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Como as fazendas de Wisconsin alimentam suas vacas de alta produção?

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/10/2013

4 MIN DE LEITURA

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Em dezembro de 1997, 13 rebanhos comerciais do estado de Wisconsin/EUA que tinham as médias de produção e índices zootécnicos registrados pelo sistema de informações Ag Source DHI, obtiveram produções acima de 13.600 kg de leite por lactação. Naquela época, a fim de entender o “segredo” por de trás dessa alta produtividade, 6 desses rebanhos passaram por um questionário conduzido pelos extensionistas da Universidade de Wisconsin, onde informações relacionadas às práticas de alojamento, alimentação e manejo dos animais foram detalhadamente examinadas.

De lá para cá, o número de fazendas, assim como a produção total de leite por lactação só tem aumentado, e o questionário das fazendas com as maiores média do estado de Wisconsin se tornou uma tradição. Em 2003, haviam 37 rebanhos produzindo entre 13.500 a 15.400 kg de leite por lactação, enquanto já em 2010 (questionário mais recente) foram reportadas fazendas com produções acima de 16.600 kg de leite por lactação.

O intuito do questionário é descobrir o que essas fazendas fazem de diferente, e quais os padrões nutricionais adotados. O questionário avalia a qualidade dos volumosos, o balanceamento das dietas, quais aditivos alimentares que são usados, e os índices que medem a eficiência da atividade leiteira. Enfim, um grande número de informações para serem avaliadas e disponibilizadas para outros produtores.

BALANCEAMENTO DE DIETAS

Em se tratando de ingredientes, as dietas americanas são bem diferentes das brasileiras devido à diversidade de subprodutos, ingredientes de origem animal e um interessante mix de volumosos - é fácil encontrarmos dietas formuladas com mais de 20 ingredientes diferentes.

Avaliando o resultado das últimas 3 entrevistas, é possível ver algumas tendências aplicadas ao balanceamento de dietas para vacas de alta produção.

Uma das informações mais interessantes é quanto à redução do teor de proteína bruta das dietas. Quando a pesquisa foi feita pela primeira vez em 1997, as dietas continham de 18 a 21,5% MS de Proteína Bruta (PB); porém, ao longo dos anos, vemos que o teor de PB das dietas foi reduzindo, e em contrapartida, as médias de produção só aumentaram. A razão para essa tendência? Felizmente, é uma combinação de fatores, dentre elas a busca pela melhor eficiência no uso de Nitrogênio e o refinamento na formulação de dietas visando alimentar o complexo vaca-rúmen.

Tabela 1. Níveis nutricionais das dietas nos últimos 3 questionários.

Uma outra observação importante, é que a cada ano que o questionário é feito, maior é a adesão dos produtores de leite à inclusão de milho grão úmido nas dietas dos seus rebanhos.

Em 2004, das 6 fazendas entrevistas, metade delas forneciam milho grão seco; já em 2010, das 5 fazendas entrevistadas, apenas 1 ainda trabalha com esse ingrediente. O conteúdo energético do milho grão úmido é similar ao milho grão seco, porém a diferença é que o milho grão úmido apresenta um maior aproveitamento do amido em relação ao milho seco.

Tabela 2. Relação de fazendas que fornecem milho grão seco e milho grão úmido nos últimos 3 questionários.

A ingestão de matéria-seca e a produção de leite são dois fatores que estão diretamente interligados. Entretanto, enquanto a produção de leite por animal aumenta em ritmo acelerado, a capacidade de ingestão de matéria seca não segue o mesmo padrão, afinal, existe um limite físico para isso.

Assim, nessas situações, o mais importante é buscar a melhoria da eficiência de fermentação ruminal e o maior aproveitamento dos nutrientes por meio da utilização de aditivos nutricionais. Com base nos resultados do último questionário, vemos que a maioria dos rebanhos de alta produção do estado de Wisconsin utilizam aditivos nutricionais em suas dietas.

Tabela 3. Relação das fazendas entrevistas em 2010 que utilizavam aditivos nutricionais.


COMENTÁRIOS FINAIS

É difícil isolar os fatores que fazem uma fazenda alcançar a máxima produtividade, mas com certeza, a integração e correta aplicação de tecnologias e boas práticas de manejo são a receita para sucesso. E aqui no Brasil, quando vamos começar a implementar os conceitos de nutrição de precisão? Como as fazendas com as maiores médias de produção estão alimentando suas vacas?

Fontes utilizadas:
Gunderson, S.; Keuning, J. and Shaver, R. D. 1998. 30000 Pounds and Beyond... A Survey of Six of Wisconsin’s Top Producing Dairy Herds. https://www.uwex.edu/ces/dairynutrition/documents/30000.pdf

Shaver, R. D.; Anderson, T.; Blonde, G. and Miller, Z. 2008. Diets Fed in Selected WI High-Producing Dairy Herds. https://www.uwex.edu/ces/dairynutrition/documents/cowcollege2008webpost.pdf

Shaver, R. D. 2010. Diets Fed in Selected WI High-Producing Dairy Herds. https://www.uwex.edu/ces/dairynutrition/documents/2010wihigh-producingherdsppt.pdf

Shaver, R. D. and Kaiser, B. 2011. Top producing dairy herds in Wisconsin feed more forage than you may think. https://www.uwex.edu/ces/dairynutrition/documents/mfaforagefocusnov-2011shaver.pdf






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