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Programação fetal é um termo que surgiu com o professor David Barker em um estudo de epidemiologia com humanos. Os pesquisadores perceberam que crianças nascidas de mães que sofreram restrições alimentares podem apresentar crescimento inadequado e doenças na vida futura, como por exemplo, diabetes.
Usando esse modelo humano, o setor de produção animal transferiu esse conceito para os animais. Assim, na produção animal, programação fetal é algum estímulo ou insulto durante um determinado período do desenvolvimento fetal que gera impactos futuros na vida da progênie, como por exemplo, no peso à desmama, no marmoreio da carcaça, na taxa de prenhez, no número de animais desmamados.
Ou seja, trata-se de qualquer evento ocorrido durante a gestação que afeta a produção e o desempenho desses animais no futuro.
O gráfico de crescimento fetal mostra que 75 a 80% do crescimento do feto ocorre no terço final da gestação:
Por isso, muitas pessoas achavam que o terço final da gestação era um dos momentos cruciais para suplementar a vaca, negligenciando os dois primeiros terços. No entanto, o primeiro e o segundo terço de gestação são muito importantes para o bezerro.
Por exemplo, no primeiro terço da gestação é quando ocorre a formação dos órgãos, como o coração, o rúmen; a formação da placenta, que é o veículo de transferência de nutrientes da mãe para o feto; a primeira onda muscular, ou seja, o aumento do número de células musculares (hiperplasia).
No segundo terço da gestação ocorre a segunda onda de crescimento muscular. Dessa forma, a hiperplasia muscular ocorre apenas nesses dois momentos da vida do feto. A partir do momento que o bezerro nasce, não ocorre mais hiperplasia, apenas, hipertrofia.
No terceiro trimestre da gestação é quando começa a aumentar o número de fibras musculares do bezerro, ou seja, quando tem hipertrofia e acúmulo de gordura que no futuro, irá gerar o marmoreio dentro do músculo do animal.
Observe o gráfico abaixo:
Nota-se que a exigência de energia no primeiro terço de gestação não é tão grande, aumentando em 7% no terço médio e em 29% durante o terço final da gestação. Por isso que muita gente achava que era importante suplementar essa vaca no terço final da gestação. Mas isso não é verdade!
Confira no gráfico abaixo a janela de programação fetal:
Observe no gráfico abaixo os resultados de um experimento que restringiu suprimento alimentar no primeiro terço de gestação:
O experimento mostrou que vacas que sofreram restrição alimentar no primeiro terço da gestação tiveram menor densidade de capilares, ou seja, menor fluxo de sangue e menor fluxo de nutrientes para o feto.
Observe no gráfico abaixo a formação de fibra muscular durante a gestação do bezerro:
Qualquer restrição alimentar no primeiro e no segundo o terço da gestação afeta o crescimento muscular desse animal em sua vida produtiva.
Observe no gráfico abaixo os resultados de um experimento com animais que sofreram restrição:
O gráfico mostra que esses animais tiveram maior diâmetro da fibra muscular, mas não tiveram mais fibras musculares em comparação com os animais que não sofreram nenhuma restrição alimentar.
O gráfico abaixo também mostra que animais que sofreram restrição tiveram um número bem menor de fibras musculares comparado com os animais que não sofreram restrição durante esse período inicial da gestação.
Diversos fatores estão envolvidos na programação fetal e podem afetar as respostas da progênie no futuro.
Confira no vídeo abaixo o pesquisador da Oregon State University, Rodrigo Marques, explicando sobre a programação fetal:
Usando esse modelo humano, o setor de produção animal transferiu esse conceito para os animais. Assim, na produção animal, programação fetal é algum estímulo ou insulto durante um determinado período do desenvolvimento fetal que gera impactos futuros na vida da progênie, como por exemplo, no peso à desmama, no marmoreio da carcaça, na taxa de prenhez, no número de animais desmamados.
Ou seja, trata-se de qualquer evento ocorrido durante a gestação que afeta a produção e o desempenho desses animais no futuro.
O gráfico de crescimento fetal mostra que 75 a 80% do crescimento do feto ocorre no terço final da gestação:
Por isso, muitas pessoas achavam que o terço final da gestação era um dos momentos cruciais para suplementar a vaca, negligenciando os dois primeiros terços. No entanto, o primeiro e o segundo terço de gestação são muito importantes para o bezerro.
Por exemplo, no primeiro terço da gestação é quando ocorre a formação dos órgãos, como o coração, o rúmen; a formação da placenta, que é o veículo de transferência de nutrientes da mãe para o feto; a primeira onda muscular, ou seja, o aumento do número de células musculares (hiperplasia).
No segundo terço da gestação ocorre a segunda onda de crescimento muscular. Dessa forma, a hiperplasia muscular ocorre apenas nesses dois momentos da vida do feto. A partir do momento que o bezerro nasce, não ocorre mais hiperplasia, apenas, hipertrofia.
No terceiro trimestre da gestação é quando começa a aumentar o número de fibras musculares do bezerro, ou seja, quando tem hipertrofia e acúmulo de gordura que no futuro, irá gerar o marmoreio dentro do músculo do animal.
Observe o gráfico abaixo:
Nota-se que a exigência de energia no primeiro terço de gestação não é tão grande, aumentando em 7% no terço médio e em 29% durante o terço final da gestação. Por isso que muita gente achava que era importante suplementar essa vaca no terço final da gestação. Mas isso não é verdade!
Confira no gráfico abaixo a janela de programação fetal:
Observe no gráfico abaixo os resultados de um experimento que restringiu suprimento alimentar no primeiro terço de gestação:
O experimento mostrou que vacas que sofreram restrição alimentar no primeiro terço da gestação tiveram menor densidade de capilares, ou seja, menor fluxo de sangue e menor fluxo de nutrientes para o feto.
Observe no gráfico abaixo a formação de fibra muscular durante a gestação do bezerro:
Qualquer restrição alimentar no primeiro e no segundo o terço da gestação afeta o crescimento muscular desse animal em sua vida produtiva.
Observe no gráfico abaixo os resultados de um experimento com animais que sofreram restrição:
O gráfico mostra que esses animais tiveram maior diâmetro da fibra muscular, mas não tiveram mais fibras musculares em comparação com os animais que não sofreram nenhuma restrição alimentar.
O gráfico abaixo também mostra que animais que sofreram restrição tiveram um número bem menor de fibras musculares comparado com os animais que não sofreram restrição durante esse período inicial da gestação.
Diversos fatores estão envolvidos na programação fetal e podem afetar as respostas da progênie no futuro.
Confira no vídeo abaixo o pesquisador da Oregon State University, Rodrigo Marques, explicando sobre a programação fetal:
Essa é uma das aulas do curso on-line Impactos da nutrição materna no desempenho futuro do bezerro, do EducaPoint. No curso, o instrutor, Rodrigo Marques, explica o que ocorre durante as diferentes fases da gestação, e quais estratégias de manejo nutricional podem ser utilizadas visando o adequado aporte de nutrientes para o desenvolvimento do bezerro.
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