Motivos e padrões para as aquisições no setor de lácteos |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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EDUARDO CÔRTESCARATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/12/2011
Prezado Marcelo,
seu artigo vai fazer 4 anos. Escrevi à época que uma das empresas (Perdigão) comprou a Cotochés em MG, mas nos primeiros meses ainda não havia nenhuma mudança. Em 2011, na entre-safra ela pagou abaixo dos concorrentes. O que aconteceu em outras regiões? Um dos nossos problemas é que avaliamos pouco as mudanças, para sabermos se foram boas ou não. A avaliação é essencial para corrgirmos caminhos e estgratégias. Não seria bom você escrever um outro artigo, um updating 4 anos depois? Fica minha sugestão e meu incentivo a fazê-lo. |
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MARCELO PEREIRA DE CARVALHOPIRACICABA - SÃO PAULO EM 15/12/2011
Marcelo, não conheço a fundo a Lativale, mas acho que no caso dessa aquisição o que a Tangará busca é ter uma operação de captação e processamento no país, haja vista as críticas recebidas pela indústria e produtores nacionais por utilizar leite importado e não ter fábrica. Com a Lativale, a empresa ganha o status de produtora de leite como as demais.
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NEI ANTONIO KUKLAPORTO UNIÃO - SANTA CATARINA - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 08/07/2008
Gostaria de tentar completar o primeiro comentário do leitor Paulo Roberto Leal Coelho.
Concordo que a distribuição e a industrialização de lácteos estão organizados, pois se não tivessem certamente o mercado se fecharia para ambos. O nobre leitor e comentarista da matéria enfatiza que o setor produtivo está desorganizado. Novamente a conta recai sobre o produtor. E o que é pior: meu colega Paulo Roberto está coberto de razão. O produtor está e quase sempre foi desorganizado. Aponto como principal causa desta indesejável desorganização a falta de assistência técnica. Em minha região, com o "boom" do preço do leite, temos empresas (indústrias, cooperativas) que aterissaram de longe, cerca de 500 Km para comprar o leite. Pelo menos 5 dessas empresas. Sabem quantas delas fornecem assistencia técnica ao produtor para ele melhorar a produção, tomar medidas necessárias a boa gerência do empreendimento, enfim, se organizar? Resposta: Nenhuma empresa. São meramente compradoras de leite e olha, até vejo técnicos com os carros da empresa andando pelo interior, mas por outro motivo: Convencer o produtor "X" para deixar de vender seu leite para a empresa "Y" e passar para a empresa "W". O leite vale ouro hoje e esta briga está só começando, porém as empresas deveriam olhar com mais carinho para o lado do produtor que carece de informações técnicas e está apto a recebê-las, porém não há quem faça. |
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LUIZ BOMFIM TAVARESBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/06/2008
Acho muito preocupante para nós produtores rurais a concentração; as empresas menores estão sendo adquiridas, fortalecendo o poder de barganha das grandes.
É sabido que o grande laticinio dita a politica de preços, principalmente quando nâo tem concorrentes em sua região, ao contrário do produtores que na maioria são médios e pequenos, que entregam o produto diariamente, mas não sabem a que preço. As cooperativas precisam participar do processo de aquisições, união entre elas para terem escala, fortalecerem e tornarem braço forte dos cooperados. |
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HELVECIO OLIVEIRABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 10/06/2008
Bom dia Marcelo.
O temido decréscimo de preços anunciado, felizmente, parece ter sido postergado. Vai ver que foi um peso na consciência. Qual Alexandre o grande, que preservava a cultura de seus dominados, às gigantes que vêm sendo formadas, cabe preocuparem-se com o crescimento da cadeia em todos os segmentos. Alexandre sabia que era importante preservar a dignidade e garantir a cidadania. Exemplos com o da Alemanha recentemente e, em cadeia, em outros paises europeus apontam que é sábio evitar conflitos, ainda mais com as exportações escancaradas. Há uma luz no fim do túnel. Forte abraço, Helvécio. |
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JOSÉ MARCOS UNES TICLELAVRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 06/06/2008
Marcelo
Seu artigo é para a cadeia produtiva um grande alerta. Associado ao comentário do Paulo Roberto Leal, demonstra a clara nescessidade de uma maior organização de nosssas cooperativas para termos ganhos em escala usando até um mesmo nome. Criaríamos uma marca forte em todo o território, a exemplo do sistema UNIMED com singularidade preservada. Saudações Cooperativista |
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RAPHAEL BRANDÃOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 03/06/2008
Olá Marcelo,
Venho novamente aqui, para lhe fazer uma indagação pertinente ao assunto tratado nesse editorial. Na sua opinião, tendo em vista a relação indústria e varejo da cadeia de lácteos, você acredita que esse processo de fusões e aquisições na parcela industrial da cadeia requalificará a relação de barganha entre varejo e indústria processadora? Hoje, é de clara evidência que o setor varejista trabalha em oligopsônio perante a essas indústrias, detendo poder de precificação dos lácteos. Obrigado pela atenção e aguardo resposta. <b>Resposta do autor</b> Caro Raphael, É possível que sim. Empresas de lácteos, ou, de forma mais ampla, de alimentos, de maior porte, tendem a equilibrar melhor as forças com o varejo. Abs Marcelo |
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ROBERTO CUNHA FREIRELEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE EM 01/06/2008
Creio que essas concentrações de empresas é sem dúvida uma prova inconteste que a lei que rege o cooperativismo no Brasil, pelo menos no nosso setor leiteiro, precisa de mudanças no sentido de aperfeiçoamento, transparência, moralidade, impessoalidade, combate ao empreguísmo etc.
O certo é que se for feito um levantamento sério, verificarão que muitas cooperativas de leite fecharam, faliram, na maioria por má gestão, fraudes etc. Tal situação permitiu que ocorressem essas concentrações de empresas no nosso setor, pois grande parte dos colegas produtores rurais de leite, passou a não acreditar no sistema cooperativista e estamos vendendo direto para as empresas no setor. A partir do momento em que forem proibidas as reeleições indefinidamente para os cargos de presidentes, diretores e de membros dos conselhos dessas cooperativas e que, como consequência, permitirá a oxigenação e controle das cooperativas de leite, creio que nós produtores rurais de leite voltaremos ao sistema cooperativista. É ruim para nós, produtores rurais de leite, verificarmos que a maioria das diretorias e dos membros dos conselhos só estão preocupados com os seus poupudos salários, salvo as exceções, é claro. A maioria dessas cooperativas nunca distribuiram bonificações e pagam pelo litro de leite de seus cooperados sempre um valor inferior ao que as empresas pagam. Não acham que há algo no mínimo estranho e que precisa ser mudado? Creio, a meu juízo, que deverá começar pela lei que rege o cooperativismo no Brasil, afinal, cooperativismo é coletivo, e tudo que é coletivo é bem próximo do público e o que é público tem controle externo. Ao meu ver, as cooperativas deveriam também ter um controle externo, formado por auditores independentes, cujos relatórios deveriam ser publicados no mínimo a cada 3 meses; isso sim é a transparência que as cooperativas de leite precisam. Não se justifica tamanha concentração no setor se a atividade não fosse viável; em contrapartida, há tanta falências e fechamentos de cooperativas de leite nos últimos 15 anos no setor leiteiro. Ouso até a achar que o caso é tào grave que a bancada ruralista dos Dep. Federais na Câmara Federal deveria instalar uma CPI para apurar e diagnosticar o que ocorreu e está ocorrendo no setor leiteiro com as cooperativas. |
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GUILHERME AUGUSTO VIEIRASALVADOR - BAHIA - PESQUISA/ENSINO EM 01/06/2008
Marcelo, parabéns pela análise estratégica do mercado lácteo, na qual se observa um forte sentido das empresas do setor cárneo em tornarem-se empresas globais de alimentos; o segmento lácteo é altamente estratégico neste aspecto, principalmente pelas perspectivas de aumento de consumo no mercado interno e aumento de exportações, aonde o Brasil pode se tornar um "player".
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CELSO JOSE DE ARAUJO CAMPOSBARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/06/2008
Aqui na região de Barbacena, a Lider adquiriu uma empresa tradicional na produção de queijos finos - Boa Nata; nós, produtores da região, estamos apreensivos no tocante à concentração em um só comprador. Como resultado disto, hoje o preço de compra caiu R$0,03 por litro, não conseguimos outros compradores e
já inicia o antigo ciclo do efeito surpresa - preço baixo - e o pior, só divulgado após a entrega do produto. |
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EDUARDO CÔRTESCARATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 31/05/2008
O artigo é interessante, mas seria interessante o autor observar o que vai acontecer com os produtores. Espero que essas grandes empresas não se juntem para fazerem acordo de preços.
No meu caso, produzindo leite em Minas Gerais, a compra da Cotoches por uma das empresas citadas acima resultou em dois meses de piores preços da região. Houve uma conversa de que seria compensado no mês seguinte, mas continuei a receber bem abaixo do que os produtores que entregaram para empresas regionais e mesmo para outra grande aquisidora. Vamos ver o que acontece. |
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CLEBER MEDEIROS BARRETOUMIRIM - CEARÁ EM 31/05/2008
Prezado Marcelo
Complementando a pergunta acima, do André Luís, será que com menos donos gerindo a captação de leite, seria priorizaria de uma vez por todas a qualidade da matéria-prima, selecionando produtores que apresentam volume constante e leite com padrões mínimos de qualidade? Respeitosamente, Cleber Medeiros Barreto |
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WANDER FONSECA DA SILVAPOUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 30/05/2008
Marcelo,
Parabenizo pela forma clara e sustentada com que analisa a concentração do setor de lácteos no Brasil. Neste mesmo tema, como o Sr. vê a associação Sadia-Kraft neste ambiente? Abraços, Wander Fonseca da Silva Consultor Pouso Alegre - MG <b>Resposta do autor</b> Caro Wander, Obrigado pelo comentário. Acho que ainda é cedo para saber o que pode resultar essa associação para produção/distribuição de queijos. As previsões iniciais são de um negócio relativamente pequeno para as empresas. De qualquer forma, é uma sinalização de entrada da Sadia nesse mercado, o que por si só é algo a se acompanhar. Um cordial abraço, Marcelo |
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ANDRE LUIZ ALVES DOS SANTOSUBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/05/2008
Gostaria de saber qual a sua opinião sobre esta concentração de empresas neste setor. Até que ponto ela é benéfica para classe produtora, uma vez que através desta concentração o nosso leite fica mais competitivo no mercado internacional?
Abraços, André - ALAS <b>Resposta do autor</b> Caro André Luiz, Acho que há os dois lados da moeda. A concentração tem seu lado bom, que é a constituição de empresas mais eficientes, com maior poder de barganha, que têm mais condições de agregar valor ao produto e, conseqüentemente, à cadeia produtiva como um todo. Um mercado muito pulverizado, com alta concorrência, tende a gerar baixas margens. O lado complicado é que o poder de barganha vale para os dois lados. Cabe ao produtor estar organizado e encontrar formas de capturar uma parcela maior desse poder de barganha. Abraço, Marcelo |
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PAULO ROBERTO LEAL COELHORIO DE JANEIRO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 30/05/2008
Prezado Marcelo, sem dúvida vc enfocou bem a questão. Se, por parte das empresas, não é exatamente o descrito, deve ser algo próximo disto.
A minha preocupação - sou Técnico de Campo, viajo bastante por três estados, atuando em pecuária de leite e corte - é que na cadeia do leite, dois setores já estão tremendamente organizados: distribuição (atacado e varejo) e a industrialização (cada vez mais profissional e concentrada). Quanto ao setor produtivo, o que vejo é preocupante, face ao cenário que se descortina. Serão dois leões - fortes, organizados e concentrados, negociando com um setor que não se organiza, não tem força econômica (que são muitos, porém isolados) e, via de regra, ainda trabalhando de forma amadora. Alguém vai ficar na mão de águém. Tomara que eu esteja enganado. Um abraço e sucesso. Paulo Roberto |
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