Que medidas de segurança as propriedades leiteiras do Brasil estão tomando contra o coronavírus?

Para melhor entender como a pandemia de coronavírus está afetando as propriedades leiteiras no Brasil, o MilkPoint realizou uma pesquisa por meio de questionário. Obtivemos respostas de 119 propriedades, localizadas em 17 diferentes estados, que contemplam todas as regiões do País.

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Para melhor entender como a pandemia de coronavírus está afetando as propriedades leiteiras no Brasil, o MilkPoint realizou uma pesquisa por meio de questionário. Obtivemos respostas de 119 propriedades, localizadas em 17 diferentes estados, que contemplam todas as regiões do País.

Figura 1

Para facilitar a análise e demonstração dos dados, dividimos as propriedades conforme o volume de produção diária em “Grandes” (volume superior a 10000 litros/dia), “Médias” (entre 2000 e 10000 litros/dia) e “Pequenas” (menores que 2000 litros/dia).

Figura 2

Neste primeiro artigo vamos apresentar as medidas de segurança adotadas nas propriedades para evitar a disseminação do coronavírus. Foi interessante observar que a maioria delas (91%) tem adotado pelo menos uma prática e que poucas (9%) foram as que responderam não estar tomando nenhuma precaução.

Figura 3

As ações mais frequentemente observadas foram restrição da entrada de pessoas, uso mais intensivo de EPI’s, disponibilização de álcool em gel e protocolos para recebimento de caminhões de coleta de leite e de insumos. Dentre as propriedades que disseram não estar adotando nenhuma medida, todas produzem menos que 2000 litros/dia.

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Perguntamos também quanto às visitas técnicas, se estão ocorrendo de forma normal ou foram restringidas. A maioria das fazendas está recebendo apenas visitas indispensáveis (70%) e algumas restringiram entrada de qualquer pessoa de fora na propriedade (10%).

Figura 4

Esse movimento de restrição foi observado em todas as categorias de propriedades, contudo nas médias e pequenas foi observado uma maior frequência na resposta “Sim, recebemos visitas normalmente” e, por outro lado, um maior número de fazendas grandes que restringiram totalmente a entrada de pessoas.

Figura 5

Pedimos também aos produtores que responderam ao questionário que deixassem uma mensagem para os demais. A maior parte deles aconselhou que todos tenham cautela e permaneçam firmes, pois tudo vai passar. Algumas mensagens:

  • Ana Paula Ferreira dos Santos, Fazenda Paraíso, Edealina/GO: “A tendência é melhorar. Sobreviva a essa fase!”
  • Walterson, Agropecuária BioRaça, Nova Ponte/MG: “Continue, estamos aqui uns pelos outros!”
  • Agropecuária Nova Esperança, Vespasiano Corrêa/RS: “Aproveitem o momento de incertezas para organizar e aumentar a eficiência do que já existe na propriedade.”

Nos próximos artigos traremos dados sobre mudanças na dieta, secagem de animais, coleta dos laticínios e mais. Acompanhe conosco!

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Material escrito por:

Maysa Serpa

Maysa Serpa

Médica Veterinária, MSc. e doutoranda em Sanidade Animal pela UFLA.

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