O leite materno está repleto de elementos como os oligossacarídeos que protegem a saúde do bebê de infeções virais e bacterianas. Estes hidratos de carbono são o terceiro componente mais importante do leite produzido pelas mães. Agora, também poderão ser desenvolvidos em grande escala e baixo custo - a partir de bioprodutos - e incluídos nas fórmulas infantis.
O projeto europeu Bio Base Europe Pilot Plant (BBEPP), com sede em Gante, na Bélgica, está desenvolvendo bioprodutos em escala industrial. O conceito inovador é explicado por Wim Soetaert, diretor executivo da empresa. "Um produto de base biológica pode ser de plástico, algum ingrediente alimentar, um químico, enfim, pode ser quase tudo. Mas é baseado em biomassa, é uma planta normal. E o essencial disso é que é renovável".
O investimento total no projeto é de 12,9 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões de euros foram financiados pela política de coesão europeia. Até o momento, 322 projetos foram concluídos com o setor industrial.
Segundo Wesley Carpentier, da empresa Inbiose - que está desenvolvendo os oligossacarídeos -, é por meio dos avançados processos de fermentação que agora eles são capazes de produzir estes hidratos de carbono a preços acessíveis e em grande escala. "É um simples pó branco e fofo. Parece açúcar, tem um sabor um pouco doce, mas na verdade é um oligossacarídeo muito avançado. É exatamente a mesma molécula que encontramos no leite humano", conta.
Antes, os oligossacarídeos estavam completamente ausentes da fórmula infantil para crianças. No entanto, são essenciais para ajudar o sistema imunológico dos bebês durante os primeiros meses de vida.
As informações são do Euronews, adaptadas pela Equipe MilkPoint.