IN 51 estimula compra de tanques de resfriamento
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
O produtor Sérgio Toledo Pereira, um dos proprietários da Fazenda Prata, em Delfinópolis (MG), adquiriu um tanque de resfriamento de 500 litros em novembro do ano passado, quando decidiu comercializar leite em vez de queijos. "Sabíamos que teríamos que nos adequar às novas exigências de qualidade", conta Toledo.
O tanque de resfriamento foi comprado por R$ 7,8 mil, por meio de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). São produzidos diariamente 220 litros, destinados ao laticínio paulista Jussara.
Em fevereiro, o produtor Luciano Pimenta, da Chácara Bela Vista, de Carmo do Rio Claro (MG), substituiu um tanque de resfriamento com capacidade de 1,7 mil litros por outro com volume de quatro mil litros. A propriedade conta também com tanque com capacidade de 2,5 mil litros. "Estamos ampliando nossa produção há um ano e meio. Passamos de 2,8 mil litros/dia para 4,5 mil litros/dia", relata Pimenta. Segundo ele, o tanque de 1,7 mil litros foi vendido a um produtor também de Carmo do Rio Claro, que estava se adequando às exigências da IN.
Segundo fabricantes, a demanda por tanques de financiamento ganhou força em meados de 2004, quando pequenos e médios produtores de leite passaram a se preparar para a nova regulamentação. "O mercado está aquecido", diz o gerente de produtos da WestfaliaSurge, Fernando Sampaio.
As vendas de tanques de resfriamento pela DeLaval cresceram 30% no último ano, para 250 unidades/mês, segundo o gerente comercial do Centro-Sul, André Pinto Lima. "O uso de tanques de resfriamento pode baratear o frete em até 50%, à medida que a freqüência de viagens para os laticínios diminui", assegura. Ele destaca que o cuidado com a melhoria do padrão de qualidade do leite pode contribuir também para ampliar a presença do Brasil no mercado externo do produto.
A Divisão Inox da Kepler Weber comercializa 100 tanques de resfriamento de leite por mês. "As vendas têm crescido em função das novas normas e da necessidade que os produtores invistam em qualidade do leite", afirma o diretor-presidente da empresa, Othon d'Eça Cals de Abreu.
A Kepler Weber produz tanques de resfriamento na unidade de Bauru (SP) desde 2003, com modelos de 300 litros a três mil litros. Para adquirir os itens, os produtores contam com recursos do Programa de Financiamento do Agronegócio (Prodeagro) do BNDES. Segundo Othon, o incremento na comercialização de tanques de resfriamento tem reflexos nas vendas de ordenhadeiras.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Chiara Quintão), adaptado por Equipe MilkPoint
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SÃO PAULO - SÃO PAULO
EM 04/08/2005
Amanha alguém vai dizer que a responsabilidade do produtor termina quando ela "toca" vacas sadias e bem nutridas para dentro da ordenha, ... e que esta também deve ser responsabilidade da indústria. Vamos terminar com um produtor que entra com a terra e sua força de trabalho para cuidar de uma granja leiteira em que tudo pertence a indústria (qualquer semelhança com a integração da avicultura, nao é mera coincidência).
Proponho o inverso. Nao só o resfriamento, mas também o transporte deveria ser gerenciado pelos produtores de cada "rota" de leite. Já que eles é quem pagam (via desconto do frete), que tenham o direito de gerenciar. A indústria já terceiriza e os produtores que experimentaram sabem das vantagens de redução de custos, venda conjunta e flexibilidade.
Andre Zeitlin
Estudante
Univ. da California, Davis

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 01/08/2005
Nesse estágio do processo, se o controle sanitário do rebanho, o nível nutricional e o manejo higiênico dos animais na ordenha forem executados de acordo com o padrão adequado, a leite que chega ao referido garrafão atende às normas de produção exigidas para o leite A.
A partir daí, o resfriamento, a armazenagem para redução do custo de coleta e outras exigências injustamente delegadas ao produtor pela IN 51 deveriam por justiça e lógica estarem onerando exclusivamente os custos do processamento, normalmente no Brasil o único elo sempre lucrativo nessa cadeia produtiva.
Por último, o custo-benefício do transporte a granel do leite resfriado deve ser melhor avaliado, pois se ele fosse indiscutivelmente positivo, a Nestlé não terceirizaria a coleta.