ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Passivo jurídico por desrespeito ao tabelamento de fretes volta a preocupar

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/04/2019

2 MIN DE LEITURA

0
1

A promessa feita pelo governo de fiscalizar a aplicação da tabela de fretes apaziguou o ânimo dos caminhoneiros, mas trouxe à tona uma questão que estava ficando em segundo plano: o passivo jurídico diferença entre o valor mínimo e o pago — milionário gerado por transportes feitos fora dos preços mínimos estabelecidos.

A Lei 13.703 instituiu a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, que determinou a publicação de tabelas de preços mínimos para fretes de cargas a granel, frigorificadas, perigosas, gerais e neogranel. Essa atribuição é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deverá publicar as tabelas referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas as distâncias e os tipos de carga. Quem descumprir as regras terá que indenizar o transportador em valor que seja o dobro da diferença entre o preço pago e o que seria devido. Apenas indenizações anteriores a 19 de julho serão anistiadas.

Em agosto do ano passado, meses após o estabelecimento da tabela, o Valor já havia informado que uma das grandes tradings de grãos presentes no Brasil calcula que, em seu caso, a diferença entre os preços praticados os previstos na tabela chegava em cerca de R$ 200 milhões em poucas semanas.

Em mensagem a associados também em agosto do ano passado, o Sindicato dos Transportadores autônomos de Cargas de Ourinhos e Região (Sindicam) afirmava que estava reunindo documentação para entrar com processos contra transportadoras — ou tradings — que estão pagando valores abaixo do piso mínimo. “Não existe trabalhar ou não com tabela, isso não é uma opção. É lei”, afirmava Ariovaldo Junior Almeida, diretor do Sindicam, em mensagem de áudio direcionada a caminhoneiros.

Ontem, a questão voltou à tona com a promessa do governo junto à Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) de fiscalizar o cumprimento da tabela de preços mínimos. Outra promessa feita foi de que a tabela será reajustada de acordo com mudanças no preço do diesel.

“O que vai acontecer é o que era quase descartado meses atrás: a formação de frotas próprias”, disse Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Para atender o volume a ser movimentado, tradings como ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus teriam de adquirir 4 mil caminhões cada uma, com gastos estimados em R$ 700 mil por carreta, somando cerca de R$ 2,8 bilhões em investimentos, avaliou o próprio Mendes no fim de 2018.

O diretor-geral da Anec calcula que, apenas para 2019, considerando a tabela ainda sem o reajuste do diesel, os gastos para exportar a produção de soja, farelo de soja e milho aumentam cerca de US$ 4 bilhões. “Considerando o frete de ida e de retorno [pagamento de um frete de retorno quando os caminhões voltam para sua origem vazio]”, destacou.

“Dentro de um sistema regido por oferta e demanda é complicado garantir renda para uma das partes”, disse. “Já temos de lidar com a imprevisibilidade da safra, do mercado, da guerra comercial e, agora, tem o tabelamento”. Mendes completa, ainda, que é normal haver aumentos nos preços pagos pelo frete em picos de safra, quando há grande disputa por caminhões. “Mas não temos como garantir um fluxo durante o ano inteiro”, pontuou.

A questão ainda dará muito pano para manga. Isso porque a safra 2018/19 de soja brasileira está terminando de sair dos campos e o transporte rodoviário é o principal meio para levar as 70 milhões de toneladas da oleaginosa — previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) — até os portos. No primeiro trimestre do ano, já saíram 18,3 milhões de toneladas de soja pelos portos do país.

As informações são do jornal Valor Econômico.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures