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Anestro X Falha na detecção de cio

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 20/11/2007

3 MIN DE LEITURA

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A detecção correta e eficiente do cio em vacas de leite é um importante componente de um bom programa de manejo reprodutivo. Falhas de detecção de cio são uma das grandes causas dos problemas reprodutivos dos rebanhos leiteiros.

Uma vaca pode não estar sendo observada em cio por dois motivos. Primeiro, o ovário da vaca não esta funcionando adequadamente e a vaca esta em anestro (não esta ciclando). O segundo motivo, a pessoa responsável pela observação de cio, não esta vendo a vaca em cio, porém a vaca esta ciclando normalmente. Embora o segundo motivo seja o mais comum na maioria dos casos, não é difícil encontrarmos os dois problemas em um mesmo rebanho.

A extensão desses dois motivos de falha na detecção de cio varia entre os rebanhos. A porcentagem de vacas em anestro aos 60 dias pós-parto em um rebanho de vacas Holandesas pode variar de 5 a 20%. A porcentagem de falha na detecção de cio pode variar de 15 até mais de 60%.

O anestro ou a perda de cio podem reduzir a lucratividade do rebanho significativamente, portanto nas fazendas que apresentam problemas de detecção de cio, é importante definir qual das duas causas das falhas ocorre e a partir dessa definição tomar medidas para corrigir o problema.

Como determinar as causas do problema

As anotações da palpação ou exame com ultra-som (mais preciso) dos ovários das vacas feitos pelo veterinário (pelo menos uma vez por mês) e a data do primeiro cio pós-parto são necessários para determinar se esta ocorrendo anestro ou falha de detecção de cio, se essas informações não estão disponíveis, o primeiro passo vai ser a coleta desses dados. Para o diagnóstico real da situação o ideal é analisar os dados de 6 meses, de pelo menos dois terço do rebanho.

Resuma os dados da seguinte forma:

1. Exclua as vacas diagnosticadas com cisto (se mais de 15% dos vacas do rebanho apresentam cisto, providencias devem ser tomadas para corrigir esse problema).

2. Examine as anotações dos exames ovarianos de cada vaca nos primeiros 90 DPP. Faça uma lista com número da vaca, DPP em cada palpação e o diagnóstico (presença ou não de corpo lúteo - CL). Calcule a porcentagem de vacas palpadas com CL com menos de 60DPP.

- Rebanhos de vacas Holandesas com mais de 10% de ovários sem CL aos 60DPP tem problema com anestro (Britt, et al., 1974. J. Anim. Sci., 39:915-919).

3. Calcule o número de dias entre o parto e o primeiro cio observado de cada vaca.

4. Determine a média do intervalo parto/primeiro cio observado do rebanho e a porcentagem de vacas observadas em cio antes dos 50 e 63DPP.

- Mais de 70% das vacas do rebanho devem ser observadas em cio antes dos 50DPP e mais de 95% antes dos 63DPP, em rebanhos de vacas Holandesas (Britt, et al., 1974. J. Anim. Sci., 39:915-919).

Se uma porcentagem pequena das vacas apresenta CL nos exames ovarianos, o problema provável é anestro.

Se uma percentagem esperada de vacas apresenta CL nos exames ovarianos, mas o intervalo parto/primeiro cio esta muito elevado, o problema provável não é anestro, mas falha de detecção de cio.

O importante é cada fazenda fazer seu histórico, para saber se o problema esta sendo resolvido ou se esta aumentando. Pois é difícil falar qual a porcentagem ideal de vacas com CL aos 60 DPP e qual a porcentagem de vacas que deveriam ter sido observadas em cio até os 60 DPP, devido as diferenças existentes entre os rebanhos (grau de sangue, manejo alimentar, número de ordenhas, conforto térmico, entre outros fatores que afetam o retorno a ciclicidade e a detecção de cio).

Como resolver o problema


Anestro

Nutrição inadequada e infecção uterina são duas importantes causas do anestro. O manejo nutricional de rebanhos com problemas de detecção de cio deve ser analisado cuidadosamente, para garantir que quantidades adequadas de nutrientes, especialmente energia, estão sendo oferecidas.

Medidas para reduzir parto distocicos e retenção de placenta devem ser tomadas. Distocia e retenção de placenta geralmente resultam em infecção uterina, o que atrasa o reinicio da atividade ovariana pós-parto.

Falhas na detecção de cio

Todas as pessoas envolvidas na detecção de cio devem ser treinadas e conscientizadas da importância desse serviço. Medidas para melhor a detecção de cio foram apresentadas no radar: Dez prioridades de um programa de observação de cio bem sucedido, publicado em 18/10/2006.

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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