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Tecnologia acentua força do agronegócio no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/06/2021

4 MIN DE LEITURA

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O cenário de depreciação cambial e de alta dos preços dos alimentos foi fundamental para manter o agronegócio brasileiro em alta em 2020, mesmo em meio à pandemia, e continua a estimular o avanço do setor este ano. Esete cenário só se tornou viável graças ao aumento da eficiência em diversas cadeias produtivas proporcionada por investimentos tecnológicos

Em linhas gerais, é o que aponta o estudo “Agronegócio: Exportação, Emprego e Produtividade”, publicado recentemente pelo Instituto Millenium, think tank sem fins lucrativos, e pela consultoria Octahedron Data eXperts (ODX). De acordo com os autores, o material foi produzido com o objetivo de ajudar o setor público a tomar decisões com base em dados, evidências e enfoque na mensuração de resultados. 

“Além de gerar emprego e renda e ter papel relevante no desempenho internacional do país, o setor vem promovendo avanços tecnológicos e incrementos de produtividade, e com ampla participação do setor privado. Tudo isso tem contribuído para diminuir o abismo social em que o país se encontra”, disse o estudo. 

Millenium e ODX observam que, enquanto o Produto Interno Brasil (PIB) do Brasil encerrou 2020 com queda de 4,06%, o pior resultado em 31 anos, pressionado por retrações na indústria (3,5%) e em serviços (4,5%), o valor adicionado da agropecuária cresceu 2%, com destaque para as áreas de grãos, principalmente soja, e café, cujas colheitas bateram novos recordes históricos. Mesmo o encolhimento da indústria poderia ter sido maior, não fossem altas nos segmentos de fumo (10,1%), papel e celulose (1,3%), vinculados ao agro.

No total, a produção da agricultura brasileira bateu recorde em 2020, com 1,24 bilhão de toneladas, em 63 milhões de hectares. Lideraram essa oferta as colheitas de cana (677,9 milhões de toneladas), a que tem o maior rendimento médio por hectare (75.657 quilos) no país, e cereais, leguminosas e oleaginosas (254,1 milhões de toneladas) — grupo este puxado pela soja, cuja produtividade registrou incremento expressivo nos últimos anos, a partir do uso de insumos mais eficientes nas lavouras e maior uso de maquinários. O cultivo de arroz é outro cuja produtividade está em expansão.

A agropecuária em geral ocupa 351 milhões de hectares, entre pastagens (45%), matas e florestas (29%) e lavouras (18%). “A mecanização e o investimento em tecnologia contribuem, de forma relevante, para o aumento de produtividade e, essencialmente, para a diminuição da diferença entre área plantada e área colhida. São 734 mil estabelecimentos (55,5%) com tratores, 235 mil (19,3%) com semeadeiras, 119 mil (9,2%) com plantadeiras e 206 mil (15,7%) com adubadeiras e/ou máquinas distribuidoras de calcário”, mostrou o estudo. Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos com tratores registrou alta de 50% no Brasil 

Com o bom desempenho, os R$ 439,8 bilhões da agropecuária representaram 5,9% do PIB no ano passado, 1,4 ponto a mais que em 2019. Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, o crescimento do valor adicionado da agropecuária em 2020 foi o terceiro maior em 25 anos e apontou a maior tendência de alta dessa série histórica.

“Com muitos investimentos em inovação feitos pelo setor privado, o agro mostra que, em boa medida, não depende do Estado. Pode haver equilíbrio”, afirma Priscila Pereira Pinto, CEO do Instituto Millenium. Nos últimos dez anos até 2020, observa, a agropecuária cresceu 25,4%, ante avanço de 1,5% do setor de serviços e quedas de 12,8% da indústria e de 1,2% do PIB em geral. 

“Temos indícios de que o setor, em geral, possui certa independência em relação aos demais, sendo pouco afetado por serviços e indústria e até mesmo pela economia em geral”, pontuou o estudo. Neste cenário, dizem Millenium e ODX, a ótica do agronegócio como um todo resulta em desempenho ainda mais expressivo.

Considerando a produção agropecuária básica, insumos, agroindústria e agrosserviços, o PIB do setor ficou perto de R$ 2 trilhões em 2020 (27% do total), embora a indústria de base agrícola tenha sido mais afetada pela pandemia que outras frentes. 

Se tem no amplo mercado doméstico uma âncora importante para a produção, grande parte dessa atuação positiva do agro decorre de vendas pujantes do setor ao exterior, reforça o estudo. Com câmbio e preços favoráveis, no ano passado as exportações setoriais renderam US$ 100,8 bilhões, 4,1% mais que em 2019, e gerou um superávit de US$ 87,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de toneladas embarcadas, soja em grão e derivados lideraram as vendas ao exterior. As carnes vieram em seguida. Nos dois casos, a China foi o principal destino. 

Na geração de empregos o setor  também tem se destacado. Com o crescimento das últimas décadas, o campo passou a contar, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, com 15 milhões de pessoas ocupadas em mais de 5 milhões de estabelecimentos. A região Nordeste, marcada pela agricultura familiar, concentrava quase 6,4 milhões de pessoas em 3,3 milhões de propriedades naquele ano. 

No entanto, um do ponto de atenção ainda é o crédito. Como apontam Millenium e ODX, 85% dos estabelecimentos agropecuários do país, ou cerca de 4,2 milhões, ainda não obtêm financiamentos, e dos que obtêm (784 mil) recorrem a recursos públicos. Além disso, o alcance do seguro rural permanece sendo limitado, o que amplia os riscos no campo.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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