RS: Cosulati dobra produção de leite longa vida

A Cosulati (Cooperativa Sul Rio-Grandense de Laticínios) comemora a marca histórica de 100 milhões de litros de leite recebidos em 2005. O número representa incremento de 28% na produção da bacia leiteira da cooperativa, que envolve 32 municípios. Até o dia 31 deste mês, esta marca será ultrapassada, pois no fechamento do mês de novembro, o total recebido neste ano já chegava a 95 milhões de litros, garantiu o gerente industrial, Antônio Leivas.

Tamanho incremento requer também a ampliação da capacidade industrial da unidade, localizada no município do Capão do Leão, e requer investimentos altos. Depois de anunciar, em setembro, a construção de uma segunda torre, que irá triplicar a produção de leite em pó, a cooperativa anuncia agora a ampliação da capacidade de produção de leite longa vida, que deve passar dos atuais 120 mil litros/dia para 240 mil litros/dia.

Até o dia 15 de janeiro, devem estar em funcionamento os novos equipamentos adquiridos pela empresa, que investiu R$ 5 milhões na aquisição de três máquinas, o que deixa a produção totalmente automatizada. Uma das máquinas, a TBA 8, apresenta como diferencial a fixação de tampa plástica na caixa do leite. Outra novidade é a colocação de filme por cima da caixinha, etapa antes manual, que passa a ser automatizada. "Além de ampliar a produção, os investimentos interferem ainda na maior qualidade do produto final".

Fábrica

No mês de janeiro, a Cosulati inicia a construção da segunda torre de secagem para a produção de leite em pó, com capacidade para 450 mil litros de leite por dia, o equivalente a 54 toneladas de leite em pó por dia. O empreendimento irá triplicar a produção da indústria, que atualmente é de 150 mil litros por dia ou 18 toneladas e será construída em espaço ao lado da atual fábrica.

O investimento é de R$ 20 milhões, o que inclui desde a obra até a aquisição dos equipamentos. A nova unidade irá produzir leite em pó integral instantâneo, desnatado, soro em pó e leite condensado. "Trata-se de unidade de multipropósito, para a fabricação de uma série de produtos", informou o gerente.

A produção deve ser orientada à exportação, especialmente para países como México e Venezuela. Leivas explicou que o RS consome apenas 60% do leite que produz. "Esta nova fábrica será preparada para atingir os compradores mais exigentes", avisou.

Fonte: Diário Popular/RS (por Luciara Schneid), adaptado por Equipe MilkPoint