A Embaré, empresa familiar que acaba de completar 70 anos, está crescendo acima das expectativas graças à entrada no mercado de leite condensado e já projeta para 2006 aumentos de produção e receita superiores a 15%. Em junho, a empresa inaugurou sua terceira unidade no complexo de Lagoa da Prata (MG), que recebeu aporte de R$ 52 milhões e tem capacidade para produzir 3,3 mil toneladas de leite condensado e mil toneladas de bebidas lácteas por mês.
"A unidade começou a produzir há dois meses e já está com mais de um terço da capacidade ocupada", afirmou um dos sócios e diretor-superintendente da Embaré, Haroldo Antunes. Atualmente, informou o executivo, a empresa produz em torno de 1,2 mil tonelada por mês de leite condensado, vendido em todo o país com a marca Camponesa.
A empresa também lançou uma linha de bebidas lácteas prontas com a marca Embarezinho e retomou a produção de doce de leite pastoso e em tabletes. Conforme Antunes, entre janeiro a agosto a empresa cresceu 18,3% em volume e 21% em faturamento, quando a previsão inicial apontava expansões de 15% em volume e em receita na comparação com 2004. Naquele ano, o faturamento foi de R$ 286 milhões.
Para 2006, a meta é expandir o volume de vendas em pelo menos 15%, com a ocupação de toda a capacidade produtiva da nova unidade. Antunes observou que a empresa capta hoje 950 mil litros de leite por dia, mas tem capacidade para processar 1,1 milhões de litros por dia.
Aproximadamente 80% do faturamento da Embaré vêm dos produtos lácteos e 20% é proveniente da linha de caramelos, dos quais 40% são exportados para Estados Unidos, Canadá e Ásia.
O diretor administrativo-financeiro da Embaré, Hamilton Antunes, disse que em 2006 a companhia vai investir em campanhas publicitárias em emissoras de televisão e rádio e ações promocionais em pontos de vendas para divulgar seus produtos. A empresa aplica 2% de sua receita em marketing.
A empresa estuda instalar, em 2007, uma nova fábrica de leite em pó, destinado à exportação. O local ainda não foi definido. "Pode ser no Rio Grande do Sul, em Goiás, Minas, não sei onde. Estamos prospectando", informou Antunes. O valor do investimento e a capacidade da planta também são mantidos em sigilo.
Fonte: Valor (por Cibelle Bouças), adaptado por Equipe MilkPoint
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