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China eleva esforços para diversificar parceiros comerciais, inclusive, nos lácteos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/05/2019

3 MIN DE LEITURA

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Antes um dos maiores mercados de produtos lácteos dos Estados Unidos, a China aumentou seus esforços para tornar-se mais autossuficiente, em meio a contínuas e agravantes negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Se o relacionamento comercial piorar entre as duas maiores economias do mundo, ambos os países poderão enfrentar uma deterioração nas condições econômicas e a demanda mundial global por lácteos poderá diminuir, segundo um relatório recente do Chicago Mercantile Exchange (CME) Group.

Em 10 de maio, o presidente Donald Trump elevou as tarifas de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas e indicou que tarifas mais altas poderiam ser estendidas para um valor adicional de US$ 325 bilhões em importações chinesas.

As tarifas aumentadas foram aplicadas aos produtos destinados aos Estados Unidos que saíram dos portos chineses em 10 de maio. Vários dias depois, a China retaliou, anunciando que aumentaria as tarifas de US$ 60 bilhões em bens que entram na China vindos dos Estados Unidos.

O CME Group estima que se uma tarifa de 25% fosse aplicada a todos os US$ 500 bilhões em mercadorias chinesas importadas nos Estados Unidos, os preços ao consumidor dos EUA poderiam subir 0,3 ponto percentual ou mais, os lucros corporativos poderiam cair 3 pontos percentuais ou mais, e o crescimento do PIB da China pode cair 1 ponto percentual. Contudo, o resultado final é que “uma escalada na disputa comercial EUA-China poderia ter profundas consequências para moedas, commodities e outras classes de ativos. A China poderia tentar compensar os impactos negativos por meio de políticas monetárias e fiscais mais fáceis, mas apenas sob o risco de incorrer em mais dívidas”.

De volta ao país, o relatório conclui que seria difícil para os Estados Unidos usar políticas monetárias ou fiscais para compensar qualquer impacto negativo e, não surpreendentemente, o setor agrícola dos EUA está particularmente em risco. "O comércio entre os EUA e a China esfriou mesmo antes do anúncio da semana passada devido à disputa comercial que começou em julho passado", diz o economista leiteiro Bob Yonkers, analista do Daily Dairy Report.

Desde que a primeira rodada de tarifas de retaliação da China entrou em vigor em julho de 2018, as exportações de lácteos dos Estados Unidos até março em volume para a China caíram 37,6%, segundo o Sistema Global de Comércio Agrícola (GATS) do USDA. "A China reconhece que precisa de importações de commodities, mas o país está fazendo um esforço para evitar a dependência excessiva de um fornecedor. Além disso, quer aumentar o número de provedores fornecendo produtos essenciais e está procurando expandir as relações comerciais com os países que participam da Belt and Road Initiative".

A Belt and Road Initiative (BRI), da China, conhecida como One Belt One Road ou Silk Road, é um programa em andamento com países parceiros regionais e políticos projetado para melhorar a integração cultural e de mercado que inclui investimentos em infraestrutura em estradas, ferrovias, aeroportos e portos e comunicações. Até o momento, mais de 150 países assinaram com o BRI, incluindo a Nova Zelândia e países da Europa, América do Sul, África e Ásia.

"Um desafio de longo prazo para as exportações de lácteos dos EUA pode estar nas novas iniciativas de políticas agrícolas e alimentares da China para 2019", contou Yonkers. As iniciativas, anunciadas recentemente pelo Comitê Central do Partido Comunista da China, foram em resposta a "profundas mudanças no ambiente externo", segundo um recente relatório do USDA GAIN.

“No entanto, a China não conseguiu diminuir sua dependência das importações de produtos lácteos”, completou o economista. “Embora no passado as iniciativas de laticínios da China tenham se concentrado na redução dos custos de produção de grandes fazendas leiteiras, essas operações enfrentam desafios crescentes na mitigação da poluição proveniente de fontes não pontuais de resíduos animais. No próximo ano e provavelmente no futuro, mais investimentos serão direcionados à modernização e renovação de pequenas e médias fazendas leiteiras, com base na visão do governo chinês de que fazendas familiares e cooperativas agrícolas são um modelo mais adequado para o desenvolvimento da indústria de laticínios”.

A China também planeja atualizar sua indústria de fórmulas infantis. Atualmente, o país importa cerca de 50% de suas necessidades de fórmulas infantis, em parte porque alguns consumidores chineses consideram a fórmula infantil estrangeira mais segura para seus filhos. Isso por conta do escândalo do em 2008, quando se descobriu que produtos de fórmulas infantis eram adulterados com melamina, um composto usado para produzir plásticos.

"Com o tempo, a soma dos esforços da China, se bem-sucedida, poderia reduzir as exportações agrícolas e de alimentos dos EUA para esse mercado comercial extremamente importante, especialmente se a guerra comercial EUA-China não terminar em breve”, concluiu Bob.

As informações são do Milk Business, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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