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Conforto das vacas criadas a pasto: a importância da sombra

EDUCAPOINT

EM 12/03/2019

4 MIN DE LEITURA

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A questão do conforto de vacas leiteiras, e seus efeitos sobre o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais tem sido objeto de numerosos estudos nos últimos anos, praticamente no mundo todo. Sempre que se fala em conforto de vacas criadas a pasto, a primeira coisa que vêm à mente é sombra, principalmente por causa dos efeitos do calor sobre os animais.

O calor excessivo prejudica a produção de leite e o desempenho reprodutivo das vacas, e esses efeitos são em parte explicados pela redução na ingestão de alimentos dos animais sob estresse calórico. No entanto, o calor também afeta o status endócrino das vacas, reduz o tempo de ruminação e a absorção de nutrientes, além de elevar os requerimentos para mantença dos animais, o que resulta em menor disponibilidade de nutrientes e energia para as funções produtivas e reprodutivas.

Para não ter nenhum prejuízo no seu desempenho, uma vaca leiteira precisa de, no mínimo, 8-10 horas diárias de descanso em local fresco, seco e confortável. E em sistemas de produção a pasto isso muitas vezes é negligenciado.

A produção de leite tem relação direta com o fluxo de sangue que chega na glândula mamária. Quando as vacas estão deitadas, descansando, o fluxo de sangue que chega ao úbere é de aproximadamente 342 litros/hora, mas quando as vacas estão em pé, esse fluxo é de apenas 228 litros/hora. Isso significa que vacas em pé produzem muito menos leite do que quando estão deitadas.

Além das questões já citadas, em ambientes desconfortáveis as vacas podem apresentar diversos problemas, como aumento na contagem de células somáticas e maior incidência de problemas de casco.

Animais mantidos em condições desfavoráveis de sombra e áreas de descanso confortáveis vão ficar estressados, e ao retornarem para os piquetes, onde há espaço suficiente e um piso macio e confortável, há uma grande chance de preferirem deitar a pastejar, pelo menos por um tempo, mas isso já será suficiente para reduzir o consumo e, consequentemente, a produção de leite. Se somarmos a isso a possibilidade de aumento na contagem de células somáticas e na incidência de problemas de casco o quadro piora bastante.

Para não sofrerem estresse por falta de conforto as vacas precisam de áreas de descanso com espaço suficiente, piso seco e macio, e sombra, de preferência natural, para se abrigarem do calor. Pelo menos 5 m2 por vaca são necessários para garantir o conforto em áreas de descanso. O piso precisa ser macio, e o local não pode estar sujeito a inundações ou formação de barro. Ou seja, as áreas de descanso precisam de manutenção constante, principalmente no verão.

Se a solução for construir áreas de sombra artificial, é preciso atenção para que a orientação da construção seja no sentido norte-sul, para que a sombra possa se deslocar ao longo do dia, o que ajuda a prevenir a formação de barro, pois as vacas não ficarão sempre no mesmo local, elas vão acompanhar o deslocamento da sombra. O mesmo princípio vale para disposição de árvores em linha.

Existem diversas maneiras de se proporcionar o necessário conforto para as vacas leiteiras que estão no pasto, sendo que cada fazenda precisa tomar as medidas que melhor se adequam à sua realidade. Observe o exemplo da Agropecuária Irmãos Chiari, em Morrinhos/GO. A fazenda utiliza um sistema de pivô, tanto para fazer a irrigação da pastagem, mas que também possui uma parte acoplada de gotejamento que visa exclusivamente refrescar os animais durante o dia:



No caso dessa fazenda, como o pivô fica girando em toda a área, fica impossível colocar árvores no meio da instalação, e, por isso, esse sistema foi instalado para promover maior conforto às vacas.

No entanto, em realidades onde não há pivô, o fornecimento de sombra é extremamente importante, podendo ser feito de forma natural ou com sombrites artificiais, lembrando que a sombra deve estar disponível para o maior número de animais possível, evitando-se a competição.



Leia mais: Preparação da novilha para a primeira ordenha garante resultados produtivos e de bem-estar animal

Se você quiser saber mais sobre bem-estar animal, confira o conteúdo completo do curso on-line Bem-estar animal: estratégias de manejo que fazem a diferença na fazenda leiteira, do EducaPoint, onde a Zootecnista e Especialista em bem-estar animal, Drª Lívia Magalhães, apresenta conceitos de bem-estar aplicados à produção animal, e explica como traçar estratégias dentro da fazenda, com foco na melhoria da qualidade de vida das vacas leiteiras e com expressão positiva nos índices zootécnicos. O curso foi gravado a campo, na Agropecuária Irmãos Chiari, Morrinhos/GO.

Para participar desse curso, você precisa assinar a plataforma EducaPoint, que oferece, além desse, mais de 135 cursos on-line, todos incluídos na assinatura.
 

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DANIEL ANTUNES AMORIM

CRUCILÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/03/2019

Um período de ordenha das 6 às 8 das 14 às 16 com uma distância de uns 300 metros entre a sala de ordenha é os pastos extensivos (com presença de morro) podem desestruturar um rebanho inteiro ou essa conversa de conforto animal é só conversa de técnico.

Isso acontece é na propriedade do meu pai. Tento mostrar pra ele mas ele não aceita.

Eu gosto dos animais. Então pede pro retireiro ir a pé morro acima e almoçar de baixo do sol...
ALOISIO BASTOS

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/04/2019

Daniel, Bom dia!

Realmente em dias de calor de 40º graus e esforço para subir e descer , por exemplo sistema de piquetes, a produção vai cair. Em vacas Holandesas principalmente até de baixo de árvores presenciei que estavam com stress calórico. Para morros, tenho visto as vacas Jersey com melhor adaptação. A segunda ordenha deveria ser mais tarde na minha opinião, mas isso depende do manejo de vocês. Boa Sorte!

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