“Estamos numa nova fase ao gerir as pessoas: cada vez menos elas são controladas. O que controlamos hoje são os processos”. Esse é o conceito de trabalho de Emerson Vriesman, produtor de leite de Carambeí/PR. Segundo ele, as pessoas sempre fazem o seu melhor, principalmente as que estão envolvidas diretamente na pecuária leiteira.
“Normalmente, a mão de obra envolvida na leiteria ama os animais, a terra e os seus trabalhos. O grande problema dos resultados indesejáveis na pecuária de leite são processos mal descritos, mal treinados, obscuros, sem organização e cheios de barreiras. O diferencial da nossa produção de leite é o controle e a organização dos processos, nos quais estão envolvidas pessoas de muita capacidade e dedicação. São médicos veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas e principalmente funcionários conectados diretamente aos diversos processos de produção”.
Com detalhes, Emerson abordará este tema em sua palestra “Gestão de pessoas visando o sucesso da atividade”, que ocorrerá no Interleite Sul 2018, nos dias 09 e 10 de maio, em Chapecó/SC. Sua apresentação compõe o painel “A transformação do leite no Sul do país”.
Breve história da Fazenda Capão da Imbuia
A história da Fazenda Capão da Imbuia deu os primeiros passos nas mãos do avô de Emerson, Sr. Cornélio, em meados de 1950 e nunca mais parou. Emerson sempre trabalhou na propriedade, mas, em 1996, saiu para cursar Ciências Contábeis na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa). Embalado pelo desejo de voltar à atividade rural, vendeu a sua empresa de contabilidade na qual operou por dez anos, retornando ao campo em 2011.
“A propriedade onde se encontra a atividade hoje, no entanto, foi adquirida em 1999. Até abril de 2014, se dedicava apenas à exploração agrícola. Em 2012 entendemos que era necessário aumentar a escala de produção e para isso construímos toda estrutura de hoje. O projeto passou a ser executado em 2013 e a produção, como já dito, foi iniciada em abril de 2014. A atividade anterior ocorria em uma propriedade menor, com estrutura totalmente depreciada para 90 animais em lactação e em sistema de semiconfinamento. Atualmente, temos capacidade para alojar 400 vacas, totalmente confinadas em sistema de compost barn”.
Para Vriesman, o compost barn utilizado na fazenda anda em consonância com as novas tendências tanto no quesito de bem-estar animal, quanto com a sustentabilidade do sistema. “As vacas vivem mais, têm mais liberdade, mais conforto e menos desafios para produzir. No meu entendimento são mais felizes. E, produzindo mais, com menos esforço, reutilizando materiais como a serragem, poluindo menos, o processo tende a ser mais sustentável, tanto ambientalmente, como social e economicamente”.
Não é a toa que Emerson se figura entre os maiores produtores de leite no Brasil: a produção diária da Capão é de 11 mil litros, com 385 vacas entre lactantes e secas. O plantel total é de 675 animais, somado às novilhas.
O produtor destaca que para produzir uma matéria-prima de qualidade, os cuidados são inúmeros e, no fim, todos eles se conectam. “A pecuária leiteira é amplamente sistêmica e nada funciona se tudo não funcionar bem; uma coisa puxa a outra. Se um processo estiver mal, cedo ou tarde, todos estarão”.
O Interleite Sul parte do princípio de que há um processo de transformação ocorrendo e que o Sul do país é um dos grandes protagonistas. A ideia é que o evento discuta mudanças e divulgue informações por meio das apresentações, discussões e debates a fim de direcionar a produção leiteira na região. A programação está imperdível e pode ser conferida aqui.
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