Na União Européia, surgem os primeiros rachas sobre subsídios. Ontem, Suécia, República Tcheca, Dinamarca e Holanda afirmaram que estavam dispostas a negociar a data de 2010 para o fim dos subsídios à exportação. Mas o bloco, liderado por França, Itália, Espanha e Alemanha, é contra.
Para Brasil e Estados Unidos, a conferência de Hong Kong deveria fixar uma data final para os subsídios que poderia ser em cinco anos. Mesmo com esses países europeus indicando que podem aceitar a proposta, a UE defendeu energicamente nas reuniões de ontem da OMC que não poderia acatar a data enquanto outros países não fizessem concessões.
"Não há sequer um motivo para discutir uma data final para os subsídios", disse a ministra de Comércio da França, Christine Lagarde. "Nossa posição é global, final e condicionada. Por isso, o debate sobre o fim dos subsídios só ocorreria se outros países fizessem concessões em outros pontos relativos aos créditos à exportação e ajuda alimentar".
Segundo o chanceler Celso Amorim, a UE e a Suíça foram os dois únicos que não defenderam a adoção da data de 2010 para o fim dos subsídios. Questionada se estava se sentindo isolada, Christine negou. "De jeito nenhum. Se estar isolada é estar com outros 20 países e com o nosso poder econômico, então esse isolamento é muito confortável".
Já o vice-ministro da Agricultura da Itália, Scarpa Buora, reconheceu que a união da UE sobre o comércio é frágil. "Essa fragilidade ficará cada vez mais clara nos próximos dias, quando o bloco será obrigado a tomar uma decisão sobre se aceita flexibilizar suas posições ou se deixará a reunião fracassar".
Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
UE: países mostram disposição em definir prazos
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