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Motivos e padrões para as aquisições no setor de lácteos

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 30/05/2008

4 MIN DE LEITURA

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Voltando ao tema do último editorial, é interessante discutir a estratégia por trás da onda de aquisições que algumas empresas vêm detonando, em especial Perdigão, Parmalat e Bom Gosto, mas sem esquecer a Lider, o Bertin, a Nilza e o GP Investimentos, tema do último artigo, ao adquirir o Morrinhos (LeitBom).

Normalmente, fusões e aquisições têm diversos direcionadores, entre eles sinergias de custo e eficiência (aumento de escala), aquisição de marcas, boas oportunidades de negócios (ex: Parmalat adquirindo a Coaperiodoce), entrada em novos mercados (ex: Bertin comprando a Vigor), acesso a matéria-prima competitiva e custos mais baixos (talvez os investimentos no RS apontem para essa razão) e modificações nas relações dentro da cadeia de valor (ex: criação da DPA, joint-venture da Nestlé com Fonterra).

No caso específico do setor de lácteos no Brasil, é válido tentarmos analisar os direcionadores que estão levando a esse novo momento e que podem moldar a competição futura, ao menos entre os grandes. Porque algumas empresas estão buscando rapidamente a expansão, após anos de certa letargia do setor? Como já comentado anteriormente, as perspectivas de crescimento da demanda tanto no mercado interno como externo são boas, o que por si só já tende a atrair o capital. Mais ainda, nesse ambiente de crise global de alimentos, o Brasil começa a ser visto, ainda que de forma incipiente, como parte da resposta para o problema em lácteos. Nessa situação, o apetite do capital se reforça. Terceiro, há capital disponível na praça, em especial nos países emergentes que se mostram mais confiáveis, como o Brasil, que recentemente recebeu o "grau de investimento" por uma das agências de avaliação de risco. Quarto, é possível que existam empresas com interesse de ganhar força para emissão de ações, como já aventou o presidente da Bom Gosto, uma das que têm se destacado. Para viabilizar o chamado IPO e se tornar atrativa na bolsa, precisa ter porte. Quinto, ao se analisar o segmento lácteo, percebe-se que há considerável espaço para concentração, com ganhos potenciais.

Nesse ponto, o momento tem feito algumas cooperativas se constituirem em um alvo particularmente atrativo, animadas também pelas boas perspectivas e relativa escassez da matéria-prima, analisando-se o contexto mais amplo. Assim, aproveitam a disponibilidade de dinheiro para aquisições, se desfazem de suas fábricas e marcas e concentram-se na captação (afinal, cooperativas são formadas por produtores de leite!) que, num cenário de bons preços, pode até ser uma estratégia viável (só o tempo dirá).

É válido também levantar alguns pontos relativos às estratégias que algumas empresas estão buscando. Um primeiro ponto evidente que direciona esse processo é a busca de escala e poder de negociação com um varejo cada vez mais forte.

Mas há outros motivos e aí vale a pena discutir melhor. O mapa abaixo mostra fábricas existentes, próprias ou frutos de aquisições recentes, bem com projetos futuros anunciados por dois desses players: Parmalat e Perdigão (sem contar outras unidades com concentradores).


Nota-se, em uma primeira análise, que as empresas têm localização de fábricas bastante semelhante, basicamente cobrindo as principais regiões do país, onde o leite está e onde estão localizados os principais mercados, o que logicamente faz sentido. Esta estratégia têm possivelmente outros motivos também:

maior capacidade de lidar com diferenças regionais de oferta em função de ocorrências climáticas e diferenças de safra, fazendo com que a empresa possa otimizar o processo de suprimento de leite (a Nestlé já faz isso há um bom tempo);

maior agilidade no abastecimento dos diversos mercados;

exploração de marcas regionais fortes, no caso de aquisições de outras empresas/cooperativas, bem como marcas posicionadas em diferentes faixas de preço;

maior flexibilidade em função de alterações na legislação fiscal e tributária, que pode pegar de calças curtas empresas totalmente concentradas em determinada região, fruto das idas-e-vindas da lei sobre ICMS, etc;

• eventualmente, busca por locais com menor concorrência na compra de matéria-prima e/ou potencial de aquisição de matéria-prima a custo mais competitivo.

A análise acima sugere que, para ser grande, pode ser muito oportuno ser diversificado regionalmente. Fica melhor posicionada a empresa que puder lançar mão dessa estratégia, sendo mais eficiente em seu processo de suprimento de leite e acesso aos diferentes mercados.

Um outro aspecto que parece conduzir esses movimentos é a busca por um portifólio de produtos mais amplo, tendo como base o tripé leite em pó - longa vida - queijos, cujas rentabilidades variam ao longo de qualquer período. Entre junho e setembro de 2007, por exemplo, o longa vida apresentou grande rentabilidade; posteriormente (e antes também), o pó foi superior. Assim, grandes empresas, atuando em um segmento como o de commodities, tendem a se beneficiar ao ter um portifólio mais amplo, que permita otimizar a linha de produção de acordo com a rentabilidade do momento.

O acesso a mercados externos parece ser também uma variável relevante para definir essa competitividade. Ganha a empresa que tiver condições de explorar com mais força o mercado internacional nos momentos em que este se mostrar atrativo.

Presença nacional, portifólio amplo e acesso aos mercados interno e externo parecem ser direcionadores claros desse processo pelo qual o setor está passando. No caso da Parmalat, há também a questão da integração como uma possível fonte de captura de valor, cujo sucesso ou fracasso ainda veremos. No caso da Perdigão e do Bertin, ganhos na distribuição e acesso a diversos canais de mercado, bem como sinergia de marcas, questões fiscais e diversificação de riscos, também explicam a estratégia de investir nos lácteos.

Vale a pena fazer algumas ressalvas nessa avaliação. Primeiro, trata-se da avaliação de um observador externo, sem qualquer ligação com nenhuma das empresas aqui mencionadas. Não necessariamente a justificativa das empresas passa por todos esses pontos ou somente esses pontos. Segundo, como toda análise de estratégia, não é possível garantir que as descisões são corretas antes de serem testadas; nesse momento, no entanto, parecem fazer sentido. De qualquer forma, contra fatos não há argumentos: as empresas que estão fazendo aquisições estão buscando posicionamento nacional, ampliação do portifólio e acesso aos mercados interno e externo.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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EDUARDO CÔRTES

CARATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2011

Prezado Marcelo,


seu artigo vai fazer 4 anos.  Escrevi à época que uma das empresas (Perdigão) comprou a Cotochés em MG, mas nos primeiros meses ainda não havia nenhuma mudança.  Em 2011, na entre-safra ela pagou abaixo dos concorrentes.  O que aconteceu em outras regiões?  Um dos nossos problemas é que avaliamos pouco as mudanças, para sabermos se foram boas ou não.  A avaliação é essencial para corrgirmos caminhos e estgratégias.  Não seria bom você escrever um outro artigo, um updating 4 anos depois?  Fica minha sugestão e meu incentivo a fazê-lo.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 15/12/2011

Marcelo, não conheço a fundo a Lativale, mas acho que no caso dessa aquisição o que a Tangará busca é ter uma operação de captação e processamento no país, haja vista as críticas recebidas pela indústria e produtores nacionais por utilizar leite importado e não ter fábrica. Com a Lativale, a empresa ganha o status de produtora de leite como as demais.  
MARCELO MARCIO ALVAREZ DANZACKER

VILA VELHA - ESPÍRITO SANTO

EM 13/12/2011

Marcelo, como você vê a compra da Lativale, no município de Estrela-RS, pela Tangará Foods, como isso entra nesse contexto?
NEI ANTONIO KUKLA

PORTO UNIÃO - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/07/2008

Gostaria de tentar completar o primeiro comentário do leitor Paulo Roberto Leal Coelho.

Concordo que a distribuição e a industrialização de lácteos estão organizados, pois se não tivessem certamente o mercado se fecharia para ambos. O nobre leitor e comentarista da matéria enfatiza que o setor produtivo está desorganizado. Novamente a conta recai sobre o produtor. E o que é pior: meu colega Paulo Roberto está coberto de razão. O produtor está e quase sempre foi desorganizado.

Aponto como principal causa desta indesejável desorganização a falta de assistência técnica. Em minha região, com o "boom" do preço do leite, temos empresas (indústrias, cooperativas) que aterissaram de longe, cerca de 500 Km para comprar o leite. Pelo menos 5 dessas empresas. Sabem quantas delas fornecem assistencia técnica ao produtor para ele melhorar a produção, tomar medidas necessárias a boa gerência do empreendimento, enfim, se organizar?
Resposta: Nenhuma empresa. São meramente compradoras de leite e olha, até vejo técnicos com os carros da empresa andando pelo interior, mas por outro motivo: Convencer o produtor "X" para deixar de vender seu leite para a empresa "Y" e passar para a empresa "W".

O leite vale ouro hoje e esta briga está só começando, porém as empresas deveriam olhar com mais carinho para o lado do produtor que carece de informações técnicas e está apto a recebê-las, porém não há quem faça.
LUIZ BOMFIM TAVARES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2008

Acho muito preocupante para nós produtores rurais a concentração; as empresas menores estão sendo adquiridas, fortalecendo o poder de barganha das grandes.

É sabido que o grande laticinio dita a politica de preços, principalmente quando nâo tem concorrentes em sua região, ao contrário do produtores que na maioria são médios e pequenos, que entregam o produto diariamente, mas não sabem a que preço. As cooperativas precisam participar do processo de aquisições, união entre elas para terem escala, fortalecerem e tornarem braço forte dos cooperados.
HELVECIO OLIVEIRA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/06/2008

Bom dia Marcelo.

O temido decréscimo de preços anunciado, felizmente, parece ter sido postergado. Vai ver que foi um peso na consciência. Qual Alexandre o grande, que preservava a cultura de seus dominados, às gigantes que vêm sendo formadas, cabe preocuparem-se com o crescimento da cadeia em todos os segmentos. Alexandre sabia que era importante preservar a dignidade e garantir a cidadania. Exemplos com o da Alemanha recentemente e, em cadeia, em outros paises europeus apontam que é sábio evitar conflitos, ainda mais com as exportações escancaradas. Há uma luz no fim do túnel.

Forte abraço, Helvécio.
JOSÉ MARCOS UNES TICLE

LAVRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/06/2008

Marcelo

Seu artigo é para a cadeia produtiva um grande alerta. Associado ao comentário do Paulo Roberto Leal, demonstra a clara nescessidade de uma maior organização de nosssas cooperativas para termos ganhos em escala usando até um mesmo nome.
Criaríamos uma marca forte em todo o território, a exemplo do sistema UNIMED com singularidade preservada.

Saudações Cooperativista
RAPHAEL BRANDÃO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 03/06/2008

Olá Marcelo,

Venho novamente aqui, para lhe fazer uma indagação pertinente ao assunto tratado nesse editorial. Na sua opinião, tendo em vista a relação indústria e varejo da cadeia de lácteos, você acredita que esse processo de fusões e aquisições na parcela industrial da cadeia requalificará a relação de barganha entre varejo e indústria processadora? Hoje, é de clara evidência que o setor varejista trabalha em oligopsônio perante a essas indústrias, detendo poder de precificação dos lácteos. Obrigado pela atenção e aguardo resposta.

<b>Resposta do autor</b>

Caro Raphael,

É possível que sim. Empresas de lácteos, ou, de forma mais ampla, de alimentos, de maior porte, tendem a equilibrar melhor as forças com o varejo.

Abs

Marcelo
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 01/06/2008

Creio que essas concentrações de empresas é sem dúvida uma prova inconteste que a lei que rege o cooperativismo no Brasil, pelo menos no nosso setor leiteiro, precisa de mudanças no sentido de aperfeiçoamento, transparência, moralidade, impessoalidade, combate ao empreguísmo etc.

O certo é que se for feito um levantamento sério, verificarão que muitas cooperativas de leite fecharam, faliram, na maioria por má gestão, fraudes etc. Tal situação permitiu que ocorressem essas concentrações de empresas no nosso setor, pois grande parte dos colegas produtores rurais de leite, passou a não acreditar no sistema cooperativista e estamos vendendo direto para as empresas no setor.

A partir do momento em que forem proibidas as reeleições indefinidamente para os cargos de presidentes, diretores e de membros dos conselhos dessas cooperativas e que, como consequência, permitirá a oxigenação e controle das cooperativas de leite, creio que nós produtores rurais de leite voltaremos ao sistema cooperativista.

É ruim para nós, produtores rurais de leite, verificarmos que a maioria das diretorias e dos membros dos conselhos só estão preocupados com os seus poupudos salários, salvo as exceções, é claro. A maioria dessas cooperativas nunca distribuiram bonificações e pagam pelo litro de leite de seus cooperados sempre um valor inferior ao que as empresas pagam.

Não acham que há algo no mínimo estranho e que precisa ser mudado? Creio, a meu juízo, que deverá começar pela lei que rege o cooperativismo no Brasil, afinal, cooperativismo é coletivo, e tudo que é coletivo é bem próximo do público e o que é público tem controle externo. Ao meu ver, as cooperativas deveriam também ter um controle externo, formado por auditores independentes, cujos relatórios deveriam ser publicados no mínimo a cada 3 meses; isso sim é a transparência que as cooperativas de leite precisam.

Não se justifica tamanha concentração no setor se a atividade não fosse viável; em contrapartida, há tanta falências e fechamentos de cooperativas de leite nos últimos 15 anos no setor leiteiro. Ouso até a achar que o caso é tào grave que a bancada ruralista dos Dep. Federais na Câmara Federal deveria instalar uma CPI para apurar e diagnosticar o que ocorreu e está ocorrendo no setor leiteiro com as cooperativas.
GUILHERME AUGUSTO VIEIRA

SALVADOR - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 01/06/2008

Marcelo, parabéns pela análise estratégica do mercado lácteo, na qual se observa um forte sentido das empresas do setor cárneo em tornarem-se empresas globais de alimentos; o segmento lácteo é altamente estratégico neste aspecto, principalmente pelas perspectivas de aumento de consumo no mercado interno e aumento de exportações, aonde o Brasil pode se tornar um "player".
CELSO JOSE DE ARAUJO CAMPOS

BARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/06/2008

Aqui na região de Barbacena, a Lider adquiriu uma empresa tradicional na produção de queijos finos - Boa Nata; nós, produtores da região, estamos apreensivos no tocante à concentração em um só comprador. Como resultado disto, hoje o preço de compra caiu R$0,03 por litro, não conseguimos outros compradores e
já inicia o antigo ciclo do efeito surpresa - preço baixo - e o pior, só divulgado após a entrega do produto.
EDUARDO CÔRTES

CARATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/05/2008

O artigo é interessante, mas seria interessante o autor observar o que vai acontecer com os produtores. Espero que essas grandes empresas não se juntem para fazerem acordo de preços.
No meu caso, produzindo leite em Minas Gerais, a compra da Cotoches por uma das empresas citadas acima resultou em dois meses de piores preços da região. Houve uma conversa de que seria compensado no mês seguinte, mas continuei a receber bem abaixo do que os produtores que entregaram para empresas regionais e mesmo para outra grande aquisidora.
Vamos ver o que acontece.
CLEBER MEDEIROS BARRETO

UMIRIM - CEARÁ

EM 31/05/2008

Prezado Marcelo

Complementando a pergunta acima, do André Luís, será que com menos donos gerindo a captação de leite, seria priorizaria de uma vez por todas a qualidade da matéria-prima, selecionando produtores que apresentam volume constante e leite com padrões mínimos de qualidade?

Respeitosamente,
Cleber Medeiros Barreto
WANDER FONSECA DA SILVA

POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/05/2008

Marcelo,

Parabenizo pela forma clara e sustentada com que analisa a concentração do setor de lácteos no Brasil.
Neste mesmo tema, como o Sr. vê a associação Sadia-Kraft neste ambiente?

Abraços,

Wander Fonseca da Silva
Consultor
Pouso Alegre - MG

<b>Resposta do autor</b>

Caro Wander,

Obrigado pelo comentário.

Acho que ainda é cedo para saber o que pode resultar essa associação para produção/distribuição de queijos. As previsões iniciais são de um negócio relativamente pequeno para as empresas. De qualquer forma, é uma sinalização de entrada da Sadia nesse mercado, o que por si só é algo a se acompanhar.

Um cordial abraço,

Marcelo
VIRGÍLIO JOSÉ PACHECO DE SENNA

SANTO AMARO - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/05/2008

Dr. Marcelo Pereira de Carvalho

Muito bom seu artigo, lúcido e atual para o momento em que vive a pecuária leiteira no país. Suas ressalvas são pertinentes e seguras.

Cordial abraço.
RAPHAEL BRANDÃO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 30/05/2008

Parabéns Marcelo,

Uma análise muito completa e inteligente, abrangendo todos os aspectos necessários para o entendimento desse processo, fusões e aquisições.
ANDRE LUIZ ALVES DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/05/2008

Gostaria de saber qual a sua opinião sobre esta concentração de empresas neste setor. Até que ponto ela é benéfica para classe produtora, uma vez que através desta concentração o nosso leite fica mais competitivo no mercado internacional?

Abraços,
André - ALAS

<b>Resposta do autor</b>

Caro André Luiz,

Acho que há os dois lados da moeda. A concentração tem seu lado bom, que é a constituição de empresas mais eficientes, com maior poder de barganha, que têm mais condições de agregar valor ao produto e, conseqüentemente, à cadeia produtiva como um todo. Um mercado muito pulverizado, com alta concorrência, tende a gerar baixas margens.

O lado complicado é que o poder de barganha vale para os dois lados. Cabe ao produtor estar organizado e encontrar formas de capturar uma parcela maior desse poder de barganha.

Abraço,

Marcelo
PAULO ROBERTO LEAL COELHO

RIO DE JANEIRO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 30/05/2008

Prezado Marcelo, sem dúvida vc enfocou bem a questão. Se, por parte das empresas, não é exatamente o descrito, deve ser algo próximo disto.

A minha preocupação - sou Técnico de Campo, viajo bastante por três estados, atuando em pecuária de leite e corte - é que na cadeia do leite, dois setores já estão tremendamente organizados: distribuição (atacado e varejo) e a industrialização (cada vez mais profissional e concentrada).

Quanto ao setor produtivo, o que vejo é preocupante, face ao cenário que se descortina. Serão dois leões - fortes, organizados e concentrados, negociando com um setor que não se organiza, não tem força econômica (que são muitos, porém isolados) e, via de regra, ainda trabalhando de forma amadora.

Alguém vai ficar na mão de águém. Tomara que eu esteja enganado.

Um abraço e sucesso.
Paulo Roberto

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