A liberação das fronteiras de São Paulo para os produtos e subprodutos de origem animal procedentes das regiões paranaenses excluídas da intervenção sanitária por causa da suspeita de febre aftosa não pode ainda ser comemorada pelos produtores de leite paranaenses.
O leite cru pode entrar livremente em São Paulo se proceder de estabelecimentos com Sistema de Inspeção Federal (SIF) e acompanhados de atestado sanitário emitido pelo Ministério de Agricultura. Entretanto, os fiscais estão em greve há cerca de 11 dias e somente eles podem emitir esses certificados.
Segundo Mauro Cezar de Faria, gerente de pecuária da Castrolanda, esta região continua pasteurizando o leite dentro do Paraná através, por exemplo, da Batávia e da Confepar. "Tivemos que aumentar a venda de leite dentro do estado, reduzir a produção e reduzir o volume de leite escoado para São Paulo. Estamos muito longe do foco da febre aftosa e mesmo assim continuamos na mesma situação de antes", desabafa.
Segundo ele, com a suspeita de aftosa o setor sofreu um impacto de R$920 mil, contabilizados entre o dia 23/10 ao dia 31/10. "Tivemos que jogar leite fora, pagar pela pasteurização do leite dentro do estado, pagar pelo frete, etc. Não fechamos este mês ainda, mas sentiremos o impacto desta greve já que estamos nas mesmas condições de há três semanas atrás", conclui Mauro.
De acordo com o gerente de pecuária, espera-se até amanhã um parecer da Secretária de Agricultura do Paraná junto ao Mapa para solucionar o problema das emissões de certificados.
Fonte: Equipe MilkPoint
Leite do Paraná já sente impacto da greve dos fiscais
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