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Pesquisa revela custo atual da mão-de-obra da atividade leiteira

VÁRIOS AUTORES

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/11/2012

8 MIN DE LEITURA

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Com a participação de 166 produtores originários de 16 estados e que produzem juntos 76,3 milhões de litros por ano, o MilkPoint mais uma vez traz um retrato do mercado lácteo brasileiro. Desta vez, o tema abordado foram os custos e, posteriormente trataremos da produtividade da mão-de-obra na produção de leite, fatores que tem peso significativo na estrutura dos gastos da maioria dos empreendimentos, com importância crescente em função do aumento dos custos de mão-de-obra e da escassez de trabalhadores qualificados no campo. Segundo relatório da IFCN (International Farm Comparison Network), as fazendas leiteiras nos países emergentes, como o Brasil, estão se defrontando com grandes aumentos nos salários. Isto se deve ao crescimento econômico, que gera maior demanda por trabalhadores, aumentando o preço dos seus salários, e também ao desenvolvimento educacional, visto que devido à maior qualificação, os trabalhadores aumentam o leque de atividades que podem desenvolver, reivindicando assim melhores salários.

É necessário ao produtor o conhecimento destes dados, tanto para entender os pontos críticos do negócio, no que se refere aos custos, quanto para comparar se sua atividade tem apresentado custos condizentes com o cenário nacional e internacional. Nesta primeira etapa, serão apresentados os dados referentes ao custo da mão-de-obra na produção de leite. Posteriormente, serão divulgados os dados relativos à produtividade da mão-de-obra.

Metodologia

A pesquisa foi realizada através de um questionário online elaborado pela equipe MilkPoint de forma a gerar um panorama sobre a produtividade e os custos atrelados à mão-de-obra na produção de leite. No questionário foram mensurados apenas os gastos com alimentação, ordenha e administração da atividade leiteira. Gastos com produção de alimentos e criação de bezerras não foram considerados, visto que se incluirmos produção de alimentos e criação de animais jovens, por exemplo, a chance de gerar dados que não são comparáveis entre si era maior, uma vez que há propriedades que produzem os grãos, outras que produzem apenas os volumosos, e outras ainda que terceirizam a maior parte do alimento. Restringindo ao fornecimento do alimento (e pasto), ordenha e administração, criamos uma base para comparação dos dados.

O custo dos funcionários foi considerado de forma relativa ao tempo empregado na produção de leite. Por exemplo, se um funcionário recebe R$1.000,00 e dedica 40% do tempo à produção de leite, o custo deste funcionário, para a atividade leiteira, é de R$400,00.

A mão-de-obra familiar, que é em tese "grátis", na verdade representa um custo de oportunidade ao produtor: a pessoa poderia receber determinado salário em outra atividade, no entanto deixa de realizá-la para dedicar-se à produção de leite. A este trabalhador, imputamos um custo proporcional aos estratos produtivos: para produtores de até 120 litros/dia, o custo de oportunidade considerado foi de R$622,00 mensais. Para produtores entre 120 e 150 litros/dia, este custo foi estimado em R$700,00 e entre 150 e 250 litros/dia, R$850,00. A partir dos demais estratos produtivos, o custo da mão-de-obra familiar estimado foi de R$1.000,00. Esses dados foram baseados na média da remuneração destes estratos informada pelos produtores que consideraram um valor para seu trabalho.

Outro tipo de custo que, em geral, o produtor não computa em seus cálculos é o próprio custo de gerenciar a fazenda. Para chegarmos neste valor, questionamos na enquete se o produtor era de fato o gerente da fazenda e, em caso positivo, se havia computado seu próprio custo. Aos que afirmaram ser os gerentes de suas propriedades e, no entanto, não consideraram seus próprios custos, estimamos valores por litro de leite para cada estrato produtivo, para que fosse considerada a remuneração do gerente. A distribuição destes valores foi a seguinte, de acordo com a produção:

- De 500 a 1.000L/dia: R$0,07/L
- De 1.000 a 2.500L/dia e de 2.500 a 5.000L/dia: R$0,05/L
- Maior que 5.000L/dia: R$0,03/L

No entanto, para produtores com escala de produção menor que 500 L/dia, o custo de gerência não foi computado, mas sim o custo de oportunidade de um trabalhador familiar, visto que para tal escala de produção em geral produtores não necessitam da contratação de um gerente. Apesar destes valores terem sido arbitrariamente considerados pelo MilkPoint, os mesmos apresentam estimativas próximas à realidade conferida junto aos agentes de mercado, o que ajudou a gerar dados de maior confiabilidade.

Devido a estas diversas variáveis que por vezes são desconsideradas pelos produtores ao estimarem seus custos, separamos o custo da mão de obra/litro em três categorias:

- Custo da mão-de-obra contratada: no qual foi considerado apenas o valor dos custos com os funcionários contratados.

- Custo mão-de-obra contratada + custo de oportunidade: no qual os valores são referentes ao custo de mão-de-obra contratada e também ao custo de oportunidade da mão-de-obra familiar.

- Custo total da mão-de-obra: no qual, além dos custos com funcionários e mão-de-obra familiar, também foi considerada a remuneração do proprietário como gerente da propriedade, nos casos em que o mesmo indicou que não havia computado sua própria remuneração.

Estes três parâmetros de custos, ao serem considerados em conjunto, apresentam diversas tendências implícitas que, se comparássemos apenas aos custos com funcionários contratados, nos levariam a uma análise equivocada sobre o real custo da mão-de-obra nos diferentes estratos produtivos.

Entretanto é necessário ressaltar que, devido à impossibilidade de checarmos os dados - pois tratou-se de uma enquete online - não é possível avaliar se todas as informações obtidas foram mensuradas de forma correta. Os dados estão sujeitos a diferentes interpretações por parte dos produtores, portanto não é possível afirmar que todos tenham disponibilizado informações comparáveis entre si (ex: inclusão de encargos no custo de mão-de-obra contratada; separação dos custos de criação de novilhas e volumosos).

Desta forma, não podemos elaborar conclusões definitivas acerca do custo de mão-de-obra na atividade leiteira, trata-se de um estudo de caráter exploratório, que visa levantar dados sobre a questão e estimar um panorama da atividade.

Resultados

Dentre os 166 participantes da pesquisa, Minas Gerais foi o estado que teve maior representatividade, com 34,3% das respostas. Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná vieram logo em seguida, com 11,4% de participação cada um. A tabela abaixo apresenta estes dados:

Tabela 1: Participantes da enquete por estado

Fonte: Milkpoint

Outro dado relevante refere-se à participação na enquete por tipo de produção. No gráfico abaixo podemos ver que a grande maioria (44,6%) dos produtores utiliza o sistema de pastejo para criação de suas vacas. O sistema de semi-confinamento, em que parte do manejo do animal é realizado em pastejo e outra parte em confinamento, também teve grande participação, com 39,2% do total. Já o sistema de confinamento, é utilizado por 16,3% destes produtores.

Gráfico 1 - Participantes da enquete por tipo de produção

Fonte: MilkPoint

No que se refere ao tamanho da produção de leite/dia dos participantes, parte significativa (44,6%) apresenta produção menor do que 500L/dia. Destes, 63,5% utilizam o sistema de pastejo.

Gráfico 2 - Participantes da enquete por tamanha da produção (L/dia)

Fonte: MilkPoint

Conforme podemos visualizar no gráfico abaixo, conforme aumenta a escala de produção, a participação do sistema de pastejo diminui, sendo repassada para os sistemas de semi-confinamento e confinamento.

Gráfico 3 - Tipo de produção por estrato produtivo

Fonte: MilkPoint

A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos na enquete:

Fonte: MilkPoint

O custo da mão-de-obra contratada/litro nas fazendas participantes foi de R$0,105. Ao adicionarmos os outros custos implícitos mencionados anteriormente como a mão-de-obra familiar, obtemos um valor de R$0,147. Ainda, se adicionarmos o custo do gerente, o custo total da mão-de-obra chega a R$0,174. Ressalta-se que estes custos, na grande maioria dos casos, estão implícitos na atividade, não sendo pagos de fato. Observa-se que à medida em que se aumenta a escala de produção, o impacto dos custos com a mão-de-obra familiar e o custo do gerente diminuem. Isto porque, quanto maior é a escala de produção, mais diluído torna-se o custo com a mão-de-obra. No gráfico abaixo pode-se ver esta atenuação do efeito destes custos:


Fonte: MilkPoint

Em estudo realizado na Universidade Federal de Lavras, a tese de doutorado do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, João Cesar Resende (sob orientação do Prof. Marcos Neves Pereira), foram analisados os determinantes de lucratividade de 159 fazendas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba participantes do projeto Educampo. Foi observado que o custo da mão-de-obra por litro de leite era uma das principais variáveis que afetavam a lucratividade das fazendas presentes na amostra, apresentando maior correlação com a rentabilidade que a produtividade por área, item muito mais utilizado na literatura para comparação de eficiência.

No estudo, o custo médio da mão-de-obra contratada foi de R$0,096/litro de leite, valor próximo ao observado em nossa pesquisa, R$0,105/litro. As fazendas com mão-de-obra contratada que apresentaram rentabilidade positiva, possuiam custo de mão-de-obra contratada de, em média, R$0,08/L, enquanto nas propriedades que demonstraram rentabilidade negativa, o custo da mão-de-obra contratada foi de, em média, R$0,15/L.

Para efeito de comparação, das 166 fazendas participantes de nossa pesquisa, 42 destas (25%) tiveram custo com mão-de-obra contratada menor que os R$0,08/L, que no estudo apresentado estava correlacionado com a rentabilidade positiva. Por outro lado, 50 das propriedades (30%) tiveram custo com mão-de-obra contratada maior que R$0,15/L, que foi o valor médio encontrado para as fazendas que apresentaram rentabilidade negativa.

Resende afirma que o custo da mão-de-obra contratada/litro apresentado em sua pesquisa, R$0,096 - semelhante aos R$0,105 observados na enquete - é próximo ao encontrado nas menores fazendas de leite da Argentina, Nova Zelândia e Estados Unidos. No entanto, quando a análise se foca nas maiores fazendas destes três países, o custo da mão-de-obra contratada é quase duas vezes maior, o que demonstra a baixa competitividade do leite brasileiro no cenário internacional, se considerado apenas o custo com mão-de-obra. É necessário ressaltar que, embora tais países apresentem menores custos relativos à mão-de-obra, a utilização de capital físico(máquinas e equipamentos) é muito maior, fato evidenciado pela divulgação do IFCN, que afirma que o custo de produção do leite brasileiro é igual ao dos EUA.

Conclusões

Com base nessas informações será possível embasar análises futuras mais aprofundadas sobre a eficiência da mão-de-obra. Ressalta-se a importância de contabilizar os custos de oportunidade, tanto da mão-de-obra familiar quanto do próprio produtor, uma vez que a diferença entre o custo da mão-de-obra contratada e o custo total, incluindo os custos de oportunidade, pode chegar até a R$ 0,12/litro nos estratos menos produtivos. Tal valor, embora não represente um desembolso realizado pelo proprietário, no médio/longo prazo torna-se um entrave à rentabilidade e à continuação do produtor na atividade, pois embora não haja a efetuação do gasto, os familiares e o próprio produtor estão abrindo mão de outras atividades para dedicarem-se à produção de leite, o que gera estes custos implícitos.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

MARIA BEATRIZ TASSINARI ORTOLANI

Médica Veterinária (UEL), Mestre em Medicina Veterinária (UFV), e coordenadora de conteúdo e analista de mercado do MilkPoint.

CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI

Economista formado pela ESALQ/USP; Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado

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HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/12/2012

uito bom o artigo.

   Leva-nos á conclusões muito relevantes , sendo principalmente :

   a)  a grande maioria da população urbana, desconhece o custo da mão de obra para se produzir leite,pagando dignamente , seja o empregado ou o
membro familiar,sendo que êste último  não fica na propriedade  se não for remunerado adequadamente, sendo êste último aspecto,aquele responsável por muito abandono desta atividade, principalmente nas médias e pequenas propiedades familiares.

      b) a produção de leite deve ser subsidiada, como o que acontece  em outros  paises.

ISMAEL MATEUS CAVAZINI

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

EM 01/12/2012

Se bem capacitado, um funcionário com atitude e força de vontade concerteza irá se pagar, mas não é o suficiente, tem que passar conhecimento para essas pessoas, mostrar a elas a importância do seu trabalho e como isso irá interferir no produto final, acompanhar as diversas etapas do processo produtivo no qual ele está inserido e buscar da melhor forma possível repassar o seu conhecimento técnico de maneira que se tenha um fácil entendimento de todo o processo!!! Grande Pesquisa!!!


Ismael M. Cavazini


Graduando em Medicina Veterinária-UFPEL


Produtor Rural
AIRES DIVINO FERREIRA ALVES

EDÉIA - GOIÁS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 29/11/2012

Gostei muito da materia que é uma realidade na minha  regiõa, onde esta cada dia mais dificio a mão de obra e moradores para zona rural.Mas convenhamos se tem oferta melhor na zona urbana deve mesmo é escolher o melhor para se propio,so não sei é o que vamos consumir no ramo de lactos a curto tempo pois os produtores não tem preço na sua mercadoria,funcionarios e respeitos das industrias do ramo.Mas se não tivermos leite de vaca certamente vamos tomar leite de soja a te porque a te mesmo os produtores de soja são vistoscom outros olhos perante a sociedade. Grato:Aires Divino(jilo)
RODGER DOUGLAS

JABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/11/2012

Parabens pelo levantamento e artigo.



Para dar uma pequena comparacao fiz ums calculos com o banco de dados DairyBase da NZ e achei bom compartilhar.



Regiao Waikato safra 09/10 - mais tradicional regiao produtora - media de vacas por propriedade 375 sendo que ums dois tercos devem ser operado/gerenciado pelo proprietario.



Os valores foram calculado com o cambio em 1 NZD: 1.6 Real



A maior parte do mao de obra envolvido na producao de volumosos e reposicao seria incluso mas nao 100% pelo uso de terceirizados em alguns circunstancias



Coluna A - mao de obra contratada/litro R$0.0644

Coluna C - mao de obra total/litro R$0.130 (variacao de 0.09 - 0.28)



Custo total por trabalhador media - R$76 mil por pessoa/ano (contratado + custo de opportunidade) que ajustando pelo diference de encargos entre os paises decima terceira etc. seria  por volta de R$3800/mes



Produtividade de aproximadamente 2230L/dia trabalhado



Neste amostra a correlacao simples entre o indice de custo de mao de obra total/litro e rentabilidade foi de 0.29 ou sendo que 29% da variacao de rentabilidade entre produtores pode ser explicado pela diference no custo de mao de obra/litro.



A administracao e saude animal sao relativamente mais facil de lidar (menos tempo) mas este mostra aonde pode chegar com sistemas eficientes e technologia.



Um abraco a todos

RAONI BENI CRISTOVAM

DRACENA - SÃO PAULO - ZOOTECNISTA

EM 28/11/2012

Primeiramente gostaria de parabenizar os autores do levantamento, com resultados ótimos, podendo ser comprovados e comparados com projetos muito sérios, como o Educampo, onde tive a honra de ser treinado e capacitado para ter uma melhor visão sobre o assunto.

Também gostaria de entender esta parte do texto, no último parágrafo antes da conclusão " No entanto, quando a análise se foca nas maiores fazendas destes três países, o custo da mão-de-obra contratada é quase duas vezes maior...," na palavra maior não seria menor?

Já com relação a mão-de-obra em si, entendo que será muito complicado um aumento de eficiência, por diversos fatores, dentre eles:



Escolaridade da M obra - dificilmente se conseguirá aumento tão expressivo assim da eficiência, onde a escolaridade dos RH das propriedades é tão ruim, visto que para passar as instruções necessárias a funcionários em fazendas, qualquer técnico precisa de que estas pessoal possam fazer com facilidade, pequenas contas, leituras de recomendações escritas e entedê-las para colocá-las em prática, e pelo que ando observando em minhas visitas, são limitações muito grandes com relação a isso. Tudo isso não impede um técnico de passar suas instruções, porém atrasa e muito a evolução do processo.



Carga tributária - também vejo dificuldade muito grande a produtores onde a carga tributária em nosso país é altíssima, tornando as contratações de pessoas capacitadas e até técnicos bem mais inviável, visto que a carga aumenta proporcionalmente ao salário, tornando talvez a contratação de um técnico que ajudaria muito no dia-a-dia de uma fazenda muito cara, limitando assim a evolução da propriedade.

Também esta carga tributária incide de forma desestimuladora sobre o funcionário, onde normalmente os salários não são dos maiores, e ainda há um tributo altíssimo que já é descontado mesmo antes de ele receber, e estimular qualquer funcionário a melhorar eficiência ou trazer bons funcionários para a propriedade, com valores líquidos a receber tão baixos, fica quase que impossível.



Qualidade de vida do RH de propriedades - não podemos esquecer que existem vários cenários de fazendas, umas perto da zona urbana e outras muito longe, e com certeza isso afeta e muito a qualidade de vida de funcionários, visto que a qualidade de vida esta associada ao ganho pelo trabalho e usufruir do mesmo, com gastos que dão prazer (qualidade de vida) ao empregado, onde como não é novidade a ninguém em nosso meio rural que ainda existem e muitos empregadores que não dão folgas semanais aos seus funcionários, muitas vez são extremamente autoritários sobre suas vidas particulares, enfim  tais recursos humanos tem uma péssima qualidade de vida. Por exemplo: ainda nos dias de hoje não é difícil de encontrar propriedades com funcionários, principalmente ordenhadores, que não estejam no mínimo com 1 ano sem folga e descanso para ter com sua família e seus amigos, e exigir eficiência nessa situação é quase impossível.



Um grande abraço a todos.



ÁLVARO DE OLIVEIRA MONTEIRO

JUSCIMEIRA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2012

Gostei de ver o retorno das informações enviadas. Parabéns pelo trabalho de pesquisa! Sugiro que avaliem também os demais custos de produção, de forma a se conhecer o custo total do litro de leite produzido, para que possamos comparar com o preço recebido pelo mesmo. Um abraço!
ROSANGELA ZOCCAL

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 27/11/2012

Muito interessante o artigo.

A eficiência dos sistemas de produção depende de adequado manejo de pastagens ou culturas, animais mais produtivos, técnicas de manejo e uso de máquinas e equipamentos, que necessariamente exigem mão de obra qualificada para lidar com os animais e com as máquinas. A falta de capacitação e treinamento eleva o custo.  



Veja os dados que encontrei sobre a produtividade da mão de obra, medida em litros de leite por homem por dia: Em um sistema com produção diária de 82 litros e um rebanho de 14 vacas em lactação, a produtividade é de 82 litros/homem/dia. No sistema com rebanho de 55 vacas e produção de 545 litros, a produtividade é maior, de 182 L/homem/dia e no sistema com volume diário de 2.649 litros, em média, cada trabalhador é responsável por 324 litros. Esses valores representam, no primeiro caso,  31% do custo de produção, 18% no sistema intermediário e reduz para 12% do custo total no sistema maior.

Como mudar isso para que o preço do leite produzido no Brasil seja competittivo?
LINDOMAR

XINGUARA - PARÁ

EM 27/11/2012

gostaria de saber como foi dimensionado essa mão de obra, pois de 500 a 1000 litros quantos funcionários eu eu devo ter pra suprir as necessidades, ou seja qual a proporção adequada ou melhor dizendo qual a relação considerada  funcionário/produção diaria deve ser considerada para tal calculo de custo?
ANDRE LUIZ MERCHAN

MATUPÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2012

Início de atividade: estou pagando "livre de descontos" R$ 1.100,00/mês para uma produçao de 200 litros dia, será que consigo viabilizar este funcionário??
ODECIO ANTONIO LARA

GUAPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2012

Meus parabens pelo trabalho. Nos dá uma estimativa de nossa mão de obra
JOSÉ JOAQUIM GOMES

ALEXÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2012

Está evidente porque não vejo resultado satisfatório em minha produção (700 l/dia). Tenho necessidade de mais tecnologia e, consequentemente, mais investimento. Será que verei retorno um dia?. Como sou teimoso, criado debaixo de uma vaca, ... vamos em frente.  
ORONILDO PORTES DO NASCIMENTO

CARIACICA - ESPÍRITO SANTO

EM 27/11/2012

Bom dia.

Parabéns pela pesquisa, pois ela nos mostra o quanto precisamos ser eficiênte se quisermos continuar na atividade.



JACI DE ALMEIDA

SEROPEDICA - RIO DE JANEIRO

EM 27/11/2012

       Gostei muito de ler os resultados desta pesquisa, pois os brasileiros de maneira geral "Produtores e técnicos do setor pecuário", na sua grande maioria desconhecem o custo não só da produção de seu leite como tamém de sua mão-de-obra. Em minha região ainda podemos tecer alguns comentários particulares:


1) A pecuária leiteira na região Sulfluminense que já foi um expoente, hoje está cada vez mais decadente. Isto se deve, em parte aos novos pecuaristas, que por exercerem outras atividades, têm no pecuária leiteira, apenas uma válvula de escape para abatimento de imposto de renda, e quando vêem que o negócio não é tão lucrativo quanto suas atividades principais saem da atividade, mas o mal já está causado, pois contribuem para a queda no valor do produto, mesmo esta não sendo a principal causa.


2) Recentemente instalaram-se duas grandes empresas captadoras de leite na região, entretanto ao invés de concorrência que fizesse o preço do produto subir de valor, devido  as plantas necessitarem de grande volume para trabalhar em sua capacidade máxima, este acabou perdendo valor  em um momento não comum se comparado aos anos anteriores;


3) E por último a instalação de grandes empresas dos diversos setores, fizeram com que a mão-de-obra já escassa e de qualidade ruim, migrasse para estes novos postos de trabalho, devido as vantagens que estas oferecem e que são na sua grande maioria bem superiores aos oferecidos pelo setor pecuário (ex.: apenas 8 hs de trabalho, trabalho 5 dias por seman, décimo terceiro salário, férias, FGTS, folga, vale trasnporte e alimentação, enfim, vantagens que na maioria das vezes não são encontradas pelos empregados de propriedades leiteiras da região, mesmo estando previsto na legislação.


     Esta mudança ocorrida nos últimos anos, vem se agravando com a alternativa da pecuária de corte, onde os pecuaristas na tentativa de recuperar os prejuízos ou ao menos equilibrar a atividade, vêem no gado de corte a salvação da lavoura. Porém, o que temos encontrado são propriedades com excesso de animais, pastagens degradas e em muitos casos profissionais despreparados para orientar os produtores. Isto sem falar na falta de um programa de extensão, que atenda os produtores, já que os órgãos que deveria exercer este papel não o fazem. Informação esta, que pode ser comprovada ao perguntar aos produtores quantas vezes já receberam um técnico em sua propriedade para uma visita e possível orientação. Resposta quase que unanime, nenhuma.


     Mas como dizem os otimistas, devemos fazer nossa parte e esperar que os órgãos e empresas cumpram a sua, e assim, tentar solucionar esta lacuna entre pecuristas, técnicos e empresas do setor.
CRAIG BELL

JABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2012

Parabéns para o análise.  A única coisa que posso sugerir é que calculam uma média ponderada, baseada na proporção de leite em cada faixa de escala, seguindo as pesquisas de IBGE.  Por exemplo 84% de leite é produzido em propriedades com menos que 500 litros seguindo IBGE e a média deve refletir essa situação.  Fazendo isso seria uma melhor aproximação de custo de mão de obra.  Parece algo perto de R$0,275/litro.



Abs,



CB
FLAVIO HENRIQUE

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 26/11/2012

muito bom o artigo... a equipe toda esta de parabéns!!!!!!!!!!!!!

abç
ANTÔNIO CÂNDIDO GARCIA DE FIGUEIREDO

MOCOCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/11/2012

Gostei muito desse artigo,


principalmente na citação do trabalho do professor Marcos, quando ele atenta para a relevância do custo de mão de obra, quando comparado com a produtividade.


Parabéns

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