidade acima da média obtida pelos produtores de leite que compõem o estrato de maior produção, levando em consideração que esses produtores conseguem diluir melhor seus custos em períodos mais turbulentos para a produção. Além disso, a produção de leite do 1º trimestre teve uma forte queda no ano de 2022, caindo cerca de 10% - o que não foi recuperado em 2023 (quando cresceu somente 0,9% no período). Ou seja, a base comparativa de 2023 também é mais fraca.

Expectativas para o restante 2024

Para o atual trimestre de 2024 é esperado um impacto na produção advindo das condições climáticas que acometeram a região Sul, que, como pontuado anteriormente, seguiu sendo a maior região produtora do país.

Além disso, o cenário de menor rentabilidade do produtor de leite no 2º semestre de 2023 ainda tende a influenciar os resultados para esse primeiro semestre de 2024, principalmente entre os pequenos e médios produtores.

Vale ressaltar que a possível chegada da La Nina no segundo semestre de 2024 pode impactar os resultados esperados para a produção de leite brasileira, principalmente no Sul. Continuaremos acompanhando.

MilkPoint Mercado

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