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Consolidação do setor lácteo gera excesso de leite nos EUA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 11/11/2021

3 MIN DE LEITURA

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Os preços dos alimentos nos Estados Unidos (EUA) estão em alta, mas não os preços médios do leite – eles basicamente permaneceram os mesmos desde janeiro.

Isso porque os EUA em geral têm um excesso de oferta de leite e isso piorou nas últimas décadas, à medida que fazendas menores fecharam e fazendas maiores compraram seus rebanhos e dominaram cada vez mais a indústria.

É um problema que os legisladores têm lutado para enfrentar há anos. E não está claro se este Governo tratará dessa questão, visto que os preços de outros alimentos têm subido muito mais como resultado das rupturas da cadeia de abastecimento induzidas pela pandemia.

O governo Biden se comprometeu a abordar as questões antitruste em setores que vão de tecnologia a frigoríficos. Mas, até agora, o setor de laticínios não foi foco, em parte porque os consumidores não estão vendo preços significativamente mais altos como resultado da consolidação.

No geral, os EUA têm produzido mais leite do que pode consumir. “A disponibilidade e o fornecimento de leite não são uma preocupação, a preocupação é mover o leite para onde ele é necessário”, disse Matt Herrick, da International Dairy Foods Association, um dos maiores grupos de lobby de laticínios dos EUA.

Os pequenos produtores de leite esperavam que o governo Biden enfrentasse a consolidação do setor lácteo logo no início, especialmente depois que o governo Obama se comprometeu com isso, mas desistiu depois que o lobby dos laticínios recuou. Vilsack, que havia sido secretário da Agricultura durante o governo Obama, assumiu o papel de chefe de um grande lobby de laticínios antes de retornar como chefe do USDA.

“Houve muitos anúncios do governo Biden, mas o maior problema é que ainda não houve nenhuma ação real”, disse Darin Von Ruden, presidente da Wisconsin Farmers Union, que administra uma pequena fazenda leiteira no sudoeste Wisconsin.

Recentemente, Vilsack chamou as pequenas fazendas leiteiras familiares de “o sangue vital de muitas comunidades rurais”. Mas ele, como muitos na Casa Branca, tem se concentrado em lidar com as preocupações antitruste na indústria de frigoríficos.

O governo federal tentou vários programas ao longo dos anos em um esforço para lidar com o excesso de leite nos EUA, com sucesso parcial.

O principal veículo atual para ajudar os produtores de leite é o Programa de Proteção de Margens do Departamento de Agricultura, que atua como uma espécie de seguro para ajudar os produtores a se manterem na atividade, especialmente as pequenas propriedades. Os produtores cadastrados recebem pagamentos se seus custos operacionais aumentarem muito em comparação aos preços pelos quais eles podem vender leite.

Tony Hammell, que administra uma fazenda de gado leiteiro com 300 vacas na zona rural de Minnesota, é um dos produtores que participaram do programa do USDA. Contudo, ele está perfeitamente ciente dos benefícios de custo que uma fazenda vizinha, localizada a apenas alguns quilômetros de distância, tem com seu rebanho de vários milhares de vacas.

“Eles podem começar com uma área vazia e construir uma fazenda com 10.000 vacas. Não sei como podemos competir com isso”, disse Hammell, de 66 anos. “É praticamente impossível, eu diria, aguentar firme é tudo o que podemos fazer.”

Hammell disse que o programa do USDA tem sido útil para pagar as contas de sua fazenda, que ele administra com seu filho de 32 anos, Drew. Mas argumenta que o governo federal deveria implementar um programa de cotas, que limitaria a quantidade de leite que as fazendas podem produzir

O governo do Canadá, por exemplo, opera um programa “gerenciado” que controla o fornecimento de leite por meio de um sistema de cotas e fornece subsídios para proteger seus pequenos agricultores.

Nos Estados Unidos, fazendas maiores e grande parte do lobby dos laticínios têm resistido a este tipo de proteção para os pequenos produtores. Eles argumentam que o mercado livre deve decidir quem permanece no negócio e que o governo federal não deve ditar o quanto eles podem produzir.

Na Europa e em outros lugares, a demanda por produtos lácteos dos EUA está alta e os produtores agora dependem destes fortes mercados de exportação. Mas a dura realidade para a indústria de laticínios dos EUA é que os americanos estão bebendo menos leite per capita do que nunca, enquanto os consumidores também estão se voltando mais para as alternativas ao leite à base de soja, amêndoa e outros.

“Não há mercado para isso”, disse Hammell sobre a pressão para que os laticínios se expandam e produzam mais leite. “Acontece que eles podem fazer isso muito mais barato do que todo mundo, é por isso que eles podem permanecer por aqui melhor do que nós.”

As informações são do Politico, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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