O que você faria de diferente se começasse no leite hoje? Genética é o item mais citado

A maioria dos participantes (17,7%) relatou que se começassem hoje no leite, fariam melhores investimentos do âmbito de genética animal. Na sequência, melhor planejamento da nutrição e dos alimentos envolvidos (16,6%). Com relação a esse item, foi citado desde a escolha da pastagem utilizada, cultivares e até os próprios insumos utilizados. Confira o resultado completo da pesquisa!

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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Recentemente a Equipe MilkPoint lançou na sua página do Instagram e no próprio portal a seguinte enquete: se você fosse começar no leite hoje, o que faria de diferente? A pesquisa contou com a participação de vários leitores, que emitiram as suas opiniões sobre a respectiva pergunta.

A maioria dos participantes (17,7%) relatou que se começassem hoje no leite, fariam melhores investimentos do âmbito de genética animal. Na sequência, melhor planejamento da nutrição e dos alimentos envolvidos (16,6%). Com relação a esse item, foi citado desde a escolha da pastagem utilizada, cultivares e até os próprios insumos utilizados.

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O planejamento da infraestrutura da fazenda seria diferente para 14,5% dos participantes e o uso de assistência e consultoria deveria ter ocorrido desde o início da atividade, para 11,3% deles.

Confira abaixo o gráfico com os grupos das principais respostas:

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Como mostrado acima, outros itens que envolvem a produção de leite também foram citados:

  • maior estudo sobre a produção de leite, suas fases e as atividades que a envolvem (8,1%);
  • melhor treinamento da mão de obra (8,1%);
  • foco em gestão (6,5%);
  • 4,8% evitariam o financiamento;
  • foco maior na qualidade e no controle da mastite do rebanho (3,2%).

Alguns produtores de leite (3,2%) comentaram que se fossem optar por uma decisão de atividade hoje, não começariam novamente no leite. Com empate (1,6%), foram citados:

  • maior conhecimento sobre as doenças e saúde do rebanho;
  • maior conhecimento sobre o mercado lácteo;
  • foco no bem-estar animal e;
  • foco na sustentabilidade.

Leia alguns depoimentos de produtores de leite que recebemos na pesquisa:

“Apesar da minha região (Major Isidoro/AL) permitir sistemas mais extensivos com lucratividade, eu partiria para um sistema com intensiva produção de forragem e confinaria mais o rebanho”

“Pensaria mais a longo prazo, analisaria melhor as oportunidades, planejaria mais antes de fazer os investimentos em infraestrutura e não teria medo de sonhar grande”

“Se o sistema fosse à pasto, com suplementação no cocho na época da seca, faria primeiro um bom canavial e/ou capineira suficiente para alimentar todo o plantel pelo período de 210 dias de seca”

“Teria implantado processos para cada atividade desde o início. Teria protocolo para parição, criação de bezerras, ordenha, entre outros. Isso é fundamental para manter as boas práticas”

“Focaria numa boa estrutura e em animais com boa produtividade, investiria em genética de ponta para criação de novilhas (mesmo que de início a produção fosse pequena), mas a qualidade gerada deveria ser boa. Importante nunca investir se afundando em financiamentos e dependendo sempre de bancos e empréstimos”

“Eu iniciaria mais cedo produzindo volume de alimentos e de qualidade em conjunto com genética do rebanho. Também, focaria numa boa seleção de touros para a inseminação das matrizes”

“Teria como prioridade a qualidade para posterior crescimento da quantidade”

“Gradativamente eu limparia e plantaria cultivares em toda a propriedade ou reservaria áreas para começar com 25 vacas selecionadas e um touro de linhagem de Girolando. Teria uma boa estrutura e um local para o descanso noturno com alimentação para as vacas”

“Não recomeçaria. O Estado do Rio de Janeiro é um grande consumidor, mas não produz alimentos para gado leiteiro.  Tudo vem de Minas ou Mato Grosso. Não temos mão de obra qualificada e ninguém quer trabalhar na atividade. Nossos custos são altíssimos”

“Assistência técnica, tanto gerencial quanto de nutrição animal e manejo de pastagens. É ótimo ter um técnico pegando a orelha do produtor”

“No meu caso, não usaria touros, faria treinamento do pessoal, teria um veterinário fazendo o acompanhamento e começaria com vacas de alta produção”

“Faria diferente da seguinte forma: me capacitaria para produzir de forma eficiente; trataria minhas pastagens como culturas; teria um modo de gestão financeira;  começaria com vacas cruzadas de médio desempenho a pasto;  não faria financiamento;  usaria ordenha mecânica (usei balde ao pé inicialmente) e um controle sanitário e de mastite intenso desde o início”

E você produtor de leite? O que faria de diferente se fosse começar hoje na atividade? Deixe o seu comentário no box abaixo:

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Regis Nunes Ferreira Leite
REGIS NUNES FERREIRA LEITE

LAGOINHA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/08/2020

pastagens é fundamental ,faria o melhor em cultura alimentar milho na safra em qrande volume para o ano inteiro,se preciso uma safrinha ( mesmo concorrendo com as capivaras) ,bons pastos para o verão ,piquetes ,tifton, mesmo com dificuldades tentaria fazer as capineiras darem mais cortes para o trato de categorias inferiores. Seguiria na genética holandesa ,voltando um pouco (região montanhosa ,quente do Vale do Paraiba SP) Deixaria as holandesas nas varzeas do Rio Paraiba lá no alto da Serra do Mar em Lagoinha . Manteria os queridos funcionários e seguiria em frente ,com novos desafios (2020 foi o Covid19 ) que venha a próxima,vamos vencer pois somos uma elite ¨produtores de leite¨
Qual a sua dúvida hoje?