De acordo com os dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), somente no primeiro semestre de 2020 foi registrada alta de 33% nas vendas de material genético, que somou 8,1 milhões de doses, e a tendência é de manutenção do mercado firme. Minas Gerais representa 15% do mercado comprador.
De acordo com o presidente da Asbia, Márcio Nery, o mercado de genética segue aquecido e a tendência é que os pecuaristas invistam cada vez mais na inseminação artificial (IA), que tem custo reduzido e traz resultados mais positivos para a produção.
Segundo Nery, em Minas Gerais e no Brasil, os pecuaristas estão conscientes da importância de se investir em genética, tanto para o melhoramento do rebanho de corte como para o de leite. Três principais fatores têm estimulado os aportes. O primeiro é o custo acessível da inseminação artificial, que representa entre 2% e 3% do custo total com os insumos da produção.
“É um custo muito baixo para se ter resultados promissores. Isso tem atraído o produtor”, disse Nery.
O segundo aspecto, segundo Nery, é que de todos os insumos utilizados na fazenda, a genética é permanente e vai atuar de forma contínua na melhoria dos resultados e da eficiência.
Outro fator decisivo e que tem atraído os produtores é melhoria da eficiência e o ganho em produtividade com animais de melhor genética. “Quando o pecuarista investe na genética, ele tem avanços significativos na produção. Ele passa a produzir mais, em um menor período de tempo e em um espaço menor. A melhoria genética é capaz de trazer precocidade, maior fertilidade, eficiência alimentar e maior resistência às doenças. Tudo isso, reflete em um custo menor, o que é essencial para uma produção competitiva”, disse.
Sustentabilidade
Outro fator que é favorecido pela melhoria da qualidade do rebanho é a produção mais sustentável. Já que é possível produzir mais em um menor espaço.
“A demanda pelos produtos da pecuária, principalmente, a carne bovina, tende a seguir firme e temos a capacidade de ampliar a produção de forma sustentável e sem a necessidade de abrir novas áreas. Não existe método mais poderoso para ajudar a sustentabilidade do que o melhoramento genético, é produzir mais com menos”, explicou Nery.
As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pela Equipe MilkPoint.