FAO: preço dos alimentos é o maior desde 2014; lácteos sobem 1,6%

O indicador para lácteos subiu pelo oitavo mês consecutivo e teve média de 111 pontos em janeiro.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 4

O índice de preços dos alimentos medido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) chegou a 113,3 pontos em janeiro, seu maior nível desde julho de 2014. O aumento em relação a dezembro foi de 4,3%.

Em janeiro, o indicador subiu pelo oitavo mês consecutivo. A FAO também revisou para cima a média de dezembro, de 107,5 para 108,6 pontos.

Em comunicado, a entidade internacional afirma que a alta foi resultado dos preços internacionais dos cereais, açúcares e óleos vegetais. O indicador para cereais teve média de 124,2 pontos em janeiro, com forte elevação de 8,3 pontos (7,1%) em relação a dezembro — foi seu sétimo aumento mensal consecutivo.

Continua depois da publicidade

Os preços internacionais do milho subiram 11,2% na comparação mensal, refletindo a oferta global cada vez mais restrita, com produção e estoques mais baixos do que o esperado nos Estados Unidos e compras substanciais feitas pela China. A FAO também lembrou que Argentina e Rússia, grandes fornecedores de trigo, elevaram os controles para exportação desses cereal, elevando os preços globais.

Os preços dos óleos vegetais aumentaram 5,8% (7,7 pontos), em janeiro, com 138,8 pontos, nível mais alto desde 2012. A razão principal, disse a FAO no relatório, é que a produção de óleo de palma na Indonésia e na Malásia ficou abaixo do esperado, em virtude do excesso de chuvas, enquanto as greves na Argentina reduziram o fornecimento global de óleo de soja.

Continua depois da publicidade

Os preços do açúcar subiram 8,1%, para 94,2 pontos, seu maior nível desde maio de 2017. A forte demanda e o aumento do preço do petróleo, junto com a desvalorização do real em relação ao dólar, causaram essa elevação no preço do açúcar.

O indicador para lácteos subiu pelo oitavo mês consecutivo e teve média de 111 pontos em janeiro, 1,7 pontos, isto é, 1,6% acima de dezembro.

Por fim, o subíndice de carnes da FAO teve média de 96 pontos em janeiro, alta de 0,9 pontos (1%) em relação a dezembro de 2020, marcando o quarto aumento mensal consecutivo. Todas as carnes subiram no mercado internacional.

As informações são do Valor Econômico.

Comentário MilkPoint 

É interessante ressaltar que esse índice refere-se aos preços globais dos alimentos. No cenário atual do leite no Brasil temos visto uma retração de preço em função da oferta alta e a demanda diminuída, como atestado peça média CEPEA em jan/21 que teve queda 4,3% em relação a fevereiro. 

A diminuição do poder de consumo da população em virtude do cenário pandêmico da Covid-19 aliada ao fim auxílio emergencial e à alta do desemprego são fatores que justificam a redução da demanda agregado por produtos lácteos.

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 4

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Santo olivatto
SANTO OLIVATTO

IPUÃ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/02/2021

E o que é que a vaca tem com isso? porque na maioria das vezes é ela quem paga o pato,a conta não fecha ai míngua a ração.
Qual a sua dúvida hoje?