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Brazil Day in Washington: ministra aborda a importância da reaproximação com os EUA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/03/2019

5 MIN DE LEITURA

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Ao participar de painel sobre oportunidades de investimentos no Brazil Day in Washington, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta última segunda-feira (18) que a agricultura brasileira tem capacidade para aumentar em 30% a produção de alimentos “sem destruir sequer uma árvore em todo o nosso território”. A afirmação foi feita a empresários e executivos de grandes empresas americanas em resposta a uma questão levantada por Donna Hrinak, CEO da Boeing no Brasil, moderadora do evento, sobre supostos impactos ao meio ambiente provocados pela produção agrícola brasileira.

“A agropecuária brasileira vai continuar crescendo sem desmatar uma única árvore sequer”, respondeu a ministra. “Nós temos capacidade de incluir quase 30% a mais de produção sem destruir sequer uma árvore, um pé de árvore em todo o nosso território”.

Tereza Cristina observou ainda que o Brasil “tem um Código Florestal dos melhores do mundo”. Segundo a ministra, a legislação estabelece que o produtor brasileiro tem de preservar boa parte de sua propriedade pagando impostos por toda a área. No cerrado, bioma característico da Região Centro-Oeste, 20% de cada propriedade têm ser preservados, além de matas nativas, margens de rios, etc. Na Amazônia, a ministra lembrou que são 80% de área preservada. “E, assim mesmo, o mundo ainda nos ataca, dizendo que somos transgressores da lei. O produtor brasileiro produz de forma sustentável, com todas as dificuldades de infraestrutura que ele enfrenta em nosso país”, afirmou ao lado dos ministros Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia).

"Caminho certo"

A ministra disse aos investidores que o Brasil precisa continuar buscando novos mercados pelo mundo, porque a produção brasileira “continua a crescer de maneira sustentável”. E afirmou: “Temos uma missão de colocar, até 2050, 40% a mais de alimentos na mesa do mundo”. Ela ainda explicou que o Brasil hoje tem acesso a vários mercados mundiais e quer reforçar seus laços de parceria com os Estados Unidos. “Estamos vindo discutir os nossos mercados, que são muito parecidos na agropecuária”.

Em seu discurso no evento, o presidente Jair Bolsonaro elogiou os ministros e afirmou que Tereza Cristina “está muito preocupada com questões comerciais que, por vezes, nos assombram”.  E completou: “Ela com toda certeza tem buscado o caminho certo”. Além disso, o presidente afirmou ainda que um dos problemas que ele vai tentar resolver nos Estados Unidos envolve a produção de soja, mas não deu detalhes.

Depois, na entrevista coletiva, o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, foi perguntado sobre a fala da ministra, segundo a qual Brasil e Estados Unidos devem caminhar para assinatura de acordos comerciais bilaterais. Rego Barros confirmou e disse que, futuramente, “o presidente terá de se debruçar sobre o assunto” para estudar sua viabilidade.

A ministra também falou do novo momento vivido pelo país, a partir da eleição de Bolsonaro, em outubro do ano passado: “Existe um otimismo do brasileiro de que o país vai para um novo mundo. O setor produtivo brasileiro está apostando todas as suas fichas neste governo, as reformas econômicas devem acontecer em breve para que o Brasil entre nos eixos, e sob o comando do presidente Bolsonaro, acho que o país entra numa nova era, num novo tempo, em que as relações serão melhores entre a política, o Judiciário e o Executivo. Queremos um Brasil globalizado, aberto de lá para cá e daqui para lá. É isso que queremos no novo momento que vivemos no nosso país”.

Em seu discurso inicial, a ministra fez uma firme defesa de um comércio mundial “equilibrado e justo”. Ela lembrou que o Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia, com 7% do total do comércio agropecuário internacional, mas continua “trabalhando incansavelmente” pela abertura de mercados e por condições iguais nos mercados que já estão abertos.

“Para ganhar acesso a novos mercados, temos ciência de que teremos também de dar acesso (de outros países) a nosso grande mercado doméstico. Essa liberação de nossos mercados será benéfica e será feita de forma estratégica e responsável, assegurando que nossas cadeias produtivas possam se adequar aos padrões de competitividade global. Sem descuidar de nossos parceiros tradicionais, buscaremos diversificar nossos mercados de destino, tendo em vista que o setor agropecuário brasileiro tem um cesta de produtos das mais abrangentes. É natural que nossa pauta exportadora seja também mais transversal”, disse Tereza Cristina.

Ela disse que o ministério tenta identificar novos mercados consumidores sem descuidar da sustentabilidade e da preservação ambiental. “Essa agenda ambiciosa não exclui de nossa política agrícola a sustentabilidade”, disse.

Além disso, Tereza Cristina comentou sobre a reaproximação entre os governos brasileiro e norte-americano que inclui a atividade do agronegócio. A ministra lembrou que nesta terça-feira terá encontro com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, no Departamento de Agricultura. “É uma reaproximação com a Secretaria de Agricultura e vamos tratar de temas importantes para os dois países. Isso depois evoluirá de maneira normal”, declarou. Sobre possível diálogo envolvendo a retomada das exportações de carne bovina in natura, a ministra observou: "Estamos retomando, colocando à mesa, novamente esse tema que é importante para o mercado.  Mas também não é um assunto que esperamos levar uma solução pronta”, afirmou.

Ainda na terça-feira, Tereza Cristina acompanhará o presidente Bolsonaro em visita à Casa Branca. O presidente terá encontro privado com o presidente Donald Trump e, depois, haverá almoço de trabalho com a participação de toda a comitiva.

Banco Interamericano

Na manhã de ontem, a ministra se reuniu com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno. "Conversamos sobre como o banco pode ajudar em projetos de apoio aos pequenos produtores, com assistência técnica efetiva que promova aumento da produtividade no campo. Na pauta, conectividade, micro-bacias e fortalecimento da defesa agropecuária", destacou.

De Washington, a ministra seguirá a Nova Iorque, onde será a convidada de honra em evento do Council of The Americas, no Hotel Plaza Athénée, com investidores e executivos internacionais. De início, haverá uma reunião com a CEO do Council of The Americas, Susan Segal, e depois um café da manhã privado com cerca de 20 pessoas.

A ministra fará um pronunciamento e responderá perguntas dos participantes. No fim, haverá espaço para a concessão de entrevistas à imprensa. Depois, Tereza Cristina participará de evento do Banco do Brasil em parceria com a Câmara de Comércio Brasil Estados Unidos.

Na quinta-feira (21), terá um café da amanhã com executivos e empresários no The National Hotel, em evento promovido pela XP Investimentos. À tarde, viajará de volta ao Brasil.

As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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ORLANDO SERROU CAMY FILHO

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/03/2019

O caminho é esse mesmo, temos condições de atender às demandas do mercado mundial e faremos isso com a mesma habilidade que nos trouxe ao patamar de excelência no agronegócio.
As relações bilaterais devem ser menos difíceis quanto mais apresentarmos nosso trabalho na preservação do meio ambiente e na segurança sanitária.
O nosso mercado interno é cobiçado, pois é grande e com tendência de aumentar o consumo de bens e alimentos variados. A concorrência deverá ser maior com a queda de barreiras à importação, mas nos tornará mais eficientes também e, isso, sabemos fazer quando necessário.

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