Os credores da Parmalat Alimentos decidiram ontem suspender a assembléia que iria avaliar o plano de recuperação da empresa. A assembléia será retomada no dia 22.
A Parmalat e seus credores trabalham com a hipótese de as negociações entre a companhia e o empresário João Alves de Queiroz Filho, dono da Assolan, se arrastarem por um prazo superior ao período legal dado pela Justiça até o fim de dezembro. Caso isso aconteça, o objetivo da empresa é aprovar a venda de ativos, como a Batávia e alguns imóveis, para abastecer o caixa.
As conversas entre a fabricante de alimentos, os credores e Queiroz Filho ainda têm alguns obstáculos a serem superados. Um deles diz respeito ao aporte de recursos que precisa ser feito na empresa.
O plano de recuperação inicialmente apresentado pela consultoria Íntegra, responsável pela reestruturação da empresa, previa que o novo acionista injetaria R$ 20 milhões na empresa e subscreveria outros R$ 40 milhões em debêntures. Mas Queiroz Filho não estaria disposto a adquirir as debêntures, atribuição que recairia aos credores. Os bancos, no entanto, tampouco estão interessados em subscrevê-las.
"O problema é que R$ 20 milhões não vão resolver o problema da Parmalat. No máximo, é uma demonstração de boa-fé", apontou um credor. De acordo com pessoas ligadas à Restrutura, empresa de consultoria de Queiroz Filho, as negociações não avançaram em função de divergências entre o empresário e os credores.
Como questões como essas ainda não foram solucionadas, a Parmalat quer vender alguns ativos para abastecer o caixa da companhia até que um investidor injete recursos nela. Fonte próxima a um banco afirmou que a Parmalat está com pressa para fechar a venda da Batávia, mas ressaltou que os credores, ao contrário, querem segurar ao máximo as negociações.
Segundo esse interlocutor, para eles o ideal seria que a Parmalat e a Batávia fossem vendidas em conjunto. "Seria mais saudável que o investidor (que está olhando a Parmalat) tivesse a oportunidade de olhar o todo", afirmou. A companhia se comprometeu a levar ao conhecimento dos credores quem são os interessados na Batávia.
Fonte: Estado de Minas/ Superávit e Valor (por Carolina Mandl, Talita Moreira e Daniela D'Ambrosio), adaptado por Equipe MilkPoint
Assembléia da Parmalat Alimentos é suspensa
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