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O que as Leveduras Vivas têm de tão especial ?

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 13/06/2023

5 MIN DE LEITURA

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por Nelson Ferreira Jr, Gerente de Negocios Ruminantes da AB Vista

Aproveitando o Poder do Rumen

A compreensão coletiva da indústria de nutrição de ruminantes continua avançando com o advento de novos insights sobre o microbioma do rúmen e a melhoria subsequente nos usos da dieta na fazenda. Usando o conhecimento da ciência, os ingredientes da dieta trabalhando em conjunto com a população do rúmen, oferecem uma abordagem de melhores práticas para otimizar o rúmen. A adição de levedura viva oferece essa abordagem, fornecendo um modo de ação único entre os produtos de levedura que pode não apenas influenciar a microflora ruminal de uma forma que mantém o pH estável e uma melhor digestão de fibras, mas também é objeto de investigação adicional como uma alternativa aos antibióticos em mercados onde as tendências de consumo e a legislatura influenciam a produção de carne e lácteos, como por exemplo a Europa.

O progresso da Tecnología da Levedura

O mercado de alimentação de levedura é ocupado por vários produtos diferentes, incluindo levedura de parede celular, leveduras hidrolisadas, extratos de levedura e leveduras vivas. No entanto, as leveduras vivas estão ganhando popularidade como aditivo alimentar nos mercados de leite, carne, aves e suínos, isoladamente ou em combinação com outros aditivos, como tampões, para otimizar a função do rúmen/intestino.
Os produtos de levedura viva podem ser divididos em duas categorias. As leveduras selecionadas predominantemente para uso na indústria de panificação ou fabricação de cerveja, que são frequentemente chamadas de leveduras de primeira geração, mas também são usadas na nutrição de ruminantes; e leveduras especificamente selecionadas para trabalhar no rúmen são comumente referidas como leveduras de segunda geração. Esses produtos foram selecionados com base nos avanços da tecnologia de leveduras combinados com a experiência nutricional para encontrar cepas ideais para atuar no ambiente ruminal.

Um modo de ação único para Otimizar o Rúmen

O fator chave que diferencia a levedura viva de outros produtos de levedura “morta” é a capacidade de consumir o oxigênio no rúmen (Newbold et al., 1996). O oxigênio entra no rúmen por meio da alimentação e da ruminação, bem como pela difusão dos vasos sanguíneos na parede do rúmen. No entanto, bactérias fibrolíticas anaeróbicas no rúmen são sensíveis ao oxigênio, as quais são as primeiras a morrer em caso de baixa de pH. A remoção de oxigênio do rúmen resulta em um ambiente otimizado para a proliferação de bactérias fibrolíticas, levando a uma melhor digestão das fibras e, por fim, a um melhor desempenho animal.

O potencial da levedura viva para remover ou “eliminar” o oxigênio pode ser avaliado medindo o potencial redox (Eh). Quanto mais negativo o Eh, maior o potencial de remoção de oxigênio. Durante a alimentação e ingestão de água, o Eh aumenta devido ao estresse de oxigênio. A administração de levedura viva mantém o potencial redox baixo, mesmo na hora da alimentação (Krizova et al., 2011).

                O quadro abaixo mostra 2 importantes informações relativos ao Potencial Redox:

  1. a importância da concentração da levedura na dieta diária dos animais, onde maiores concentrações de UFC (Unidades Formadoras de Colôni tiveram maior redução no Eh.
  2. a maior redução do Potencial Redox com o uso de Leveduras Vivas, já que são o único aditivo alimentar capaz de consumir oxigênio no rumen.

Ao fornecer uma maior contagem de UFC e, portanto, maior capacidade de eliminação de oxigênio, maiores benefícios podem ser observados no rúmen, incluindo maior pH ruminal, maior produção de AGV, menor produção de ácido lático e melhor digestibilidade da matéria orgânica, segundo a Meta-análise de Denoyers et al., 2009.

Em testes com vacas leiteiras, os benefícios de desempenho da melhor digestão de fibras, resultando em maior produção de 1,2kg de leite por dia, com melhorias adicionais nos componentes do leite (Ondarza et al., 2010). Dependendo do custo da dieta e do preço do leite, pode-se obter um retorno do investimento entre 6:1 e 15:1. Os trabalhos em gado de corte mostram uma melhora na digestibilidade total do trato, ganho de eficiência alimentar e qualidade da carne com o uso de levedura viva.

Sabemos que bactérias celulolíticas são sensíveis a pH baixo (Newbold et al., 1996) e isso representa um desafio para manter uma população microbiana estável no rúmen, necessária para a utilização eficaz da alimentação. Períodos prolongados de baixo pH do rúmen também estão associados a um impacto negativo na ingestão de alimentos e podem contribuir para a diminuição da gordura do leite (Djkistra, 2012).

Em um estudo de Alzahal et al. (2017) analisaram a população microbiana do rúmen de vacas leiteiras alimentadas com levedura viva após desafio com acidose subaguda. Houve aumentos nos microorganismos que digerem fibras, como Fibrobacter succinogenesm, Ruminococcus albus e Ruminococcus flavefaciens. Protozoários ciliados e Selemonas, organismos associados à estabilização do pH ruminal, também aumentaram. Por outro lado, Prevotella spp, associada à liberação de toxina em condições de baixo pH, resultando em uma resposta inflamatória no revestimento intestinal, diminuiu.

Foi demonstrado que a adição de levedura viva à ração reduz em mais da metade o tempo que o rúmen fica abaixo de um pH de 5,6 (Figura abaixo), contribuindo para uma melhor digestão de fibra, aumento da produção de proteína microbiana e risco reduzido de acidose ruminal subaguda (SARA) como resultado da modificação do microbioma ruminal (Alzahal et al., 2014).

Dados americanos trouxeram um custo com acidose subaguda em até US$ 1,12 (Enemark, 2018) por vaca por dia, com isso, a inclusão de levedura viva na dieta tem o potencial de ajudar a mitigar as consequências econômicas negativas dessa forma de disfunção ruminal e a subsequente perda de produtividade

O que vem a seguir para as Leveduras Vivas?

A levedura viva é um ingrediente probiótico bem estabelecido que tem sido tradicionalmente oferecido para melhorar o desempenho, otimizando o ambiente ruminal para a digestão de fibras. Além das possibilidades de melhorar a produção, a levedura viva também oferece a oportunidade de ajudar ao desafiar dietas com alto teor de amido, como gado em terminação, momentos de estresse como a fase de recepção ou em situações estressantes. A levedura viva também pode trazer benefícios em termos de modulação imune e ligação a patógenos (Posadas et al., 2017). Isso pode ser particularmente relevante em mercados onde há uma tendência para reduzir o uso de antibióticos em animais de engorda e leite.

Conclusão:

O rúmen é a base sobre a qual a produção de leite e carne é construída. O perfil do microbioma do rúmen é um fator crítico para influenciar a eficácia do uso da ração, o que terá um impacto notável no sucesso econômico do ponto de vista do produtor. A adição de levedura viva à dieta pode ajudar a criar um ambiente ruminal que permite a digestão ideal de fibras, bem como apoiar a função ruminal eficaz por meio de um modo de ação exclusivo que combina a eliminação de oxigênio com efeitos probióticos. É essa capacidade de modificar favoravelmente o ambiente do rúmen que está impulsionando a pesquisa em leveduras vivas como um meio de apoiar a função do rúmen, provando os efeitos benéficos deste já tão provado aditivo alimentar nos benefícios naturais para a maior produtividade dos ruminantes.

 

 

 

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