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Diagnóstico de prenhez, sincronização e redução de custos: sinopse do encontro da ADSA de 2000

João Paulo V. Alves dos Santos e Marcelo Pereira de Carvalho

Como melhorar a fertilidade do rebanho? Este tema foi mais uma vez abordado, dessa vez no encontro da ADSA e ASAS em Baltimore (EUA) - 2000. Dentre os tópicos debatidos, destacamos o kit de detecção prematura de prenhez, esquemas de sincronização e doses alternativas e produtos (protocolos de sincronização).

Baseado num levantamento em 135 rebanhos, Jeff Stevenson, da Universidade de Kansas destacou que o quadro reprodutivo (fertilidade) tem caminhado na direção oposta à produção. Segundo o pesquisador, podemos separar em três partes os estágios do ciclo reprodutivo:

* o período de espera
* o período ativo de inseminação
* a gestação e período seco

De acordo com o extensionista, "tudo o que for feito com intuito de reduzir problemas pós-parto irá auxiliar na resolução dos demais problemas existentes, pois estão, como um todo, relacionados entre si". Uma de suas recomendações, por exemplo, é o cuidado e monitoramento da temperatura corporal após o parto bem como de alguns parâmetros sanguíneos nos primeiros 10 dias pós-parto. Hoje em dia, encontramos no mercado termômetros digitais capazes de fornecer dados em 15 segundos, facilitando o acompanhamento dos animais. Segundo Stevenson, em média, 20 a 25% das vacas não estão ciclando no momento da realização de inseminações programadas (protocolos).

O correto monitoramento do escore de condição corporal , durante o período seco e de transição, tem papel bastante importante na reversão dos índices acima. A recomendação final do pesquisador é que venhamos manipular de maneira correta os hormônios reprodutivos no controle da ovulação antes da primeira e subseqüentes inseminações.

Aumentando a taxa de prenhez

Estudos nas Universidades da Flórida e de Kansas indicaram que o uso de prostaglandina (PGF2a) aumentou a taxa de prenhez. No estudo da Flórida duas injeções de PGF foram dadas 26 e 12 dias antes da inseminação programada. No trabalho da Universidade de Kansas, somente uma injeção de PGF2a foi realizada, 12 dias antes da inseminação programada. Na avaliação da Flórida, a taxa de prenhez aumentou de 25,3 para 42,6% em vacas ciclando. No caso de Kansas, em animais de segunda lactação ou mais, as vacas tiveram uma melhora de 28 para 42%. Os pesquisadores da Florida também avaliaram os efeitos de aplicações de BST no dia do primeiro GnRH ou no dia da inseminação. O BST melhorou a taxa de prenhez em vacas ciclando de 34% para 54%.

Reduzindo a sincronização

Vários protocolos de sincronização de estro foram também avaliados por pesquisadores da Viginia Tech e Texas A & M. Foram avaliados programas de sincronização com uma única injeção de 25 mg de PGF2a, após 14 dias da aplicação de 100 mg de GnRH. Sete dias após foi realizada a segunda injeção de PGF2a. No momento da inseminação, foi ministrada uma segunda dose de GnRH, sendo as vacas inseminadas 18 horas depois.

Este protocolo de sincronização foi comparado com o MTB (Modified Targeted Breeding), o qual eliminou a segunda aplicação de GnRH, efetuando a inseminação de vacas quando foram observadas no estro ou com 72 a 80 horas depois da segunda aplicação de PGF2a caso estas não tenham manifestado sintomas do mesmo. O grupo de Virginia reportou que as taxas de prenhez foram maiores para rebanhos MTB que tiveram excelente detecção de estro. As vacas no grupo MTB tiveram 50% de taxa de prenhez, se observadas em estro. Dos 19 rebanhos avaliados a taxa de prenhez no primeiro serviço foi, na média, 25,9% para o MTB e 30,8% para o protocolo tradicional, com inseminação fixa por tempo. A taxa de detecção de estro não foi relatada na avaliação por parte da Texas A & M.

Reduzindo o custo do GnRH

Uma outra maneira de reduzir o custo dos protocolos de sincronização é utilizando 50 microgramas de GnRH ao invés de 100 microgramas (utilizado na maioria dos protocolos). Pesquisadores de Wisconsin realizaram um trabalho (utilizando doses inferiores) em rebanho comercial. No entanto, na Universidade de Kentucky, pesquisadores de gado de corte obtiveram resultados negativos com o uso reduzido de GnRH. A taxa de concepção no momento da inseminação foi 10% inferior com o uso de 50 microgramas, em relação ao uso de 100 microgramas.

Uso de GnRH alternativo

Pesquisadores da Flórida estão começando a testar o uso de estradiol em substituição à segunda aplicação de GnRH. Inicialmente foram conduzidos vários experimentos para determinar a correta dosagem. Foi realizado um experimento com 158 novilhas que receberam GnRH no início da avaliação. O acetato de melengesterol (MGA) foi fornecido por 6 dias e a PGF2a foi aplicada no sétimo dia. As novilhas controle foram inseminadas depois de detectado o estro, enquanto que nas novilhas em avaliação foi aplicado 0,5 mg de estradiol no oitavo dia, sendo realizada inseminação após 48 horas. A taxa de prenhez foi de 39,2% em ambos os grupos. Baseado nestes dados, aparentemente, o ECP pode vir a ser uma alternativa para a segunda dose de GnRH no momento da inseminação programada em novilhas.

Antecipando o diagnóstico de prenhez

Uma importante chave para melhoria da eficiência reprodutiva é a detecção dos animais que "falharam" o mais rápido possível após a inseminação. Um kit de detecção antecipada de prenhez recentemente foi colocado à disposição no mercado. Pesquisadores da Carolina do Norte e Virginia apresentaram os resultados de suas pesquisas no encontro deste ano. O diagnóstico de prenhez foi feito com o uso de várias combinações de palpações, retais ou uso de ultrasom. Os resultados dos três experimentos realizados são apresentados na tabela abaixo:

Tabela


Para cada um dos ensaios, aproximadamente mais da metade dos animais teve o mesmo resultado da palpação retal quando comparado com ultrasom. Também ocorreu uma elevada incidência de falsos positivos em cada um deles. Alguns podem argumentar que a morte embrionária prematura esteja ocorrendo durante este período, então os falsos positivos devem ter concebido, posteriormente perdendo seus embriões, antes da Fubsequente palpação (retal ou uso de ultrasom).

De acordo com os pesquisadores, os testes atualmente disponíveis não apresentam acurácia suficiente para que sejam recomendados em fazendas comerciais.

fonte: Hoard’s Dairyman, janeiro 2001

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