O Uruguai mantém o terceiro lugar como exportador de leite em pó integral para a China (2% do total), apesar de no acumulado de janeiro de 2022 e junho de 2023 as compras do gigante asiático nessa área terem caído 45% (comprou 277.141 toneladas, quando no ano passado comprou 503.158 toneladas).
É o que aponta um relatório técnico de mercado publicado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), analisando o principal importador de lácteos do mundo. Nas datas da comparação acima, a China apresentou queda de 4% em suas importações de lácteos, que foram no valor de US$ 7.080.000.
Os três principais fornecedores de leite em pó da China são Austrália (contribui com 5% do total importado), Nova Zelândia (contribui com 90% do produto) e Uruguai. Até o momento deste ano, a China vem importando um volume menor de lácteos e isso tem impactado com a queda dos valores no mercado internacional.
A China tem uma produção de leite maior e, por sua vez, tem um excesso de estoque de lácteos que ainda não foi reduzido. A aposta dos importadores está centrada na importação de fórmulas infantis e leite em pó desnatado. Nestes itens as compras aumentaram e nos demais produtos, caíram.
O principal fornecedor de fórmulas infantis para o mercado chinês é a Holanda (45% das importações), a Nova Zelândia representa 23% e a França 15%, segundo dados publicados pela Inale com base na China Customs.
Em leite e gordura fresca, o principal vendedor é a Nova Zelândia (com 42%), seguida da Alemanha 826%) e Austrália (9%). No leite em pó desnatado a supremacia é da indústria de laticínios da Nova Zelândia, seguida da Austrália e dos Estados Unidos. Os neozelandeses também se impõem nos queijos, junto com a Austrália e a Itália.
É curioso que a Polônia seja o principal exportador de soro de leite para a China (tem 19% das exportações), em segundo lugar está a Holanda (15%) e por último a França (13% do total), segundo a análise do Inale.
As informações são do El País, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.