Leite Ninho ganha roupa nova depois de 82 anos

O Leite Ninho está no Brasil desde 1923, quando ainda era importado pela Nestlé do Brasil, e só agora resolveu trocar de roupa. Um dos mais tradicionais produtos da empresa suíça está ganhando uma nova embalagem inspirada nas leiteiras utilizadas em fazendas com quatro diferentes ilustrações.

"Nossas pesquisas mostram que a lata de Leite Ninho tem várias utilidades para a dona-de-casa. Algumas até fazem coleção", diz Gian Carlo Aubry, diretor da unidade de lácteos e culinários da Nestlé. As novas embalagens terão edição limitada, mas Aubry diz que a empresa já prepara nova fornada, prevendo o sucesso de vendas.

O primeiro mercado a receber as novidades foi o Nordeste, em meados de outubro. A região responde por 62% das vendas do produto, seguida pelo estado do Rio de Janeiro que representa 12% do consumo de Leite Ninho, segundo Aubry. Em novembro as novas latas de Ninho serão lançadas nos demais mercados. De acordo com o executivo, a expectativa da empresa é incrementar as vendas entre 5% e 6% com as novas embalagens.

Outra novidade, esta dirigida ao público de menor poder aquisitivo, é o lançamento da versão do produto em sachês de 26 gramas. Segundo Aubry, a versão sachê será comercializada apenas em alguns estados da região Nordeste, em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O objetivo da empresa, diz ele, é colocar no mercado um produto de baixo custo e alta conveniência para o consumidor. "O preço médio, de R$ 0,49 por embalagem, deve permitir o acesso da população de baixa renda ao nosso produto", diz Aubry acrescentando que o consumo de Leite Ninho está concentrado nas classes A e B.

Segundo o executivo, o mercado de leite em pó é estimado hoje em 130 mil toneladas por ano e registra taxa de crescimento médio de 5% ao ano. A Nestlé, diz ele, tem apresentado crescimento pouco acima desse índice, entre 6% e 7% ao ano.

Fonte: Valor (por Eliane Sobral), adaptado por Equipe MilkPoint