Credores aprovam plano de recuperação da Parmalat

Publicado por: MilkPoint

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Depois de um ano e meio de negociações, a Parmalat conseguiu fechar um acordo com os credores. O plano de recuperação foi aprovado ontem à noite por 94,2% dos votos da Assembléia-Geral; 99,8% votaram.

Com isso, a empresa consegue até 12 anos para pagar os débitos. A dívida da Parmalat Alimentos é de cerca de R$ 720 milhões e da holding é estimada em R$ 1,7 bilhão. A negociação entre os credores e a Parmalat foi tensa e durou 12 horas. A costura de um plano de recuperação chegou a ameaçar a continuidade da assembléia.

Depois de revistas todas as alterações do plano, incluindo as mudanças feitas nos anexos, um credor questionou um dos critérios de pagamento da Parmalat. Conceitualmente, a empresa adotou, desde o início das negociações, há 18 meses, a decisão de definir um limite máximo para pagamento dos débitos dos credores da Parmalat Alimentos.

O valor definido é de R$ 2,5 milhões mensais. A discordância recaiu no fato de que cada credor poderá ter a fatia de recebimentos menor ao longo dos 12 anos. O cálculo que define o pagamento deriva do volume de debêntures recebidas pelos credores como garantia de recebimento. Caso haja novos débitos reconhecidos de um credor, o porcentual de outro poderá ser alterado. Isso se reflete no volume efetivo de pagamento que a Parmalat conseguirá fazer, que é sempre o mesmo.

Depois de muita discussão, os bancos fizeram uma revisão geral dos créditos que seriam reconhecidos como base para a emissão das debêntures. Ficou acertado que seria considerada a lista de crédito do administrador judicial e não a que havia sido fechada anteriormente entre o comitê de negociação dos bancos com a Parmalat. Foi utilizado como data-base 28 de janeiro de 2004 e aplicado sobre esse valor um fator de correção baseado no IPCA mais 2%. O valor da data base era de R$ 632 milhões, cifra não definitiva.

A assembléia também aceitou incluir no plano de recuperação a venda da Batávia ou da Etti (marca para a linha de atomatados). Segundo o presidente do Conselho de Administração da Parmalat e sócio da Integra Associados (empresa responsável pela costura do plano com os credores), Nelson Bastos, a alienação de uma ou outra empresa ocorrerá num prazo máximo de 90 dias.

A operação garantirá a recomposição do capital de giro da Parmalat Alimentos. A previsão é que a venda ocorra antes da emissão das debêntures para os credores, o que deve ocorrer até abril, segundo o plano de recuperação judicial.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Agnaldo Brito), adaptado por Equipe MilkPoint
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