Em reação às críticas de organizações ambientalistas e de defesa do consumidor, entidades do setor agrícola lançaram hoje (25), com o apoio da bancada ruralista do Congresso, uma ação de marketing para defender o uso de agrotóxicos e a aprovação do polêmico projeto que flexibiliza e agiliza o registro desses produtos no país.
A estratégia de marketing lançada pelo setor passa por uma plataforma de conteúdo on-line e via redes sociais chamada “Agrosaber”, que já está no ar para disseminar informações técnicas e científicas sobre pragas, produtos agroquímicos e tentar desmistificar mitos sobre a utilização de defensivos agrícolas. Também está prevista uma campanha publicitária com o mote “A pior praga é a desinformação”.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), há grande desinformação em torno do assunto e é preciso melhorar a comunicação do setor em relação aos defensivos, que fazem parte do cotidiano dos produtores rurais.
“Fomos muito bem até a porteira, fomos bem nos negócios, mas precisamos nos comunicar melhor. E não há nada mais criminoso do que dizer que alguém da Frente ou quem produz alimentos quer colocar veneno no prato de alguém”, afirmou Moreira.
Participam da iniciativa a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), a Companhia das Cooperativas Agrícolas do Brasil (CCAB Agro) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Para a missão, as associações contrataram a Giusti, agência de comunicação especializada em gerenciamentos de crise, que já atendeu clientes como o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e a empresa Camargo Corrêa.
As informações são do jornal Valor Econômico.