Os auditores fiscais federais agropecuários decidiram não paralisar suas atividades, como ameaçaram em agosto. Maurício Porto, presidente do sindicato da categoria, declarou, em nota, que “uma greve, neste momento, prejudicaria a economia, poderia colocar em risco a segurança alimentar brasileira e a ainda poderia ser acusada de ser política”.
Porto participou na quinta-feira (20) de reunião com o secretário de Gestão de Pessoas, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), Augusto Chiba, que afirmou que não atenderia as demandas dos auditores. A posição do secretário foi passada aos auditores ontem mesmo em Assembleia Geral Extraordinária da entidade que os representa.
Segundo o sindicato, desde março a categoria está conversando com o governo federal e nos últimos meses, embora haja o apoio do ministro da Agricultura, as negociações não têm sido satisfatórias. ”O discurso de que não há recursos para atender as pautas é falacioso. Há recurso para pagar o aumento do Judiciário, mas não há recursos para corrigir déficit de pessoal que atua na fiscalização do alimento que chega na casa dos brasileiros e que é responsável por manter o crescimento do país?" Questiona o presidente na nota divulgada.
Os auditores reivindicam a realização de um concurso público para o preenchimento de 1,6 mil vagas, ajuste na portaria que regulamenta os adicionais de fronteira e nivelamento salarial com outras carreiras nas quais há a participação de auditores.
As informações são do jornal Valor Econômico.