A empresa dos EUA, Milk Specialties Global, está ajudando a criar uma nova categoria de produtos elaborada com a proteína de soro de leite (whey) e que pode funcionar em bebidas carbonatadas e transparentes.
A proteína pode ser associada a uma variedade de atributos na boca e, a do soro do leite, tem sido usada em quase tudo, desde preparados pré-treinos, até chás, cafés e produtos salgados. Também foi experimentado o seu uso em águas de vários tipos antes, mas a questão da sensação deixada na boca e a opacidade permaneciam.
Isso restringia o uso das proteínas a bebidas que têm um posicionamento primário de suporte nutricional. Em outras palavras, as proteínas eram adicionadas apenas a bebidas consumidas como parte da ingestão de alimentos e não em produtos consumidos porque a pessoa estava com sede.
Agora, com sua nova oferta, denominada PRObev, um isolado de proteína de soro de leite claro e estável ao calor, as proteínas lácteas podem ocupar um espaço dentre as bebidas nutritivas para hidratação, disse Michael Hiron, vice-presidente de vendas do MSG.
Hiron disse que, até onde pode ser determinado, o produto que a empresa estava amostrando em seu estande na recente feira Expo West em Anaheim, Califórnia, é o primeiro com esses atributos.
Chamado de Fizzique, o produto, desenvolvido em parceria com o pioneiro do setor de proteína e ex-atleta olímpico David Jenkins, é a primeira bebida carbonatada transparente a apresentar uma dosagem sólida de proteína.
"Eles identificaram um mercado e foram atrás", disse Hiron. “As pessoas colocavam as proteínas do soro de leite em muitas coisas, mas ninguém estava fazendo uma bebida com gás. Isso está preenchendo uma lacuna no mercado onde não havia realmente nada”, disse ele.
Desafios: sensação na boca e estabilidade
A bebida vem em dois sabores: Strawberry Watermelon (morango e melancia) e Tropical Limon, e apresenta 80 calorias e 20 gramas de proteína por porção. É adoçada com sucralose.
Conseguir alcançar a sensação na boca e o sabor certo para o novo produto PRObev foram grandes desafios, disse Hiron. Primeiramente, as proteínas em seu estado nativo são grandes moléculas e gostam de se unir. A viscosidade, que pode ser amiga de um formulador em certas matrizes de alimentos e bebidas, é uma inimiga quando se trata de um posicionamento de "refresco". Os consumidores têm certas expectativas quanto aos produtos que estão consumindo para saciar a sede. Afinal, uma 'água' deve cair como uma água.
“A proteína tem uma tendência de revestir a boca. Eles queriam uma bebida que fosse absolutamente transparente e que ainda tivesse aquela sensação de limpeza na boca”, disse ele. E depois vieram os desafios introduzidos pela carbonatação, que altera o pH da bebida. Existem maneiras comuns de manter a proteína estável nessas situações, mas muitas vezes vêm à custa do gosto, disse Hiron. "Há acidulantes que você pode usar, mas muitas vezes você acaba com a sensação adstringente na boca."
Hiron acrescentou que os produtos são destinados a uma população feminina. Pesquisas com consumidores mostraram que as bebidas lácteas não se saem tão bem com as mulheres, disse ele. E como muitas consumidoras dizem estar preocupadas com seu peso, as bebidas estão embarcando nos dados científicos que relacionam a ingestão de proteínas à saciedade.
Fonte: Dairy Reporter.