O Quênia recentemente introduziu uma taxa de importação de 10% sobre produtos lácteos para proteger a indústria local da concorrência desleal.
Mas em uma carta ao Representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, sobre as negociações comerciais, a International Dairy Foods Association (IDFA) disse que as medidas protecionistas do Quênia sobre o setor de lácteos limitam a capacidade dos EUA de entrar no mercado queniano. IDFA é o órgão representativo da indústria de fabricação e marketing de laticínios dos Estados Unidos.
“Atualmente, o Quênia mantém tarifas altas em uma gama de produtos agrícolas, incluindo laticínios, em uma média de mais de 50%, porque considera os lácteos como produtos ‘sensíveis’ e usa essas taxas para estabilizar os preços domésticos”, disse o presidente e CEO do IDFA, Michael Dykes em carta datada de 5 de agosto.
"Os negociadores dos EUA devem buscar ambiciosas reduções tarifárias, inclusive para os produtos lácteos, enquanto pretendem conseguir uma entrada simples e fácil das importações de lácteos dos EUA no Quênia."
O Quênia e os Estados Unidos iniciaram formalmente as negociações no mês passado, para traçar um acordo comercial bilateral, que as duas economias esperam que possa servir de modelo para acordos adicionais em todo o continente africano.
Depois de ser um importador líquido de produtos lácteos há uma década, os EUA agora afirmam um superávit comercial de lácteos de mais de US$ 2 bilhões e enviam produtos lácteos americanos para mais de 140 países.
As informações são do Business Daily, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
