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Maggi diz que crise do leite se resolverá com retomada da economia; Uruguai poderá recorrer à OMC

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/10/2017

5 MIN DE LEITURA

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse ontem (16), no manifesto "SOS Leite - Balde Cheio, Bolso Vazio", que a pasta não tem recursos para equilibrar o mercado do leite com compras governamentais do produto e que a crise no setor deve ser resolvida com o aumento da demanda quando a economia melhorar.

Segundo Maggi, o leite não precisa de incentivos para ser consumido no Brasil e a retomada da economia deve resolver a situação dos produtores, prejudicados pela queda dos preços internos. “Todos nós consumimos leite pela manhã, compramos produtos com leite. Para aumentar o consumo tem que aumentar a renda. Quanto maior a renda dos consumidores, mais eles partirão para a compra de comida e de insumos pessoais”.

O ministro reconheceu que o governo poderia comprar o leite, estocá-lo e vendê-lo quando as condições de mercado estivessem melhores, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas disse que não há orçamento para isso neste momento. “O ministério não tem orçamento. Há uma discussão dentro do MDA [Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário] para que possam alocar algum recursos ainda neste ano e a gente possa fazer uma compra maciça, enxugando o mercado, isso ajuda bastante.”

Em todo o Brasil, há mais de 1 milhão de produtores de leite e há registro de atividade leiteira em 99% dos municípios. Em toda a cadeia do leite estão envolvidos cerca de 4 milhões de trabalhadores.

blairo maggi - importação de leite uruguaio
A suspensão da importação de leite do Uruguai ocorreu por suspeita de que nem todo o leite vendido era uruguaio

Suspensão do Uruguai

Na semana passada, atendendo a uma demanda do setor e da Frente Parlamentar da Agropecuária, Maggi decidiu suspender as licenças de importação de leite do Uruguai. Mais barato, o leite uruguaio, de acordo com o ministro, tem contribuído para a crise no setor no Brasil e a situação está se transformando em quase insuportável para o produtor local, em função dos custos que inviabilizam competir com o produto do país vizinho. O argumento usado pelo ministro foi de que o Uruguai exporta mais leite do que poderia produzir, o que poderia sinalizar que o país vende ao Brasil leite comprado de terceiros.

Ontem, Maggi voltou a falar sobre o assunto e disse que uma comitiva brasileira deverá ir essa semana ao Uruguai para fazer as vistorias necessárias. “Temos que acelerar as discussões externas e internas também. Eu vou dizer com toda a tranquilidade, não é uma medida definitiva, nós não conseguimos segurar isso por muito tempo. Até porque se eles [Uruguai] recorrerem à OMC [Organização Mundial do Comércio] e a qualquer organismo internacional, eles têm direito de vender o leite para o Brasil”, ponderou.

A suspensão da compra de leite uruguaio, segundo Maggi, valerá até que seja concluída a rastreabilidade do produto e só será revertida se conseguirem comprovar que 100% do volume exportado ao país são produzidos no Uruguai. O ministro defendeu o estabelecimento de uma cota de importação do produto pelo Brasil, o que ajudaria a regular o mercado.

Parceiro comercial

O comércio com o Brasil é estratégico para o Uruguai. Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostram que o Brasil comprou 86% da produção de leite em pó desnatado uruguaio e 72% do integral, em 2017. Nos primeiros seis meses deste ano, já foram importadas 41.811 toneladas de leite em pó do país vizinho. No total, 36% do comércio de produtos do agronegócio e 25% de todos os produtos comercializados entre os países referem-se a produtos lácteos.

Ao receber a notícia da suspensão, o governo uruguaio se disse surpreso e afirmou que a decisão foi tomada de forma unilateral pelo Brasil, sem nenhuma advertência anterior. Segundo o chanceler Rodolfo Nin Novoa, é “absolutamente insustentável que se diga que o Uruguai triangula leite para vender ao Brasil”. Novoa diz que o Uruguai vende 100 mil toneladas de leite por ano ao Brasil. Por outro lado, importa apenas 300 toneladas de outros países.

O Uruguai advertiu que a postura do Brasil poderá prejudicar a abertura da União Europeia ao Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). “Quando os negociadores da UE virem como, entre nós, seguimos colocando travas, nossa posição se tornará inconsistente”, afirmou Novoa. O governo uruguaio enviou uma nota ao Brasil expondo esses riscos.

De acordo com nota divulgada pela presidência do Uruguai, na última sexta-feira (13), o presidente Michel Temer conversou por telefone com o presidente Tabaré Vázquez. Segundo os uruguaios, Temer comunicou “seu compromisso pessoal de que não haverá inconvenientes no ingresso de produtos lácteos uruguaios no Brasil”.

SOS Leite - Balde Cheio, Bolso Vazio

Com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, de diversos políticos e lideranças do setor, os produtores realizaram o Manifesto SOS Leite nesta segunda-feira (16/10), em Prata/MG. 

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, os produtores apresentaram ao ministro a grave situação da produção de leite no Brasil e pediram a regulamentação das importações de forma que o mercado interno não seja mais prejudicado. “O custo de produção é maior que o valor recebido pelo produtor e a grande entrada de leite do Uruguai só piora a situação”, diz Rodrigues. Enquanto o preço médio nacional pago ao produtor em setembro foi de R$1,13 (com vários Estados pagando menos de um real), o custo de produção está em torno de R$1,30. Hoje, o setor emprega mais de cinco milhões de pessoas.

Para o coordenador da Câmara de leite da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Vicente Nogueira, o ministro teve uma demonstração clara do quanto o setor está mobilizado na defesa de melhores condições para produção. “Ninguém deseja proibir totalmente as importações, mas esse mercado precisa ser organizado, ou seja, ter um volume mínimo e máximo para a entrada do leite do Uruguai para que o mercado interno não seja afetado”, ressalta Nogueira. Segundo ele, a pecuária leiteira passa pela maior crise já vivida. “Não adianta ter balde cheio e bolso vazio. Quando o produtor decidir cruzar os braços em razão de não ter mais condições de produzir o que será do país? Estamos preparados para ir à Brasília com milhares de produtores para entregar nosso pleito ao presidente Temer”, garante o representante da OCB.

Eduardo de Carvalho Pena, vice-presidente Faemg e presidente Comissão Técnica de Leite, lembra que essa é uma reivindicação feita pelo setor há mais de 10 anos. “Não queremos fechar as portas do mercado comercial na América do Sul, mas a importação precisa ser regulamentada. Da mesma forma que para a Argentina existe uma cota em torno de 4.500 toneladas/mês, para o Uruguai também deve existir. Hoje, essa importação é predatória para os produtores brasileiros, principalmente Minas Gerais que é o maior produtor de leite do Brasil. Até o mês passado já tinha entrado mais de 100 mil toneladas de leite do Uruguai. É um número gigantesco, como se estivesse abrindo uma grande empresa no país”, diz Pena.

Leia também: 

"SOS Leite - Balde Cheio, Bolso Vazio": acompanhe o manifesto!

As informações são Agência Brasil, da FAEMG e do jornal O Estado de São Paulo. 

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MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/10/2017

Ao Diógenes Pereira: Se você não gosta ou tem medo da verdade, então não merece estar na lista de comentários para a qual participamos. Estou seguro que aqui ninguém está interessado em propaganda a favor ou contra alguém. Buscamos a verdade, apenas isto.

Nossos comentários contribui para ampliar maior visão da classe produtora. Eu gostaria sugerir a você que se você sabe quem são eles, seria bastante útil sabermos com quem estamos lidando. Agradeço a oportunidade.
DIOGENES PEREIRA

LOBATO - PARANÁ

EM 20/10/2017

Valdinei creio que as empresas que importam esse leite devem ser as que os transformam em outros alimentos como Barra de Chocolates, Balas, Picolés, Sorvetes, Bolos etc. Não vou citar nomes porque não quero fazer propaganda de nenhuma delas, no Momento que elas importam esse leite em Pó  para essa transformação de seus produtos e alimentos, nossas usinas de Laticinios deixam de secar esse leite e jagam como UHT no mercado, com isso incha as Lojas de Supermercados e o preço do produto final despenca onde os consumidores pagam até 1,50 no litro de leite UHT, e o Produtor recebe menos de 1,00 real no campo.
VALDINEI GRAPIGLIA

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/10/2017

Alguém sabe informar quais as empresas que estão importando leite do Uruguai?

Alem disso, busquem informações de quem são os proprietários destas empresas e dai virão à tona as ligações politicas destas pessoas com a elite política do ``nosso`` país.

Será surpreendente!!!
NELSON VILMAR

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2017

Incrível... como pode um país tão pequeno como o Uruguai exportar tanto leite em pó ao Brasil !!! Enquanto nós  o que estamos fazendo ?  E  os nossos governantes ainda fecham os olhos dando pleno apoio a esta questão. Lamentável ...
FELIPE PANCIER

JOAQUIM TÁVORA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2017

Uma vergonha o que está acontecendo com nosso setor leiteiro.digo a vocês hoje nos estamos sendo roubados vergonha vergonha vergonha de morar nesse país tão grande tão lindo tão rico e tão corrupto.Enquanto eu levanto as 4 horas da manhã para produzir alimentos para a nação outros roubam tudo o que produzimos.so posso dizer que estou começando a desanimar de produzir nesse país
JOSELITO GONÇALVES BATISTA

UBERABA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2017

Tenho dito e vou repetir, os itens que estão discutido no momento não vai resolver a questão financeira do produtor de imediato. Estamos vendendo nosso produto abaixo do custo. Precisamos imediatamente de uma medida que dê segurança e sustentabilidade ao nosso trabalho. Ficar discutindo Mercosul, In 40, recessao , etc ... isto só prolonga nosso sofrimento. Se formos esperar resolver a crise econômica vamos todos sucumbir, não suportamos mais este caos que nos encontramos envolvidos e a culpa não é nossa. É da falta de uma política adequada e que nos dê a segurança necessária para continuarmos trabalhando e produzindo dignamente. O que realmente nos falta é o preço mínimo com base no custo de produção regional. Isto sim é dar segurança ao produtor. E digo ao Sr. Ministro, com isto o resto se resolve, inclusive a continuodadevda importação do leite do Uruguai. E aí, vão ou não vão defender os produtores nacional ???
ADIR FAVA

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2017

Incrível como são os dirigentes deste país, ao invés de defender os interesses de nós brasileiros contribuintes estão importando o produto que é básico para a sobrevivência de pequenas propriedades rurais deste nosso Brasil inviabilizando o esforço de brasileiros e prestigiando outras nações e produtores do exterior.  O que querem os dirigentes brasileiros? Acabar com o produtor brasileiro? Pois é assim que está acontecendo!!! Quem se beneficia com esta política de massacre ao produtor brasileiro?

Para mim está claro que não há futuro para o pequeno e médio produtor de leite neste país.
HAMILTON WAGNER DE MORAES

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/10/2017

O MANIFESTO FOI UM SUCESO ,EU ESTAVA PRESENTE.CONVIDO TODOS PRODUTORES DE LEITE ,QUE FAÇA O MESMO ,E TAMBEM PARABENIZO A FECOAGRO QUE REPRESETADA PELO O PRESIDENTE VASCO ,E FOI FU NDADA NO MEADOS DESTE ANO ,QUE E´FEDERAÇAO DAS COOPERATIVAS DE LEITE DE MINAS GERAIS E FOI UMA DAS IDEALIZADORAS DO EVENTO.
FABIANO MOLINARIO

FORTALEZA DOS VALOS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/10/2017

É uma vergonha uma pais deste tamanho, dimensões continentais, ter uma estratégia hipócrita para acabar com os pequenos produtores de leite!

Sabe se mto bem, que numa crise láctea, quem não tem condições de continuar no ramo é o pequeno... Já que o grande tem mais recursos e sobras! Pela barganha na compra de maior volume de produtos de consumo interno da Fazenda e também na venda por tem muito produto num só local.

Então Maggi e Temer, não venham com comentários de que a importação foi cancelada por que haveria possibilidade de triangulação de leite ou ainda ligando para os Uruguaios dizendo que é passageiro... Isso é o pior tipo de homem, sem carácter, sem respeito, matando os seus por motivo algum!!! Sejam homens, respeitem o povo que lhes colocou neste patamar de poder escolher por todos! Sejam digninos deste voto de confiança! Ou entreguem a quem tem competência pra isso!



Fabiano Molinario

Filho de Produtor de leite tipo C

Explorado como todo povo Brasileiro
ADEMIR LUIZ TASSI

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/10/2017

Os produtores estão sozinhos nesta empreitada, não tem incentivos, não há política agrícola, assistência técnica (somente particular), governo alega que não tem recursos para regular o mercado e a situação será normalizada com a retomada da economia. Eles políticos esquecem que o Brasil  está nessa situação, por culpa deles mesmos (deles políticos), pois estão preocupados com seus ganhos pessoais e esquecem da sua verdadeira atribuição.

Produtores verdadeiros heróis, mas com baldes cheios e bolsos vazios... até quando isso se sustentará. Políticos acordem, antes que seja tarde demais.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/10/2017

Uma coisa é certa, o custo de produção do leite, porque nós produtores não temos nada de graça, pelo contrário , pagamos muito , e caro . Só um exemplo, tenho que dar  4  litros de leite , para comprar  1 litro de gasolina , então , fora outros itens que só aumentam.

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