EUA: Lei abre escolas para processadores de leite

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Uma nova lei permitindo que as escolas dos Estados Unidos vendam leite em qualquer lugar e em qualquer momento ao invés de somente nas cantinas pode ajudar os processadores de leite do país a combater a dominância dos refrigerantes.

A lei do "qualquer hora, qualquer lugar" tem a intenção de evitar restrições na venda de leite fluido nas escolas, além de especificamente proibir as restrições criadas pelos contratos exclusivos que algumas escolas têm com gigantes do setor de refrigerantes. A lei, que faz parte do Ato de Nutrição Infantil 2004 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), entrará em vigor em 21 de dezembro, embora fique aberta a comentários e propostas de emendas até 22 de maio do próximo ano.

Quando a lei for aplicada, todas as escolas dos EUA precisarão fazer as mudanças necessárias em seus contratos de fornecimento com as firmas de refrigerantes a partir do ano escolar de 2006-2007.

"Esta é uma importante vitória para os processadores de leite", disse o gerente sênior de marketing da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (International Dairy Foods Association - IDFA), Victor Zaborsky. "Existem várias escolas em todo o país que não permitem a venda de leite nas vending machines por causa desses contratos com os refrigerantes. Nós certamente não somos contra a competição nas escolas; tudo o que queremos é a possibilidade de estar lá".

Quase metade das escolas dos EUA tinha um contrato exclusivo com uma companhia de bebidas no ano escolar de 2003-04, de acordo com um relatório publicado pelo Serviço de Prestação de Contas do Governo em agosto. O Serviço mostrou que quase três quartos das escolas secundárias (colegial), dois terços das escolas de ensino médio e um terço as escolas primárias têm contratos exclusivos com bebidas.

Todavia, as opiniões diferem sobre o quanto esses acordos prejudicam a venda de leite. "Baseado nas discussões com as agências do Estado, nós achamos que pouquíssimos ou nenhum desses contratos de vendas realmente limitam a venda de leite fluido", disse o USDA.

"Existe muita preocupação com a saúde das crianças neste momento e tem havido várias negociações sobre quais restrições serão colocadas nas escolas", disse Zaborsky.

A questão é: será que os alunos vão realmente trocar refrigerante pelo leite? Apesar de tudo, as crianças norte-americanas atualmente consomem três vezes mais refrigerantes do que leite. O Conselho Nacional de Lácteos dos EUA disse que o mercado de leite do país tem se reduzido há décadas.

A IDFA tem trabalhado para aumentar o consumo de leite nas escolas através do Programa de Educação dos Processadores de Leite. Este programa patrocinou pesquisas em 300 escolas de St Louis e mostrou que o consumo de leite aumentou mais de 12% quando novos sabores, embalagens e cartazes foram oferecidos. Um quarto das escolas viu um aumento de 34% no consumo.

Fonte: Dairy Reporter (por Chris Mercer), adaptado por Equipe MilkPoint
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