Sempre preocupado em garantir a segurança de rações balanceadas, alimentos para animais de estimação (pet food), premix, suplemento mineral e ingredientes fabricados no Brasil, o SINDIRAÇÕES (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal), esteve presente no Global EurepGAP Conference. O evento - realizado entre os dias 17 e 19 de outubro, em Paris - abordou as regras para produção de todos os alimentos que chegam ao consumidor, tanto de origem vegetal quanto animal.
A Eurep (Euro-Retailer Produce Working Group), associação que promoveu o evento, foi fundada em 1997, por um grupo de supermercados europeus, para definir os padrões de qualidade dos produtos consumidos. Com sede na Alemanha, a organização representa, atualmente, 75% do segmento na Europa. O EurepGAP é o Código de Normas e estrutura responsável pela certificação de fazendas produtoras de frutas, vegetais e alimentação animal de bovinos, suínos e aves.
O principal objetivo do Sindirações durante o evento foi apresentar o Programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF), lançado em 2002, e mostrar o quão avançado é em relação às exigências européias. A expectativa é que esta apresentação ajude o Brasil no processo de benchmarking com o EurepGAP - isto é, o reconhecimento da equivalência das Boas Práticas de Fabricação do País com as da Europa, um dos principais mercados importador de ração animal. Na Europa são consumidos 75 milhões de toneladas de ração.
O pedido de reconhecimento pelo EurepGAP foi feito pelo Sindirações em agosto deste ano. O processo costuma durar cerca de um ano, mas, no caso do Brasil, será feito em caráter extraordinário. Isso porque muitos fabricantes brasileiros, que exportam para a Europa, foram certificados pelas regras antigas do EurepGAP e podem sair do mercado europeu caso não recebam o novo selo de qualidade da associação. Mais que uma vantagem, o benchmarking é uma condição para os produtores brasileiros continuarem exportando.
O Programa BPF Avançado do Sindirações - que além das Boas Práticas de Fabricação agrega a Análise de Pontos Críticos e de Controle (APPCC), a rastreabilidade e os controles específicos - está alinhado com a instituição européia. Isso comprova uma das grandes qualidades da indústria brasileira, de se adaptar às demandas de cada cliente, em um sistema "feito sob medida".
As próximas etapas para o reconhecimento são a avaliação aprofundada do Manual, dos Critérios e Pontos de Controle e do Regimento do 'Programa de Auditoria e Certificação', e a concessão do benchmarking. O Brasil é o terceiro País da América Latina a solicitar esta equivalência, ao lado do Chile e Uruguai, países afiliados ao EurepGAP.
Boas Práticas de Fabricação
As regras de fabricação começaram as ser discutidas pelo Sindirações em 2000, indicando a preocupação do setor com a qualidade dos seus produtos. Em uma atitude pioneira, dois anos depois, o sindicato lançou o Manual de Boas Práticas de Fabricação - antes da publicação do Codex Alimentarius e da legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Já em 2003, foi iniciado o programa de certificação da entidade. Após passar por um treinamento e pelas adequações exigidas pelo manual, os fabricantes recebem a vistoria de certificadoras credenciadas. Ao fim do processo, o Sindirações concede o certificado e o selo às empresas aprovadas.
Atualmente, seis empresas possuem o selo de Boas Práticas de Fabricação: Tortuga, Fatec, Bellman, Agroceres, Minerthal e Fri-Ribe. A estimativa é que, até dezembro deste ano o número chegue a 10, o que equivale a 50% do mercado consumidor de suplementos minerais - que, no Brasil, é estimado em 2 milhões de toneladas ao ano.
Fonte: Assessoria de imprensa do Sindirações
Sindirações busca parceria com Eurepgap
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