A Frimesa, indústria que produz derivados de leite e carne suína e tem sede em Medianeira (oeste do Paraná), é apenas uma entre várias do segmento que já vem sentindo os efeitos da suspeita de febre aftosa no estado.
"No primeiro momento, houve uma interrupção quase generalizada da comercialização. As exportações ficaram suspensas, assim como a comercialização com São Paulo e Santa Catarina", lembrou o diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek. "Houve um prejuízo terrível, mas desde quinta-feira (dia 27), a situação começou a melhorar, com São Paulo e Santa Catarina reabrindo as divisas".
O setor de lácteos da empresa vem sofrendo prejuízos. Segundo Zydek, a captação de leite foi reduzida em 23% na semana passada, passando de 800 mil litros por dia para 650 mil. "Desde segunda-feira, reduzimos a compra do leite do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e mantivemos a compra dos produtores do Paraná", afirmou.
Segundo ele, a medida visou reduzir a produção de leite longa vida e do queijo, produto que é exportado. "O leite longa vida não nos traz lucratividade alguma. E quanto ao queijo, reduzimos a exportação também por conta do câmbio", explicou. Zydek não descartou a demissão de funcionários, caso a situação piore ainda mais. Atualmente, as dez unidades industriais, incluindo o frigorífico, empregam 2,3 mil pessoas.
Fonte: Paraná On Line (por Lyrian Saiki), adaptado por Equipe MilkPoint
PR: Frimesa sente os efeitos da suspeita de aftosa
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ELIZARIO PEDROZO
ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/11/2005
É justo nós produtores de leite passarmos pelo que estamos passando, antes mesmo da suspeita da aftosa ser confirmada? Em meu caso já tinha uma redução de 27,68%, após a suspeita a coisa ficou difícil, onde isso vai parar?
Temos nossos compromissos e queremos cumprir em dia, mas de que forma? Só com a suspeita a média do preço do leite em nosso estado, que é o 4º maior em produção do Brasil, está mais baixa que no MS, com aftosa comprovada.
O PR hoje tem o terceiro menor preço do Brasil. Em uma excelente matéria divulgada no MilkPoint, mostrando a média do preço do leite no Brasil, foi citado que nosso estado tem preço de R$ 0,42/litro.
Se nossos governantes e laboratórios técnicos não conseguem concluir se em nosso estado tem ou não aftosa, exames e novos exames, provas e contra provas e nada de resultado, o que podemos achar disso tudo? Já faz mais de 20 dias de suspeita e o resultado sempre previsto para os próximos dias.
Qual alternativa que nos resta? O milho não cobre os custo de produção, a soja o pequeno produtor não pode nem pensar em plantar, os produtores de carne reclamam, produzir leite hoje é tirar leite do bolso. Qual a alternativa que nos resta? E ainda vai plano e vem plano quem banca é agropecuária, os superávits de exportação são a nossa agricultura que traz, os governantes estão dando o respeito que merecemos?
Temos nossos compromissos e queremos cumprir em dia, mas de que forma? Só com a suspeita a média do preço do leite em nosso estado, que é o 4º maior em produção do Brasil, está mais baixa que no MS, com aftosa comprovada.
O PR hoje tem o terceiro menor preço do Brasil. Em uma excelente matéria divulgada no MilkPoint, mostrando a média do preço do leite no Brasil, foi citado que nosso estado tem preço de R$ 0,42/litro.
Se nossos governantes e laboratórios técnicos não conseguem concluir se em nosso estado tem ou não aftosa, exames e novos exames, provas e contra provas e nada de resultado, o que podemos achar disso tudo? Já faz mais de 20 dias de suspeita e o resultado sempre previsto para os próximos dias.
Qual alternativa que nos resta? O milho não cobre os custo de produção, a soja o pequeno produtor não pode nem pensar em plantar, os produtores de carne reclamam, produzir leite hoje é tirar leite do bolso. Qual a alternativa que nos resta? E ainda vai plano e vem plano quem banca é agropecuária, os superávits de exportação são a nossa agricultura que traz, os governantes estão dando o respeito que merecemos?