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Associação do balanço energético negativo pós-parto com a ocorrência da primeira ovulação

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 18/05/2000

3 MIN DE LEITURA

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José Luiz Moraes Vasconcelos

A relação da nutrição com a duração do período de anestro pós-parto tem sido bem estudada, sendo que a maior deficiência nutricional que acomete vacas leiteiras pós-parto é referente à ingestão de energia (NRC, 1989).

A maneira pela qual o déficit energético afeta a reprodução envolve o balanço hormonal do animal. O restabelecimento da ciclicidade ovariana pós-parto depende da secreção do GnRH, FSH e LH. A hipoglicemia resultante de balanço energético negativo reduz a secreção de GnRH pelo hipotálamo. Para cada pulso de GnRH, há um pulso de LH, havendo sincronia entre a secreção de GnRH e LH.

A subnutrição não altera a sensibilidade da hipófise em relação ao GnRH, sugerindo que a redução destes hormônios em vacas subalimentadas seja mesmo devida a menor produção de GnRH pelo hipotálamo. Isto sugere que a aplicação de GnRH em vacas em anestro é suficiente para levar à liberação de LH e à ovulação, desde que haja presença de um folículo dominante.

A associação entre o aumento de FSH e o início da primeira onda de crescimento folicular pós-parto foi mostrada por BEAN & BUTLER (1997), quando avaliaram o efeito do balanço energético na dinâmica folicular, no início da lactação em vacas de leite. Neste estudo, verificaram que todas as vacas desenvolveram uma onda de crescimento folicular, caracterizada pela presença de folículo dominante (10 mm), durante a segunda semana pós-parto. A emergência da primeira onda de crescimento folicular ocorreu, até certo ponto, sincronizada com a redução do estrógeno após o parto, já que o estrógeno tem efeito inibitório na liberação de FSH. A emergência de um folículo dominante, em todas as vacas durante a segunda semana pós-parto, confirma que o desenvolvimento de folículo dominante não é fator limitante na recuperação da ciclicidade pós-parto, e que a capacidade ovulatória dos folículos da primeira onda está associada a maior concentração de IGF-1 e ao intervalo para menor balanço energético.

Ao se avaliar o padrão de crescimento folicular em vacas de corte, em dietas com níveis de energia alto ou mantença (150 e 100% dos requisitos ARC 1980, respectivamente), do parto até a primeira ovulação observou-se que o reinício do desenvolvimento de folículos dominantes não foi influenciado pelos planos nutricionais. O número de ondas de crescimento folicular e o intervalo do parto à primeira ovulação foram maiores no grupo mantença do que no grupo com dieta alta (10,6 ( 1,2 e 95 ( 12 X 6,8 ( 1,2 e 70 ( 12), respectivamente. Observou-se ainda que o problema de anestro prolongado em vacas de corte era devido à falha de ovulação do folículo dominante e não de falha em seu desenvolvimento.

Na associação entre anestro e LH, verificou-se estar o primeiro associado ao decréscimo na freqüência de pulsos de LH e que o aumento na ingestão de nutrientes após o período de anestro restabelecia o ciclo estral com taxa normal de prenhez. Outra observação interessante é que a concentração média de LH, o diâmetro do folículo dominante e a concentração de estradiol foram menores quando se comparou ciclo estral anovulatório com o normal, em novilhas submetidas à restrição alimentar. Concluiu-se que a falha da ovulação, após restrição alimentar, era resultante de LH insuficiente para estimular o folículo ovulatório e vacas recebendo 100% dos requisitos nutricionais tiveram folículos maiores do que vacas recebendo 70% dos requisitos, sugerindo que a freqüência dos pulsos de LH pode ser influenciada pelo balanço energético.

Ao se estudar a relação entre balanço energético e o intervalo entre o parto e a primeira ovulação em vacas holandesas, observou-se média de 36(6 dias, ocorrendo ovulação aproximadamente 10 dias após o balanço energético ter iniciado o regresso ao ponto zero. Além disto, observou-se que o balanço energético pós-parto modificava o padrão de crescimento folicular nos primeiros 25 dias, da seguinte forma: em vacas com melhor balanço energético, o número de folículos classe 1 (3 a 5 mm) diminuía enquanto o número de folículos classe 3 (10 a 15 mm) aumentava. Com isto, as taxas de ovulação foram maiores nesta fase e observou-se que as vacas em anestro apresentaram menor ingestão de matéria seca, resultando em balanço energético negativo mais acentuado do que aquelas que ciclaram até aos 40 dias.

Comentário MilkPoint: garantir alto consumo de MS e energia após o parto é uma estratégia importante para permitir o reestabelecimento da ovulação em vacas em lactação.

fonte: MilkPoint

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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