Por determinação do juiz da 4º Vara Cível de Ribeirão Preto, Heber Batista Mendes, um novo leilão dos ativos da massa falida do laticínio Nilza ocorrerá em 17 de maio. O edital do leilão foi publicado esta semana. Essa é a terceira tentativa de vender os imóveis, que estão avaliados em R$ 68,5 milhões.
Os imóveis foram divididos em quatro lotes, que incluem também mobília e máquinas dos laticínios. “Acredito que agora, com o mercado aquecido, teremos mais chances de que a venda ocorra”, disse ao Valor o administrador judicial da massa falida, Alexandre Borges Leite.
Ele calcula que será possível obter R$ 50 milhões com o leilão das unidades. A Nilza teve a falência decretada em 2012 e tem uma dívida de R$ 700 milhões, aproximadamente. A BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), era um dos principais acionistas da Nilza, com mais de 30% do capital.
O primeiro lote ofertado compreende a unidade de Ribeirão Preto, avaliada em R$ 38,3 milhões. O segundo diz respeito a uma área de dez hectares, também em Ribeirão Preto, avaliada em R$ 9 milhões.
O terceiro compreende oito imóveis em Itamonte (MG), incluindo a indústria de laticínios, terrenos e imóveis em áreas urbanas, avaliado em R$ 20,5 milhões. O quarto e último lote é composto por um terreno e imóvel avaliados em R$ 718 mil.
As propostas de compra devem ser enviadas até 11 de abril e a abertura dos envelopes está prevista para 17 de maio. Não havendo lances para a aquisição do lote único, as unidades industriais poderão receber lances individualmente.
As informações são do jornal Valor Econômico.