O levantamento aponta que, desde 2015, houve aumento de rebanho e produção dentro da propriedade, numa média de 1,1 vaca por ano e 19,1 litros de leite por dia. A produtividade aumentou 165 litros por vaca a cada ano. Esses resultados se devem ao fato de os pequenos produtores estarem recebendo Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) de qualidade, se especializando mais e investindo em tecnologias, inseminação artificial, melhoramento das pastagens, de equipamentos e instalações, garantindo assim conforto e bem-estar animal.
O relatório mostra ainda as três principais dificuldades dos produtores de leite apontadas pelas entidades participantes da pesquisa: falta ou deficiência de mão de obra (45,21%); descontentamento em relação ao preço recebido pelo leite (44,89%) e também a falta de sucessão familiar (40,72%).
Esses dados foram coletados em 100% dos 497 municípios gaúchos entre 20 de maio e 30 de junho de 2019, sendo assim o maior e mais completo estudo sobre a cadeia produtiva do leite realizado no Brasil. O documento apresenta informações essenciais para se ter um retrato fidedigno da realidade da produção leiteira gaúcha para que, a partir de então, se possa atuar na melhoria e desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, que é composta por 97% de agricultores familiares.
Participaram desta pesquisa todos os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar, 392 prefeituras, 207 inspetorias de defesa, 114 sindicatos de trabalhadores rurais, 74 conselhos municipais de Agricultura, 259 indústrias, agroindústrias, cooperativas e empresas de laticínios, além de 81 outras entidades ligadas ao primeiro setor gaúcho.
No primeiro trimestre de 2020, a Instituição lançará uma versão ainda mais completa e impressa do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS 2019, com dados dos 12 escritórios regionais da Emater/RS-Ascar e também por Coredes. Confira o relatório completo em aqui.
As informações são da Emater/RS.