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Analistas prevêem "desastre do setor de lácteos" na Nova Zelândia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/04/2015

4 MIN DE LEITURA

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As previsões de preços dos lácteos estão ficando preocupantes, com analistas esperando fortes quedas no mercado global e com essa queda durando mais do que os produtores neozelandeses gostariam. Analistas dos mercados futuros disseram que o preço médio na Global Dairy Trade poderia mergulhar para US$ 1.250 a US$ 1500 por tonelada. O preço médio no último leilão foi de US$ 2.746, após uma queda de 10,8%.

O analista da Antipodean Capital Management, em Melbourne, na Austrália, Craig Ferguson, disse que os preços dos lácteos poderão cair até 60% à medida que as ofertas de leite aumentam. Ele sugere que os preços provavelmente cairão mais e por mais tempo do que “muitos pensam”.

O analista neozelandês, Peter Redward, cuja companhia, Redward Associates, fornece análises macroeconômicas para clientes da Ásia Pacífico, disse que os preços dos lácteos poderiam continuar caindo, “simplesmente porque a oferta está maior que a demanda”. Ele disse que não era impossível que o preço médio na GDT pudesse cair para US$ 1.500 por tonelada. Sua companhia está prevendo um preço do leite abaixo de US$ 5 para a próxima estação. O forte dólar neozelandês é uma parte subestimada da razão para a previsão ruim.
Redward disse que alguns produtores já estão em uma situação de gastos e uma segunda razão do preço baixo do leite levaria a uma crise financeira e reação dos bancos. “Se os preços continuarem caindo, é difícil ver como não veremos uma correção nos preços ao produtor”.

O economista do ANZ, Con Williams, previu baixos preços dos lácteos por seis a 12 meses. “Definitivamente em curto prazo, há uma pressão de baixa – mas não para US$ 1.500 a tonelada”.

Já a diretora executiva da Dairy Companies Association of New Zealand (DCANZ), Kimberly Crewther, é mais otimista e apoia a teoria de que a produção mundial de leite cairá em resposta aos preços menores. Ela disse que uma queda de 60% nos preços conforme sugeriu Ferguson poderiam colocar alguns preços substancialmente abaixo dos preços da crise financeira global.

O primeiro analista, Ferguson, que antes era do banco de investimentos global JP Morgan e ANZ Investment Bank, disse que baseou sua previsão de que os preços dos lácteos continuariam caindo na resposta de “curva de oferta inelástica” do setor de lácteos às mudanças de preços. Os produtos lácteos não estão sozinhos nisso – os produtores de minério de ferro e petróleo também continuam produzindo quando os preços caem. A inelasticidade da produção leiteira é devido ao clima, mas também aos altos níveis de dívidas associadas aos altos custos de produção, disse Ferguson.

A oferta deverá expandir-se na Europa e nos Estados Unidos em 3-6% por ano. “Aumentos significantes na oferta como esse tendem a operar junto com curvas íngremes de demanda para produzir declínios maiores que o normal nos preços”. Ferguson disse que a oferta de leite em pó integral deverá expandir-se globalmente em 5-6% por ano.“Tipicamente, quando a oferta aumenta em 5% ou mais, tem-se uma queda significante (25-30%) nos preços da Oceania. Isso é o esperado nesse caso”.

A indústria de lácteos do Reino Unido e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimaram que a oferta de leite de seus respectivos países aumentará em 6% ao ano nos próximos cinco anos.

Ferguson disse que os mercados inelásticos de preços de commodities tendem a ficar em situação de excesso, como ocorre com petróleo e minério de ferro, e ele não vê razão para que os lácteos fujam à regra. “Como resultado, os preços dos lácteos deverão cair mais e por mais tempo do que muitos pensam”.

Willams da ANZ disse que a produção global de leite começará a desacelerar “talvez daqui seis a 12 meses”.

Os abates de vacas na Nova Zelândia e nos Estados Unidos aumentaram e poderá ter 3% menos vacas sendo ordenhadas na Nova Zelândia no próximo ano. “Todos estão falando da Europa e definitivamente existem produtores eficientes lá esperando o fim das cotas, mas eles precisam fazer dinheiro e estamos vendo historias de produtores ineficientes que não estão fazendo nenhum dinheiro. Para mim, isso significa que eles cortarão os custos, o que significa menor produção por vaca”.

Williams concordou que havia estoques de lácteos ainda não sendo vendidos, mas “não sabemos o quanto tem, ninguém sabe”.

No mercado mundial, os menores preços atacadistas estão sendo repassados aos produtos no varejo, o que poderia ajudar a aumentar a demanda, disse ele.

Crewther da DCANZ citou um relatório recente do mercado de lácteos da Europa que disse que os preços do leite em pó e manteiga “deverão permanecer em níveis baixos nos próximos meses, mas uma recuperação pode ser possível a partir do meio do ano”. Os preços ao produtor não deverão retornar aos picos de 2013 e 2015, disse ela. No ano assado, a produção da Europa foi apoiada pelo bom clima que não é esperado novamente. “Isso, combinado com a redução de 20-25% no preço do leite deverá ter um efeito de amortecimento na produção de leite fora da UE”.

Crewther disse que o mercado ainda precisa ver os compradores do Oriente Médio e da África, que tipicamente responderam diante dos preços mais baixos. “Outra coisa que parece ter sido deixada de lado em algumas dessas previsões é a ideia de que a produção europeia continuará crescendo, mas a Comissão Europeia disse que o principal fator limitante na produção de leite não tem sido as cotas, mas sim, a razão entre o preço do leite e o preço da ração”.

A reportagem é do jornal Stuff/NZ. 

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WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 27/04/2015

Marcello,



Nessa questão estamos de acordo. Tenho dito que os grandes conglomerados do varejo são o principal risco que nossa cadeia tem, maior que secas, oscilações cíclicas, aumento de custos, governos e importações juntos.



Isso porque uma grande rede varejista pode muito bem ter prejuízo num produto, se isso resultar em mais vendas na lojas como um todo. Na Austrália houve uma onda muito forte e também na Europa, especialmente França e Reino Unido. O pior é quando uma rede igualmente grande topa a briga e decide entrar numa guerra de quem vende mais barato. É o que aconteceu nesses países.



Como trabalham grandes volumes e nenhum fornecedor que perdê-los, eles acabam conseguindo empurrar essa loucura para trás e estoura em todos. Como os elos para trás dependem 100% daquilo, eles são os que se dão melhor. Aliás, só fazem isso se houver ganhos em vendas de outros produtos.



É difícil quebrar isso, pois essas redes tem mais aspectos positivos que negativos, mas infelizmente quando nosso setor é escolhido para bobo da côrte o dano é enorme. Não temos visto isso aqui na escala e duração que se deu nos exemplos acima, mas em maior ou menor grau, isso é praticado aqui até por redes locais.



O que fazer? Se preparar e saber que acontece. Quando o outro extremo se expressar, que é o da disparada louca de preços nas gôndulas, saber fazer uma reserva para esses períodos. Isso vale para o produtor e para a indústria. É o mesmo que fazer silagem...



Não vejo outra forma.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/04/2015

Prezado Wagner Beskow



Não há dúvida que nenhum produtor ou associação de produtores, por maior que seja, pode influir na formação de preço. No meu entender os preços deveriam ser estabelecidos pelo mercado, através da oferta e procura.



Por isso mesmo acho um absurdo o varejo, mantendo uma margem de ganho,  faz "promoções"  de leite UHT forçando a indústria a vender com margem muito reduzida e até com prejuízo, pressionando os produtores( a parte comercialmente fágil da cadeia produtiva) a "entregar" o leite com prejuízo uma vez que não tem como estocar o produto. No meu entender isso é abuso de poder econômico e manipulação do mercado.



Se a maior parte dos consumidores brasileiros não pode pagar para o leite UHT um preço que permita cobrir os custos de produção e margens justas para a sustentabilidade de todos os elos da cadeia, o natural seria que o UHT tivesse uma participação menor no total do leite fluido e o leite pasteurizado, que pode ser vendido há um preço menor deveria ter uma participação maior. No entanto o leite pasteurizado produzido pela indústria praticamente sumiu do mercado. E a indústria para tentar manter margem na comercialização do UHT pressiona o produtor para produzir por um preço que não é real dentro da atual conjuntura. E talvez essa situação seja a mola propulsora da fraude do leite que é praticada no leite longa vida. Tudo isso me parece muito estranho e seria bom o ministério público não só combater a fraude, mas também verificar se a origem da fraude é apenas a ganância de alguns e/ou também se forçar no mercado um produto cujo preço sem "promoções" ou fraudes é incompatível com a realidade da maioria dos consumidores.



Realmente eu sendo produtor, defendo o interesse dos produtores, mas quero deixar claro que o interesse dos produtores não é receber um preço alto pelo leite, mas receber o que lhe permita cobrir os custos de produção e ter uma margem de ganho para que possa exercer a atividade de forma economicamente sustentável.



Será muito bom baixarmos os custos de produção, mar isso depende do mercado de insumos, do custo da mão de obra, de tecnologia, de capacitação.



O produtor não tem nenhuma influência no preço dos insumos e no custo da mão de obra. O produtor de forma geral é descapitalizado e os investimentos para tecnologia e capacitação dependem de financiamentos com prazos de amortização longos e juros baixos compatíveis com a atividade, o que não existe atualmente e provavelmente demorarão muito tempo para serem realidade no Brasil. Face essas considerações, embora concorde que seria desejável produzir leite com produtividade e baixo custo, acho muitos produtores não vão viver para ver isso se tornar realidade.



No meu entender o ótimo é inimigo do bom e o bom seria no momento conseguirmos dentro da realidade atual a sustentabilidade para todos os elos da cadeia produtiva, mudando, se necessário,  a participação de determinados produ no mercado.



Marcello de Moura Campos Filho
FERNANDO ANTONIO DE AZEVEDO REIS

ITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2015

Juro que não entendi os questionamentos do Wagner Beskow,  pois ele cita o Marcello dizendo o que não ele não disse !!!????
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 24/04/2015

Coincidentemente, foram publicadas, agora, duas notícias aqui no MilkPoint que ilustram o que me refiro na resposta ao Marcello.



Uma do Conseleite/SC, onde a manchete diz: "produtor repassa custos".

https://goo.gl/sRL7S2



E outra do Conseleite/RS, que diz no final: "O preço pago ao produtor está condicionado ao valor que a indústria obtém na negociação com o varejo para os seus produtos. Esse preço é regido pela lei de oferta e procura."

https://goo.gl/DKkqMM



Pergunto: qual dos dois condiz com a realidade, com o que realmente sabemos que acontece? Uma das duas notícias tem que estar distorcida, não?



Em minha visão, o primeiro é um posicionamento político e falso. Falso porque o produtor não repassa custo, nem mesmo nos estados com Conseleite. Nestes, uma representação dos produtores mostra o lado dos custos de produção calculados e uma representação da indústria mostra como está o mercado. Ambas as pontas tentam chegar num indicador de meio termo.



e fosse verdade, o preço do leite só subia, porque na média, o custo de produção total só tem subido, não caído.



Na prática, cada empresa pratica o preço que pode ou que consegue, com prejuízo ou com lucro, dependendo do momento e da estratégia de cada uma. Se ela errar, não consegue comprar leite, portanto as forças de concorrência levam o mercado ao equilíbrio que é o preço mais justo possível PARA AS CONDIÇÕES REINANTES -- e isso pode significar todos perdendo, como de fato acontece. Isto é o que está delcarado na reportagem do Conseleite/RS e sabemos que é a realidade em todo o país, com ou sem Conseleite.



Os Conseleites servem como um guia, nada mais. Um lado passa a conhecer o drama do outro e são obrigados a lembrar que estão, no final das contas, no mesmo barco.
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 24/04/2015

Prezado Marcello,



Não creio que estamos falando a mesma linguagem. Tenho observado várias colocações tuas ao longo do tempo e entendo tuas posições, mas são posições de quem defende os interesses do produtor. Isso é bom, necessário e legítimo.



Infelizmente, produtores rurais são tomadores de preço, mais ainda o produtor de leite, que não pode estocar seu produto para negociar com ele guardado. Isso é um fato, gostemos ou não. Formação de grupos e associações aumentam o poder de negociação de seus membros, mas não mudam o mercado.



Quanto à lógica de mercado que defendes, vou ser bem franco contigo, ela remonta ao período pré-1990 e está totalmente desatualizada. Antes de reagires, pensa comigo:



1. Ninguém forma preço de leite em nenhum elo da cadeia perguntando ao produtor quanto custa produzir e é de interesse público que seja assim, pois é graças a isso que se tem leite acessível ao consumidor.



Isso é válido para tudo. Um fabricante de sapato não forma preço ao atacado perguntando ao cortume quanto custa obter aquele couro.



O preço é formado do varejo para trás e não da produção para o varejo. É claro que quando tudo inicia há um markup e se tenta colocar custo + margem, mas aí começa a concorrência e essa estratégia não mais pode ser atendida.



2. O preço do leite em pó poderia ir até USD500 ou menos e se tiver que ir, vai ir. Isso me parece tão lógico que é impossível pensar diferente, ou vais me dizer que um atacadista vai compra da Fonterra um LPI a USD5000/t poque esse é o preço que remunera custos mais margens para trás? Nunca. Ele vai vender pelo melhor preço que conseguir e antes de vencer o produto, vai vender por qualquer preço que pagarem.



Essa é a lei que dizes não poder ser revogada. Invocas ela como se só existisse na produção.



3. Seguramente h'um limite, abaixo do qual não se produz e o efeito lógico é queda abrupta na oferta. Só que isso traz os preços para cima novamente e logo o mercado retoma.



Creio que não leste os artigos sobre o ciclo de 3 anos das commodities lácteas, pois estudo isso desde 2008 e está tudo explicado lá, nos links que forneci acima.



Embora politicamente está certa tua posição, como defensor dos interesses do produtor, tecnicamente tu passas a mensagem errada. A mensagem de que o mercado não tem lógica, de que o produtor é explorado, de que tem que ter preço mínimo (é isso que está embutido nas tuas colocações). Respeito mas me dou o direito de discordar, porque vejo e trabalho com a cadeia como um todo.



Neste instante tem produtores que não conseguem fechar uma dieta abaixo de R$0,44/L, enquanto outros estão abaixo de R$0,37, inclusive a R$0,34.



Quando a coisa aperta, como agora, aí estão os que quebram e os que ficam. Tem sido assim sempre e não vai deixar de ser. Digo mais, é fundamental que continue assim. Por isso o foco tem que mudar: ensinarmos mercado REAL ao produtor (não mercado político) e ensinarmos a produzir com baixo custo por litro e alta produtividade.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/04/2015

Prezado Wagner Beskow



Concordo que o que vale para a sustentabilidade do produtor é o preço médio durante um ciclo, desde que o preço em um determinado momento não seja absurdo, que o force a abandonar a atividade naquele momento.



Os preços do leite em pó integral nos leilões GDT de agosto de 2011 a abril de 2015 oscilaram entre US$ 2.250,00/T e US$ 5.500,00/T,  caracterizando uma média aritmética silples de US$ 3.875,00 para o período. Na minha opinião um valor de US$ 1.500,00/T representa um absurdo que, se ocorresse ( eu não acredito que venha a ocorrer ) levaria grande parte dos produtores no mundo todo paralisar suas atividades e vender sua vacas para o gancho.



A lei da oferta e procura ninguém revoga e o mercado pode não perguntar para o produtor se o preço do leite é viável para o produtor, mas também se o preço não for sustentável para o produtor ele para de produzir e não deve explicações ao mercado.



Por isso, se o  concordo com você, esse analista no seu artigo deve ter segundas intenções, pois é difícil supor que ele não tenha um mínimo de conhecimento para saber que com US$ 1.500,00/T de leite em pó integral não há produtor que aguente, nem na NZ.



Abraço



Marcello de Moura Campos Filho
ABRAHÃO GOMES DE HOLANDA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL

EM 20/04/2015

O produtor de leite eficiente é aquele que ganha dinheiro na crise.Sendo assim quando o preço

aumentar ele se destaca dos demais.Nos trópicos as alternativas são mais favoráveis :

Temos um parque forrageiro abundante é  só . ajustar nossos rebanhos ao meio ambiente.

Facilitando aumento de produtividade através de um boa pastagem  bem manejada e um rebanho rústico sadio fértil  produtivo e longevo

.Não existe nada tão representativo como   o programa Balde Cheio da EMBRAPA.

É preciso adotar a produtividade com afinco e não a produtivaidade.


FERNANDO ANTONIO DE AZEVEDO REIS

ITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/04/2015

Uma simples opinião, se eu for ouvir o que os analistas dizem eu ficaria louco, pois cada hora dizem uma coisa, não faz muito tempo (talvez 3 a 4  anos) que fui numa palestra onde se falava que haveria uma grande falta de leite no mundo em 5 anos.



Numa parte do texto  acima se diz que para cortando custo haverá uma menor produção por vaca !!! não necessariamente !!!



Vou continuar produzindo meu leite , tentando sempre reduzir meu custo e aumentando minha escala, não me resta outra opção.
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 18/04/2015

Craig Ferguson administra fundos de investimentos em moedas estrangeiras (FX) e é nesse campo que ele é especialista reconhecido.



A análise dele não faz nenhum sentido para quem pensa em leite, mas faz todos para quem pensa em investimento em moedas. Juntemos três coisas:



1. (FATO) Os clientes dele investem em moedas. Como ele diz no site deles "If we are better FX forecasters than our competitors, our clients are more likely to make more money" (se formos melhores na previsão de FX, nossos clientes tem maior probabilidade de fazerem mais dinheiro).  https://www.antipodeancapital.com/about.html



2. (FATO) O ciclo de três anos dos preços das commodities lácteas está chegando no fundo, próximo a uma reversão (ver links no final).



3. (FATO) O dólar australiano (AUD) e o neozelandês (NZD) vêm em queda em relação ao USD desde setembro (AUD) e novembro (NZD) passado e agora ensaiaram um fundo. https://www.xe.com/currencycharts/?from=AUD&to=USD&view=1Y



4. (PERGUNTA) Não poderia o fundo esse gestor estar vendido em AUD/NZD aguardando o melhor momento para recomendar compra destas moedas para seus clientes? Sim.



5. (FATO) O preço das commodities lácteas tem grande impacto no NZD e importante influência no AUD também.



6. (ESPECULAÇÃO/SUPOSIÇÃO MINHA) E se com uma análise estapafúrdia dessas ele conseguisse deprimir um pouco mais o AUD e o NZD, exatamente no momento que o mercado todo acredita em recuperação destas em relação ao USD, pelo menos para valores de 11/2014?



"Ah, mas o cara não ia fazer isso por que ficaria desacreditado!" Será? Quem são os clientes dele? Produtores de leite?  Pense nisso...  Esse sujeito está voltando enquanto os outros estão indo! Ela "avoa"!!!



É a única explicação que encontrei, pois sua análise não faz sentido algum para mim e não é não pelos motivos apresentados em alguns comentários acima, pois em economia livre o mercado não pergunta se o preço é viável para o produtor, mas sim pelo ciclo de três anos nos preços das commodites lácteas que descobri em 2008 e publiquei lá na NZ e aqui no MilkPoint em 2010. Segundo este ciclo, que segue firme e consistente, estamos agora próximos do fundo de três anos.



Sobre a "inelasticidade" ele confunde "lag" que é um efeito retardado no tempo com inelasticidade. Queda de preços causa, sim, queda na produção e, por conseguinte, na oferta, só que não é como petróleo e aço. Nesse sentido ele parece não entender nada da coisa, realmente, mas pensem no ponto que levantei sobre suas possíveis reais motivações...



Para saber mais sobre este ciclo, o artigo abaixo referencia os demais artigos anteriores:



https://www.milkpoint.com.br/mypoint/transpondo/p_precos_em_baixa_hora_de_investir_leite_ciclo_precos_previsoes_sips_beskow_transpondo_5689.aspx
SEBASTIÃO POUBEL

NATIVIDADE - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/04/2015

Bom dia.



Esse Dr. Ferguson pelo que parece, não entende nada de leite.Será que ele sabe do custo de produção de um leite à pasto, de um semi confinado, de um confinado. Será que ele entende que o ciclo de produção é variável, que temos produção de entressafra com baixa altamente  significativa . Que temos países como os seus vizinhos que só produzem , e bem,  uma parte do ano. Que leite a R$0,54 centavos não consegue nem sair da fazenda. O resto , Leia o que disse o Sr. Roberto Jank Jr.e Sr.  Marcello de Moura e tente sobreviver com o preço de leite do Dr. Ferguson.



S Poubel
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/04/2015

O analista Peter Redward pode conhecer muito de economia mas acho que conhece muito pouco de produção de leite.



Se o preço GTD  para o leite em pó integral a US$ 1.500/T , isto corresponderia a US$ 0,1829/litro!



Como o preço GTD é FOB, o produtor da NZ , através do efetivo recebido pelo leite e dividendos, receberá um pouco menos do que isso.



Dúvido que algum produtor de leite na NZ sobreviva com um preço desses. Um preço GTD de US$ 2.000,00 para o leite em pó integral já tirará muito produtor da atividade e muitas vacas leiteiras irão para o gancho visando fazer hamburguer nos USA.



De qualquer forma o quadro pintado pelos analistas expõe a fragilidade da atividade leiteira da NZ, que com uma grande produção de leite e com um consumo interno desprezível fica a merce de um mercado mundial volátil agravado pelas incertezas da economia internacional.



Marcello de Moura Campos Filho




ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/04/2015

Se for verdade é muito preocupante.

Porém nunca ouvi dizer que exista uma curva de "oferta inelástica" do setor de lácteos relativa às mudanças de preços. É fato que a curva da DEMANDA é inelástica em relação aos preços do leite fluido, mas nunca a da OFERTA. Em nosso mercado domestico, onde inexiste qualquer mecanismo de controle de oferta, a principal variável que regula essa oferta é exatamente o preço do leite ao produtor; e isso cria enormes variações em um período de 12 meses.

Acho que esse analista  Ferguson (que era de banco) está confundindo minério, petróleo, que são riquezas naturais extrativas, e leite, que só vai aparecer se alguém produzir em ambiente economicamente sustentável..

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