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Da porteira para fora: qual a tendência da evolução do número de produtores para os próximos anos?

POR MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/09/2013

4 MIN DE LEITURA

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 Da porteira para fora: qual a tendência de evolução do número de produtores nos próximos anos?

No artigo “O que o produtor de leite deve fazer da porteira para fora?” colocamos que que para o sucesso do produtor de leite é preciso que ele, além do seu trabalho da porteira para dentro, faça algum trabalho da porteira para fora e citamos e comentamos três dessas ações, que são importantes:

• Acompanhar o mercado de leite nacional e internacional;
• Conhecer um pouco a qualidade do leite estocado no silos da indústria ou cooperativa para a qual fornece leite;
• Acompanhar a média de captação por produtor da indústria ou cooperativa para a qual fornece leite.

Nesse vamos chamar a atenção para uma ação que na conjuntura atual é importante: avaliar a tendência de evolução do número de produtores de leite da indústria de leite formal, seja ela privada ou cooperativa.

A produção de leite brasileira é da ordem de 33 bilhões de litros/ano, dos quais 23 bilhões representa a captação formal e 10 bilhões o leite informal.

Os 10 bilhões de litros/ano informais correspondem a 27,4 milhões de litros/dia e de forma geral são produzidos por pequenos produtores. Quantos são eles? Algo entre 900.000 e 450.000, conforme a média por produtor se situe entre 30 litros/dia e 60 litros/dia.

Os 23 bilhões de litros/ano formais correspondem a 63 milhões de litros/dia. Quantos são esses produtores formais e qual a média por produtor formal?

Segundo Milkpoint a média dos 100 maiores produtores do País em 2012 foi de 12.621 litros dia, o que representa uma produção de 460,7 milhões de litros/ano, ou seja, apenas 2% da produção formal ou 1,4% da produção total. Essa realidade indica que a média de produção por produtor formal é baixa, eu diria que algo entre 150 litros/dia e 300 litros/dia, o que representaria algo entre 420.000 e 210.000 produtores. Pesquisa recente do Milkpoint indica que seriam 244.000 produtores formais.

As considerações anteriores levam à tabela abaixo, que mostra a estimativa do número de produtores atuais em função da média por produtor:

Média por produtor              Informal=30 l/dia               Inormal = 60 l/dia
                                           Formal = 150 l/dia             Formal = 300 l/dia

Produtores Formais                  420.000                              210.000

Produtores Informais                 900.000                             450.000

Total de produtores                1.350.000                             630.000

Se tivermos produtividade e competitividade na nossa pecuária leiteira, de forma que ela seja uma atividade empresarial e economicamente sustentável, para produzir os 33 bilhões de litros/ano consumidos no País bastariam 126.000 produtores com uma média de 500 litros/dia por produtor ou apenas 63.000 produtores com uma média de 1.000 litros/dia por produtor.

Vários artigos mostram que a renda liquida/por hectare na pecuária de leite pode ser 3 vezes maior do que a da lavoura de cana, mas o investimento por hectare pode ser 4 vezes maior. A produtividade e competitividade da pecuária leiteira depende de assistência técnica eficaz e investimentos.

A tendência da redução do número de produtores é real, já está acontecendo no Brasil tal como aconteceu em países desenvolvidos. Mas qual a velocidade da redução do número de produtores para os próximos anos?

Poderá ser relativamente rápida, se a postura da indústria com relação aos seus fornecedores de matéria prima for de efetiva parceria e se a postura do Governo assegurar financiamentos de longo prazo ( no mínimo 15 anos ) e juros baixos para os investimento e para a capacitação tecnológica para que possamos ter uma pecuária leiteira produtiva e competitiva, que nos permitirá não só abastecer o mercado interno ( há décadas somos importadores ) mas passar a exportar leite e lácteos.

Poderá ser mais lenta, se não houver mudanças substanciais com relação à postura da indústria e do Governo.

A Leite São Paulo apresentou à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, em 26 de fevereiro de 2013, proposta de criação de um grupo de trabalho, para analisar os problemas do nosso setor leiteiro, principalmente da pecuária leiteira que é seu elo mais fraco, e propor estratégias que possam mudar o quadro atual de baixa produtividade e competitividade do setor. Até agora, apesar de manifestações de várias entidades que fazem parte da Câmara, algumas entidades ligadas ao setor primário não se posicionaram ou se posicionaram a favor se houver participação da indústria e do varejo, que de forma geral se manifestaram contra a criação do grupo de trabalho.

A velocidade da redução do número de produtores nos próximos anos depende muito da postura do Governo e da indústria, e o produtor de leite deve estar atento ao que estará acontecendo com relação a isso da porteira para fora ao tomar suas decisões da porteira para dentro.

Marcello de Moura Campos Filho

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo

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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/09/2013

Prezado Gustavo Ribeiro da Silva

Agradeço o comentário.

Realmente as coisas não estão fáceis, e por isso seria importante termos na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do MAPA um grupo de trabalho, como o proposto pela Leite São Paulo, para caracterizar, discutir e analisar os problemas do setor leiteiro, principalmente da pecuária leiteira que é o elo mais fraco, para propor estratégias para soluciona-los. A questão da falta de capacitação dos bancos para analisar projetos da pecuária leiteira é um problema.

Penso que os gerentes de agências, de forma geral, não tem formação para tanto e teriam que contar com um suporte de pessoal técnico com experiência em pecuária leiteira junto à administração central ou regionais, o que parece que não ocorre.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

NOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/09/2013

Concordo que existem técnicos despreparados fazendo projetos, porém pior do que isso é nos depararmos com gerentes de instituições financeiras que assim como eu não sei onde fica um diferencial num caminhão, eles não sabem onde fica o úbere de uma vaca leiteira. Talvez devesse existir um default que contemplasse diferentes sistemas de produção ( extensivo, semi-intensivo, intensivo) para que todo o sistema fosse analisado cobrindo as necessidades de investimentos alavancados, já que o produtor de leite não consegue gerar poupança para fazer novos investimentos. Basta fazermos uma simples comparação com os lavoreiros. Quem planta tem assessoria técnica de um agrônomo. Já no meu caso tenho um agrônomo, um zootecnista, um veterinário, e minha pessoa para atrapalhar (sempre falta recursos para seguir as cartilhas). TÁ DIFÍCIL.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/09/2013

Prezado Darlani de Souza Porcaro

Agradeço o comentário.

O estabelecimento de ´política leiteira envolve não apenas o Governo, mas a cadeia produtiva como um todo. Será difícil termos uma política leiteira adequada se parte da cadeia não quiser caracterizar os problemas, discuti-ços e analisa-los e buscar estratégias para soluciona-los. Enquanto isso não acontecer não teremos a política leiteira que precisamos para sermos capazes de abastecer o mercado interno e podermos nos tornar exportadores de leite e lácteos.

O problema de segurança nas propriedades rurais tem que ser tratado pelos produtores com os municípios, e o caminho é tratar do assunto com os Conselho de Desenvolvimento Rural do Município n( nCMDR ) ou, caso não esteja implantado, diretamente com a Prefeitura. Em Botucatu esse assunto foi levado ao CMDR e hoje existe um esquema de patrulhamento rural visando reduzir o risco de roubo nas propriedades cadastradas no projeto.

Marcello de Moura Campos Filho
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/09/2013

Se houver uma política leiteira por parte dos orgãos públicos séria , ou seja , fiscalizada direito, e pagar melhor quem produz com mais eficiência , ou higiene, pode ser que melhore. O mais importante , é o incentivo a esse produtor , que quer permanecer na atividade , que mora na propriedade , pois o risco de ser roubado , é muito grande também , isto é Brasil.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/09/2013

Prezado Gustavo Ribeiro da Silva

Agradeço o comentário.

Eu não tinha informação que financiamentos das linhas de crédito existentes estão sendo recusados alegando que a atividade é de risco.

Pode ser, como você diz, porque a inadimplência é alta. Mas por que a inadimplência é alta? Eu diria que pode ser por causa de terem sido aprovados maus projetos.

E por que foram aprovados maus projetos?

Por falta de técnicos com real experiência em pecuária leiteira para elaborar os projetos encaminhados aos bancos e por falta de técnicos com conhecimento de pecuária leiteira nos bancos para separar o joio do trigo, ou seja, reprovar os maus projetos e aprovar os bons.

Entendo que essa carência de técnicos realmente capacitados para preparar projetos e avaliar projetos da pecuária leiteira levam, como você diz, à falta de margem e riscos descobertos na pecuária leiteira e a ouvirmos desculpas para justificar a negativa para financiamento das proposta.

Problemas como esse deveriam ser discutidos, analisados e estratégias propostas para soluciona-los, por um grupo de trabalho na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do MAPA, como proposto pela Leite São Paulo.

Marcello de Moura Campos Filho
GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

NOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/09/2013

Apesar de existirem as linhas de crédito para o setor leiteiro, os bancos estão negando fundos para projetos de leite alegando que nossa atividade é hoje RISCO E. Na prática isto significa que a inadimplência é acima dos níveis aceitáveis, e com isso, temos que ouvir todo tipo de desculpas para justificar as propostas negadas. Realmente falta margem de lucro ao analisarmos os projetos, e sobram muitos riscos descobertos na atividade.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/09/2013

Prezado Francisco Macedo Salgado

Quando afirmo que a pecuária leiteira nacional é o elo mais fraco de nossa cadeia produtiva imagino que, comparando com o que acontece em países desenvolvidos, nossa indústria de laticínios, bem como a de insumos, não esteja tão atrasada em termos de produtividade e competitividade como está a nossa pecuária leiteira. Aliás a indústria tem colocado que o fato do Brasil ser importador de leite há décadas e não exportador se deve muito a esse atraso da nossa pecuária leiteira.

Com relação aos números citados na evolução da participação do PIB da cadeia do leite nacional, a primeira consideração a fazer é que no setor de leite deve estar junto a produção de grãos ( que na maioria dos casos o produtor de leite compra ) e a pecuária leiteira propriamente dita. Se houve crescimento de valor agregado no setor primário, com certeza não deve ter sido na pecuária de leite.

Me parece estranho os números apresentados que mostram na evolução da participação no PIB da cadeia produtiva do leite os setores agropecuários e o de serviços praticamente dobrando e a da indústria praticamente reduzida à metade. Se isso está correto e como PIB trata de valor agregado, é preciso uma explicação da razão dessa queda de valor agregado na indústria. Seria em função da perda de participação da indústria para o varejo no preço ao consumidor, principalmente no longa vida? Talvez o CEPEA possa nos explicar.

Para discutir questões como essa e procurar estratégias para mudar a realidade de nosso setor leiteiro, principalmente da pecuária leiteira, é que a Leite São Paulo propôs na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados a criação de um grupo de trabalho, onde representantes da indústria e varejo se manifestaram contra e algumas entidades ligada à pecuária leiteira, como a Embrapa e a OCB, ainda não se manifestaram. Mas o assunto ainda está em aberto e temos esperança que esse grupo seja criado.

Há dificuldade da cadeia produtiva, que tem participação importante no PIB, influenciar nos rumos da cadeia, no nosso entender, é que os produtores de leite são milhares e parece existir um abismo entre esses produtores e as entidades que os representam.

Marcello de Moura Campos Filho
FRANCISCO MARCOS MACEDO SALGADO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/09/2013

Excelente artigo Marcelo. Só me permita discordar que a produção primária é o elo mais fraco da cadeia . Na evolução percentual sobre a participação do PIB da cadeia do leite nacional no período de 2001 a 2009 (CEPEA, 2011), o setor de insumos EVOLUIU de 3,17% para 4,18%, o setor agropecuário EVOLUIU de 16,76% para 29,93%, a agroindústria RETROCEDEU de 50,58% para 22,02% e o setor de serviços EVOLUIU de 29,48% para 43,87%. Claro que participação percentual no PIB é diferente de lucratividade, mas significa peso na cadeia. Quem responde por 1/3 da cadeia produtiva tem como influenciar seus rumos. Só precisa definir como.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2013

Prezado Cristiano Kraemer Didone

Agradeço o comentário.

Realmente existe dificuldades em obter financiamentos adequados para que possamos tornar a nossa pecuária de leite produtiva e competitiva considerando:

1) os limites de financiamento por produtor, bem como os prazos curtos para amortização e juros compatíveis com a atividade;

2) a burocracia excessiva dos bancos e no caso dos bancos privados a falta de vontade de financiar pequenos e médios produtores;

3) a falta de técnicos que tenham real experiência em pecuária leiteira para desenvolver bons projetos para os produtores;

4) a falta de técnicos que tenham real experiência em pecuária leiteira nos bancos para avaliar os projetos apresentados apresentados;

5) a falta de posicionamento por parte do Governo e da indústria se a pecuária leiteira deve ter um caráter empresarial ou social.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
CRISTIANO KRAEMER DIDONE

IJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2013

Prezado Marcelo
Sou produtor de leite da região noroeste do RS tenho um projeto em parceria com um sócio também produtor. Temos intenção em modernizar nossas propriedades e juntar os animais em um free-stall. Porém na nossa região se consegue credito para comprar uma colheitadeira em uma semana mas para investir na pecuária leiteira e muito mais difícil. As linha de credito existem mas as instituições não confiam nestes projetos mais ousados somente no tradicional feijão com arroz.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2013

Prezado Gustavo Ribeiro da Silva

Agradeço seu comentário.

Você tem razão, o principal a discutir é a margem de lucro na pecuária leiteira. Há muito tempo que venho dizendo que para o produtor o importante não é o preço que recebe, mas a margem a margem de lucro.

Se a indústria pagar um preço mais baixo ao produtor poderá vender mais no mercado interno e exportar, e isso é bom para o produtor de leite, desde que o produtor tenha assegurada sua margem de lucro, ou seja, garantida a sustentabilidade econômica da sua atividade. E se isso não acontecer é ruim também para a indústria, pois a oferta cai, o que leva a aumentar o preço ao produtor para que ele possa sobreviver, o que acaba tirando a competitividade da indústria no mercado nacional e internacional.

Para debater e analisar essas questões e propor estratégias para termos um setor leiteiro, principalmente uma pecuária leiteira que é o elo mais fraco da cadeia produtiva ( a força de uma cadeia produtiva é a de seu elo mais fraco ), mais produtivo e competitivo é que a Leite São Paulo propôs na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e derivados a criação de um grupo de trabalho específico.

Infelizmente parece que a indústria e até algumas entidades ligadas ao setor primário não entenderam isso ou acham que tem problemas maiores para tratar no momento ( esquecendo que os grandes problemas do presente eram questões mais simples que não foram solucionadas no passado ).

Mas a esperança é a última que morre, e eu ainda acredito que esse grupo será constituído, os problemas discutidos e analisados, e estratégias para um setor e pecuária leiteira mais produtiva e competitiva serão estabelecidas. Em outras palavras, ainda acredito que os bebes, além de leite materno terão leite de vaca a preços justo e factíveis e não precisarão tomar coca-cola ( aliás atualmente o preço do litro de coca-cola me parece maior que o preço do litro de leite - e mesmo com os aumentos do leite UHT que representa quase a totalidade do leite fluído a demanda por esse produto não caiu ).

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

NOVA OLÍMPIA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2013

O ponto principal a ser discutido deveria ser a falta de margem de lucro no setor primário. Tanto a indústria quanto o varejo remarca seus preços quando os insumos e até mesmo a matéria prima sobe de preço, podendo ter controle do markup. Já o produtor de leite não tem nenhum mecanismo de proteção contra queda de margem. Com isso, fica difícil imaginar a entrada de novos produtores. Quero ver qual a forma de frear a decisão de muitos produtores que estão abandonando a atividade. Logo teremos que assistir famílias fornecendo coca-cola para bebes, justificando que o leite está caro.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2013

Prezado Márcio Teixeira

Agradeço o comentário.

Também penso que a redução do número de produtores para chegar a um número compatível com uma pecuária leiteira produtiva e competitiva produzindo leite com qualidade será longa, considerando o pouco interesse da indústria e até de entidades de produtores com relação à proposta que a Leite São Paulo apresentou na Câmara Setorial da cadeia Produtiva de Leite e Derivados.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho

MÁRCIO F. TEIXEIRA

ITAPURANGA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2013

Prezado Marcello,
na minha opinião as mudanças a que vc se refere, infelizmente, será longa, diante da realidade que assistimos no interior e na grandes cidades. Leite ainda sendo produzido em péssimas condições (inclusive ainda havendo muitas mortes de animais por fome), leite sendo transportado no sol sem resfriamento e indústrias que compram esse tipo de produto. Ao mesmo tempo, a fiscalização sanitária (em Goiás a Agrodefesa), não possui um trabalho de fiscalização eficaz e "vista grossa" e não executa as normas sanitárias existentes. Basta olhar o leite sendo vendido na porta de pequenos estabelecimentos em garrafas de refrigerante. No Brasil, depois de tanto tempo, ainda estamos longe de termos qualidade no leite produzido, poucos são os produtores que sustentam a qualidade em sua produção.

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