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O bem-estar animal como ciência é tratado há várias décadas, e está muito consolidado na área de bovinocultura de corte, aves e suínos e está ganhando cada vez mais força no Brasil no setor de bovinocultura leiteira.
Historicamente, o bem-estar animal surgiu por pressão do consumidor europeu, que passou a querer saber a origem dos alimentos que consumiam, a forma de tratamento dado aos animais de produção, o que acabou culminando na ciência do bem-estar animal.
O bem-estar animal como ciência consiste no estado do animal em um determinado momento do dia. Assim, é necessário ter a sensibilidade de avaliar a vaca como um indivíduo. É importante observar que o bem-estar animal nunca é absoluto, podendo variar dependendo do dia e do horário.
Por exemplo, se for avaliado o bem-estar de um bezerro às seis horas da manhã, medindo temperatura retal e frequência cardíaca, teremos parâmetros que provavelmente serão diferentes se a mesma medição, no mesmo animal, for feita ao meio-dia. Assim, isso precisa ser levado em consideração na hora de se avaliar o bem-estar animal.
É importante considerar que os indivíduos têm suas necessidades e para que seja feita uma boa avaliação, é importante ter conhecimento da fisiologia do animal e quais são suas reais necessidades.
A vaca estressada apresenta dificuldade na produção de leite, por exemplo, enquanto um bezerro estressado apresenta queda na imunidade, aumentando suas chances de ter doenças. Dessa forma, o próprio animal fornece apontamentos que permitem a avaliação do seu bem-estar.
Como fazer a avaliação de bem-estar animal na fazenda?
Deve-se sempre ter em mente que para fazer a avaliação do bem-estar animal na fazenda deve-se utilizar sempre quatro critérios:
1) Boa saúde
Nesse caso, podem ser utilizados os seguintes indicadores: bom escore de condição corporal, presença de corrimento vulvar, ocular ou nasal, entre outros.
2) Boa alimentação
Nesse caso, deve-se fazer a leitura do cocho, garantindo que haja sempre alimentação disponível. Além disso, deve-se garantir água de boa qualidade.
3) Boa instalação
Deve-se atentar ao que pode ser melhorado no ambiente do animal, o que pode incluir disponibilidade de sombra, técnicas de resfriamento dos animais na sala de ordenha, entre outras coisas, que garantem um ambiente mais confortável à vaca.
4) Comportamento apropriado
Um indicador bastante claro do comportamento apropriado é a ruminação na sala de ordenha. Quando a maioria das vacas estão ruminando na sala de ordenha é um indicativo de que estão com bom bem-estar, pois a vaca só rumina se estiver bem nutrida, em um ambiente confortável e isenta de estresse na interação humano-animal.
Aproveitando as oportunidades
Uma boa dica quando se fala em avaliação de bem-estar animal é aproveitar as oportunidades do dia no manejo da fazenda para avaliar o os animais. Por exemplo, no caminho que as vacas fazem até a sala de ordenha, pode-se observar o escore de locomoção e a tranquilidade delas. A tranquilidade das vacas antes do momento da ordenha é um fator crucial para a boa produção de leite.
O momento do resfriamento é outro exemplo de momento do dia que pode indicar o bem-estar das vacas, já que elas não devem estar ofegantes ou demonstrando desconforto térmico. Vacas que estão aparentando conforto durante o resfriamento estão apresentando bom índice de bem-estar animal.
Figura 1: Momento de resfriamento é uma boa oportunidade para avaliar o bem-estar das vacas
Por fim, a interação humano-animal é mais um ponto crucial a ser observado. Dessa forma, no momento de colocação da teteira durante a ordenha, deve-se observar o comportamento da vaca, já que esse é um dos momentos de maior interação com os tratadores. Assim, se as vacas estiverem com as patas imobilizadas, movimentando-se pouco é sinal de que o manejo é bom e que as vacas estão acostumadas com ele.
Figura 2: Observe o comportamento da vaca no momento da colocação da teteira
Assim, vale se basear nessas dicas e aproveitar as oportunidades que surgem todos os dias na fazenda de se estar com as vacas para fazer uma boa avaliação de bem-estar.
Você também aproveita as oportunidades do dia a dia da fazenda para avaliar o bem-estar de suas vacas? Caso queira saber mais sobre esse tema, confira o conteúdo completo do curso on-line do EducaPoint, Bem-estar animal: estratégias de manejo que fazem a diferença na fazenda leiteira.
No curso, a Zootecnista e Especialista em bem-estar animal, Lívia Magalhães, apresenta conceitos de bem-estar aplicados à produção animal, e explica como traçar estratégias dentro da fazenda, com foco na melhoria da qualidade de vida das vacas leiteiras e com expressão positiva nos índices zootécnicos. Saiba como participar!
O EducaPoint possui uma grande quantidade de cursos on-line voltados para a indústria pecuária. Confira aqui as opções. Todos esses cursos (e todos os demais temas oferecidos, com mais de 130 até agora) estão incluídos em uma assinatura única.
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082
www.educapoint.com.br
Baixe o aplicativo para celular
Dúvidas, críticas ou sugestões de temas? Envie um e-mail para contato@educapoint.com.br.
Historicamente, o bem-estar animal surgiu por pressão do consumidor europeu, que passou a querer saber a origem dos alimentos que consumiam, a forma de tratamento dado aos animais de produção, o que acabou culminando na ciência do bem-estar animal.
O bem-estar animal como ciência consiste no estado do animal em um determinado momento do dia. Assim, é necessário ter a sensibilidade de avaliar a vaca como um indivíduo. É importante observar que o bem-estar animal nunca é absoluto, podendo variar dependendo do dia e do horário.
Por exemplo, se for avaliado o bem-estar de um bezerro às seis horas da manhã, medindo temperatura retal e frequência cardíaca, teremos parâmetros que provavelmente serão diferentes se a mesma medição, no mesmo animal, for feita ao meio-dia. Assim, isso precisa ser levado em consideração na hora de se avaliar o bem-estar animal.
É importante considerar que os indivíduos têm suas necessidades e para que seja feita uma boa avaliação, é importante ter conhecimento da fisiologia do animal e quais são suas reais necessidades.
A vaca estressada apresenta dificuldade na produção de leite, por exemplo, enquanto um bezerro estressado apresenta queda na imunidade, aumentando suas chances de ter doenças. Dessa forma, o próprio animal fornece apontamentos que permitem a avaliação do seu bem-estar.
Como fazer a avaliação de bem-estar animal na fazenda?
Deve-se sempre ter em mente que para fazer a avaliação do bem-estar animal na fazenda deve-se utilizar sempre quatro critérios:
1) Boa saúde
Nesse caso, podem ser utilizados os seguintes indicadores: bom escore de condição corporal, presença de corrimento vulvar, ocular ou nasal, entre outros.
2) Boa alimentação
Nesse caso, deve-se fazer a leitura do cocho, garantindo que haja sempre alimentação disponível. Além disso, deve-se garantir água de boa qualidade.
3) Boa instalação
Deve-se atentar ao que pode ser melhorado no ambiente do animal, o que pode incluir disponibilidade de sombra, técnicas de resfriamento dos animais na sala de ordenha, entre outras coisas, que garantem um ambiente mais confortável à vaca.
4) Comportamento apropriado
Um indicador bastante claro do comportamento apropriado é a ruminação na sala de ordenha. Quando a maioria das vacas estão ruminando na sala de ordenha é um indicativo de que estão com bom bem-estar, pois a vaca só rumina se estiver bem nutrida, em um ambiente confortável e isenta de estresse na interação humano-animal.
Aproveitando as oportunidades
Uma boa dica quando se fala em avaliação de bem-estar animal é aproveitar as oportunidades do dia no manejo da fazenda para avaliar o os animais. Por exemplo, no caminho que as vacas fazem até a sala de ordenha, pode-se observar o escore de locomoção e a tranquilidade delas. A tranquilidade das vacas antes do momento da ordenha é um fator crucial para a boa produção de leite.
O momento do resfriamento é outro exemplo de momento do dia que pode indicar o bem-estar das vacas, já que elas não devem estar ofegantes ou demonstrando desconforto térmico. Vacas que estão aparentando conforto durante o resfriamento estão apresentando bom índice de bem-estar animal.
Figura 1: Momento de resfriamento é uma boa oportunidade para avaliar o bem-estar das vacas
Por fim, a interação humano-animal é mais um ponto crucial a ser observado. Dessa forma, no momento de colocação da teteira durante a ordenha, deve-se observar o comportamento da vaca, já que esse é um dos momentos de maior interação com os tratadores. Assim, se as vacas estiverem com as patas imobilizadas, movimentando-se pouco é sinal de que o manejo é bom e que as vacas estão acostumadas com ele.
Figura 2: Observe o comportamento da vaca no momento da colocação da teteira
Assim, vale se basear nessas dicas e aproveitar as oportunidades que surgem todos os dias na fazenda de se estar com as vacas para fazer uma boa avaliação de bem-estar.
Você também aproveita as oportunidades do dia a dia da fazenda para avaliar o bem-estar de suas vacas? Caso queira saber mais sobre esse tema, confira o conteúdo completo do curso on-line do EducaPoint, Bem-estar animal: estratégias de manejo que fazem a diferença na fazenda leiteira.
No curso, a Zootecnista e Especialista em bem-estar animal, Lívia Magalhães, apresenta conceitos de bem-estar aplicados à produção animal, e explica como traçar estratégias dentro da fazenda, com foco na melhoria da qualidade de vida das vacas leiteiras e com expressão positiva nos índices zootécnicos. Saiba como participar!
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