O Programa Conexão Leite e Derivados, apresentado pelo professor Paulo Martins, contou com a participação de Valter Vanzella, diretor presidente da Coopertativa Frimesa, que está completando 45 anos de existência.
Valter está há 37 anos à frente de cooperativas no Oeste Paranaense. “Eu sou um agricultor que está em uma cooperativa que cresceu, pois no início era algo pequeno, e fui aprendendo junto com a realidade que foi sendo me apresentada de acordo com o desenvolvimento dessa sociedade”, relatou. Atualmente a Frimesa funciona como como uma central de cinco cooperativas: Lar, Copacol, Copagril, Primato e C. Vale. “As cooperativas têm uma relação muito forte com o produtor e uma atividade industrial muito expressiva”, conta o Diretor Presidente.
Professor Paulo Martins ressaltou a importância da organização como um todo para o sucesso do setor leiteiro e destacou a cooperativa como exemplo. “Eu vejo isso na estrutura de vocês, percebo que existe um cuidado muito grande no desenvolvimento na família que produz leite”, disse. Valter destacou a importância dessa valorização e relatou como a perspectiva da produção leiteira mudou com o tempo. “Antigamente eram 4 laticínios que, juntos, não chegavam a mil litros de leite diários. Sem contar o processo de captação que era sem padrão e sem qualidade. A partir do início de programas de fomento da atividade, as empresas deram um salto em todos os padrões”, destacou.
A região do Oeste Paranaense tinha grande produção, mas pouco consumo, o que exigia que transporte desse leite, logística essa extremamente precária e custosa. A grande mudança veio a partir da caixinha do leite longa vida. “Após o início da comercialização do leite longa vida, nós mudamos nossos processos e passamos a estruturar um parque industrial de produtos de valor agregado. Mas a nossa história é de pequenos produtores que se uniram para buscar uma evolução”, contou Valter.
Atualmente, a cooperativa conta com produtores maiores e que fornecem uma quantidade significativa de leite dentro dos padrões e normativas. “Nós tínhamos muitos pequenos produtores, mas, atualmente, esses pequenos produtores diminuíram muito. Vemos que existiu uma migração para os grandes centros dessa nova geração, que não deram continuidade a produção da família. Mas, ao mesmo tempo, existem vários daqueles produtores de 5 a 10 litros de leite que acabou crescendo e evoluindo a atividade”, relatou.
Valter ainda destacou a evolução constante e a necessidade de permanecer sempre acompanhando essas novas tendências.
No programa completo ainda teve um papo sobre os queijos e logística internacional. Confira a entrevista completa abaixo.
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