Quais são as principais tendências para o mercado de queijos?

Quando se trata de tendências de queijos com poder de permanência para 2018, pense em tudo natural, artesanal e orgânico. Essas são as três principais tendências relacionadas com o queijo, de acordo com o 2018 Cheese Outlook Study da Dairy Foods.

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Quando se trata de tendências de queijos com poder de permanência para 2018, pense em tudo natural, artesanal e orgânico. Essas são as três principais tendências relacionadas com o queijo, de acordo com o 2018 Cheese Outlook Study, da revista Dairy Foods Magazine.

Quase nove em cada 10 entrevistados (89%) selecionaram cada uma dessas tendências como sendo "moda" para 2018. Logo depois vieram queijos especiais, incluindo queijos aromatizados (87%), queijos envelhecidos (85%) e lanches/porções de queijos controladas (85%).

O que não está tão em alta dentro do mercado de queijo este ano? Queijo processado. Dois terços (66%) dos entrevistados apontaram esse produto como sendo "fora de moda". Além disso, outros tipos de queijos que estão perdendo força são queijos de leite cru (62%) e queijos fortificados (51%).

Investindo em naturais e orgânicos

Figura 1

Os entrevistados também classificaram a tendência de totalmente natural mais importante em termos de investimentos a curto prazo. Mais de um terço (38%) dos entrevistados disseram que suas empresas planejam investir em queijos totalmente naturais nos próximos 24 meses.

Em segundo lugar estão os queijos orgânicos e queijos com teor reduzido de gordura, com 30% dos entrevistados indicando que suas empresas planejavam investir nessas tendências, seguidas de queijos envelhecidos (28%), queijos com sódio reduzido (21%), lanches/porções controladas (21%) e queijos artesanais (19%). O número médio de tendências destinadas ao investimento é apenas de quatro (3,9) por empresa.

Figura 2

Também vale a pena notar que dois terços dos entrevistados domésticos disseram que suas empresas atualmente oferecem queijos orgânicos certificados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). E 81% dessas empresas planejam aumentar a produção de produtos orgânicos nos próximos 24 meses.

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Mais de dois terços (70%) dos entrevistados também indicaram que suas empresas planejam usar novos sabores para seus produtos de queijo em 2018. Os sabores defumados ficaram no topo, com 40% dos entrevistados afirmando que suas empresas planejavam usá-los. Completando os cinco primeiros estão ervas (36%), misturas de queijos (26%), sabores fortes (26%) e pimenta (26%).

Figura 3

Os principais motivadores que os entrevistados citaram para suas empresas investirem em tendências/desenvolvimento de novos produtos incluem satisfazer as demandas do consumidor e do mercado, aumentar os lucros e as vendas e criar um recurso relacionado ao produto.

Ênfase atual no varejo, queijo natural

O mercado varejista representa a maior parcela de vendas de queijos nas empresas dos entrevistados, com 38% (em média). Os mercados de serviços alimentares/institucionais e comerciais (corretoras) representam 25% e 23% das vendas, respectivamente. O mercado de exportação, enquanto isso, representa 8% das vendas; os "outros" mercados possuem uma participação de 6%.

Figura 4

Quatro em cada cinco empresas (81%) atualmente fabricam queijo natural. Quase um terço (32%) produzem queijos cultivados, como queijo cottage ou queijo cremoso, enquanto um número similar (30%) faz queijo processado. O número médio de produtos de queijo produzidos pelos entrevistados é levemente inferior a dois (1,8).

Mais de metade (53%) das empresas que fabricam queijos naturais fazem queijo cheddar. Completando os 10 principais são mozzarella (42%), Gouda (39%), queijo de pizza (32%), Colby (29%), Asiago (26%). Feta (26%), Parmesão/Romano (24%), queijo cremoso (21%) e estilos Jack, provolone e especialidade (juntos, 21%). O número médio de produtos de queijo natural produzido por essas empresas é levemente inferior a cinco (4,8).

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Para produzir esses queijos, as empresas contam com uma média de 5,2 ingredientes/aditivos além do leite. Quase três quartos (72%) das empresas usam culturas e/ou enzimas, enquanto mais de metade (51%) usam ingredientes de sabor. Cores (38%), agentes anti-aglutinantes (34%), emulsificantes/estabilizadores/gomas (30%), especiarias (30%), conservantes/inibidores (23%), ingredientes funcionais (21%) e fosfatos (21%) completam o top 10.

Para os próximos 24 meses, mais de um terço das empresas dos entrevistados planejam adicionar ou comprar mais culturas (40%) e/ou enzimas (36%), enquanto quase um quinto (19%) pretende adicionar ou comprar mais anti-aglutinantes, corantes e/ou ingredientes de sabor.

Talvez não seja surpreendente, mas o cheddar também é o que vende mais em mais de um quarto (26%) de todas as empresas respondentes. O queijo processado (9%), feta (6%) e mozzarella (6%) completam os quatro primeiros.

Quanto aos tamanhos de produtos produzidos, blocos de 40 libras (18 quilos) são os mais populares, com 40% dos entrevistados informando que suas empresas fabricam esse tamanho. Em seguida, estão os de embalagens de 5 libras ou 2,2 kg (37%), seguidos de embalagens de 10 libras ou 4,5 kg (28%), os queijos em formato de rodas (21%), blocos de 640 libras ou 290 kg (14%) e barris de 500 libras ou 226 kg (9%). Além disso, 35% dos entrevistados disseram que suas empresas produziram "outros" tamanhos, incluindo, entre outros, latas de 4,5 kg, sacos de 22 kg, etc

Figura 5Figura 6

 

As empresas também diferem quando se trata de como eles lidam com os subprodutos de soro da produção de queijo. Mais de um terço (36%) dos entrevistados disseram que suas empresas desidratam o soro e o processam para clientes domésticos. Porém, mais de um quarto (26%) disseram que suas empresas vendem o soro não processado para processadores nacionais, enquanto o mesmo número diz que suas empresas simplesmente descartam o subproduto.

Embalagem: um modelo não se adequa a todos

Quase dois terços (62%) dos entrevistados disseram que suas empresas cortam e embalam seu próprio queijo, enquanto 21% disseram que enviam para terceiros para cortar e embalar. Quase um quinto (17%) dos entrevistados, entretanto, disse que suas empresas fazem as duas coisas.

Os entrevistados também indicaram que suas empresas dependem de uma grande variedade de formatos de embalagem; o número médio utilizado por empresa é de 3,4. No topo da lista estão os filmes flexíveis, que são utilizados por três em cada cinco empresas (60%). Completando os cinco primeiros estão embalagens a vácuo (51%), recipientes de plástico, como copos (45%), bolsas e sacos (43%) e caixas papel/cartão (38%).

Mudanças frequentes também são comuns dentro do espaço de embalagem do queijo. Dois quintos (40%) dos entrevistados disseram que suas empresas fizeram mudanças nos materiais de embalagem ou em um aspecto de embalagem nos últimos 24 meses. Das empresas que fizeram modificações, 53% planejam fazer mudanças adicionais nos próximos 24 meses.

Fonte: Dairy Foods Magazine.

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Material escrito por:

Juliana Santin

Juliana Santin

Médica veterinária formada pela FMVZ/USP. Contribuo com a geração de conteúdo nos portais da AgriPoint nas áreas de mercado internacional, além de ser responsável pelo Blog Novidades e Lançamentos em Lácteos do MilkPoint Indústria.

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Ana Eufrosina Dias Costa Falcão
ANA EUFROSINA DIAS COSTA FALCÃO

PINTADAS - BAHIA - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 13/03/2018

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