Apesar do efeito calendário, ele lembrou que a produção industrial vem perdendo força desde o segundo semestre do ano passado. A média móvel trimestral, que recuou 0,5% em março, vem perdendo ritmo desde agosto de 2018.
Na comparação do primeiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018, a indústria teve queda de 2,2%, a maior nessa base de comparação desde o quarto trimestre de 2016, quando a produção industrial encolheu 3,1% ante o quarto trimestre de 2015.
Já o recuo de 0,1% na produção industrial acumulada em 12 meses registrado em março foi a primeira taxa negativa por essa ótica de comparação desde agosto de 2017, quando houve queda também de 0,1%.
Redução na indústria de alimentos
Houve recuo na produção de três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE. A principal influência negativa no resultado da indústria foi em produtos alimentícios, que teve queda de 4,9%, eliminando parte da expansão de 13,8% acumulada de novembro de 2018 a fevereiro deste ano.
Também tiveram resultado negativo veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas (-1,7%) e outros produtos químicos (-3,3%).
Entre os nove ramos que ampliaram a produção, o desempenho de maior relevância foi o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que avançou 4,6%.
Entre as grandes categorias econômicas, recuaram bens intermediários (-1,5%), bens de consumo duráveis (-1,3%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-1,1%). O primeiro segmento teve o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando perda de 2,7%. O setor produtor de bens de capital teve o segundo mês consecutivo de avanço, com alta de 0,4%, em março.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo.