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Você, o leite e o governo

POR FABRÍCIO NASCIMENTO

ESPAÇO ABERTO

EM 07/12/2018

2 MIN DE LEITURA

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Muito se fala sobre políticas de leite,  pouco se fala sobre controle do negócio (leite). É mais fácil achar em quem por a culpa do que assumir a responsabilidade de arregaçar as mangas e fazer a coisa acontecer. Leite é para profissionais, para produtores que entendem que isso é um negócio, uma fazenda de leite é uma empresa, e como tal deve gerar lucro. O produtor que sabe disso procura uma assistência técnica capacitada, para lhe ajudar a por a casa em ordem e fazer o leite render

São vários os casos de produtores que mudaram de vida, aumentaram seus ganhos seguindo recomendações de uma assistência técnica qualificada. Muito se fala nos produtores que abandonaram a atividade,  pouco se fala para onde foram estas vacas destes que abandonaram. 

"Leite é para profissionais, para produtores que entendem que isso é um negócio, uma fazenda de leite é uma empresa, e como tal deve gerar lucro"

Simples! As vacas foram compradas por produtores profissionais,  que sabem onde e quando investir,  não digo que os que abandonam não sejam profissionais, muitas vezes o que lhes faltou foi uma assistência técnica de resultado.

Assistência técnica não é vender metas,  e sim ter metas onde o produtor cresça financeiramente. Depois que nós produtores entendermos bem isso, teremos o domínio da porteira para dentro da propriedade.

Sabendo bem como é dentro da propriedade, podemos começar a estudar como é da porteira pra fora, o MERCADO. Aí as coisas complicam bem mais, entender de mercado é bem difícil,  dominar então, pior ainda. Resumo simples: se o consumidor tem dinheiro ele compra e se ele não tem dinheiro, não compra (regrinha básica de oferta e procura). 

"Assistência técnica não é vender metas,  e sim ter metas onde o produtor cresça financeiramente. Depois que nós produtores entendermos bem isso, teremos o domínio da porteira para dentro da propriedade"

E por quê como no título tem a palavra GOVERNO se até aqui não falei nada sobre ele? Porque eu acho que só podemos falar em governo quando nós tivermos o domínio total da porteira para dentro e quando entendermos bem de MERCADO.

Antes disso, só o que eu espero do GOVERNO é que a economia ande. E aí voltamos lá na regrinha básica de oferta e procura. Consumidor com dinheiro vai consumir mais lácteos. Precisamos incentivar o consumo de lácteos,  leite faz bem, derivados de leite também. 

E se vocês me pedissem qual projeto voltado para a atividade leite o governo poderia proporcionar, eu responderia que é o fortalecimento da assistência técnica.

FABRÍCIO NASCIMENTO

Produtor de leite em Jóia, Rio Grande do Sul, e palestrante.

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WILDE HERMOGENES SOARES ZIMERER

TOCANTINS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/05/2019

Fabrício, concordo plenamente no reforço da Assistência Técnica. Produzi leite por um período e saí da pecuária devido a minha outra atividade que me obrigou a mudanças de região. E os resultados foram excelentes após a contratação de assistência técnica. Em reuniões, dias de campo, encontro em associações etc, sempre orientei os produtores a buscarem a assistência técnica,. Oarabens.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/05/2019

Wilde obrigado por o comentário!
Ainda são poucos que tem essa visão, mas os poucos que tem estão revolucionando o setor, lucro no leite anda lado a lado com assistência técnica qualificada.
ROBSON LAGO CRUZ

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/12/2018

Acredito que as tão faladas assistências técnicas tem deixado a desejar no quesito gerar lucro ao produtor pelo simples fato, os nossos queridos produtores de leite não entenderam que veterinários, zootecnistas e agrônomos e Técnicos Agrícolas, fazem parte de um corpo técnico da propriedade, e não do corpo administrativo responsável pela tomada de decisões da empresa rural. Os técnicos devem ter suas funções bem específicas por conta de sua formação profissional voltadas as técnicas de melhorias de produção, mas técnicos como estes muitas das vezes não possuem formação acadêmica na área administrativa e econômica, e querem opinar na gestão das empresas rurais. Alguns apresentam os famosos MBA na área administrativa, que de pouco servem por conta de sua formação.
Frequento fazendas quase que diariamente e vejo "Assistências rurais" que mais parecem feudos fechados em si mesmos, que tiram até mesmo autonomia dos proprietários para gerir seus próprios negócios, fazendo-lhes amargar pesados prejuízos, por conta de tomadas de decisões técnicas acertadas, mas financeiramente desastrosas. Vejo até mesmo Técnicos Agrícolas com suas empresas de assistência técnicas gerindo fazendas, sem mesmo ter um curso superior na área administrativa. Não que alguns técnicos não acertem em algumas partes administrativas nas tomadas de decisão, mas na maioria dos casos não é isto que vem acontecendo. Por isso cabe ao produtor racionalizar melhor sobre a administração da sua Fazenda.
Deixe-me fazer-lhes uma pergunta: Já observaram que as grandes fazendas produtoras de grãos em nosso país, são geridas e administradas, gerando vultuosos lucros para seus donos, porque são geridas por administradores profissionais, com formação Acadêmica em Administração de empresas e Agronegócios, e com MBA na área?
Apesar disto estas fazendas também tem seu corpo técnico formado por Agrônomos, Técnicos Agrícolas, Agrimensores, as vezes Zootecnistas e até Veterinários, mas estes se limitam apenas as partes técnicas da Produção, não influenciando diretamente na gestão das tomadas de decisões financeiras da propriedade, pois gerilas e apresentar lucros competem ao Administrador Profissional responsável.
Enquanto os produtores não entender que gerar lucro em uma empresa, não é trabalho para técnicos e sim para gestores profissionais, nossas empresas vai continuar patinando no vermelho, sem uma gestão qualificada de seus lucros.
Produtores pensem nisso !
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/12/2018

Robson obrigado por o comentário!
Concordo com o que você fala, vejo também que os produtores estão tomando o perfil de empreendedores, vendo a propriedade como uma empresa, não basta apenas produzir, é preciso ter lucro, produzir a qualquer custo não se admite mais na atividade .
EM RESPOSTA A FABRÍCIO NASCIMENTO
ROBSON LAGO CRUZ

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/12/2018

Obrigado pelo comentário Fabrício !
EM RESPOSTA A FABRÍCIO NASCIMENTO
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/04/2019

O problema maior , que , o prêço do leite pago a nós produtores , quem põe não é o dono do leite , e sim o comprador , é o maior problema.
EM RESPOSTA A DARLANI PORCARO
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/04/2019

Darlani obrigado por comentar!
Justamente por o preço não estar na mão do produtor, que eu digo que não podemos ficar depositado expectativas ilusórias de preços altos, temos que ter controle da porteira pra dentro e balizar nosso custo no valor mínimo do leite, assim sendo quando o mesmo tiver uma alta nos sobrará uma margem maior .
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 31/12/2018

O sistema como um todo é que está ou talvez esteja deficiente.
Estamos assistindo a extinção do pequeno produtor de leite aqui no estado do Rio Grande do Sul. Porque? Onde estão as políticas públicas voltadas para o pequeno? Sabemos que oque sustenta hoje o grande produtor é o pequeno, que recebe míseros centavos por litro de leite e depois da sua extinção, que irá sustentar o valor pago pelo litro de leite aos grandes produtores? A sinuca de bico muito bem abordado nos comentários é a mais pura realidade, investe se em genética, bem estar animal, nutrição, reprodução.... e depois vem a conta. Assistência técnica idônea e qualificada as vezes sai caro. Não vejo muita luz neste final de túnel!
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/12/2018

Eder obrigado por o comentário!
O momento é de mudanças no setor, quem não conseguir acompanhar vai ser excluído, assistência técnica de qualidade está realmente bem difícil, porém não impossível.
FERNANDO CERÊSA NETO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/12/2018

Leovegildo, boa noite. Muito sensato seus argumentos exceto quanto ao aumento da produção, cuja consequência, segundo você, deprime os preços. Lei de mercado, claro. Mas, sendo considerado excesso de produção, qual a lógica de empresas estarem importando leite?
Abraço
Fernan do Ceresa
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 12/12/2018

Infelizmente nós técnicos temos que assumir nossa parte de culpa nesse vai e vem do leite. Temos por muitos anos induzido nossos produtores a pensar que eles teem que produzir muito leite e não buscarem lucro. Deixamos passar essas bobagens de ração de lucro máximo e não ração de custo mínimo e que sistemas de produção de custo mínimo não fazem sentido pois os produtores deveria também buscar sistemas de lucro máximo. Lucro máximo não é? Mas calculado com base em que preço do produto? Quem não reconhece a volatilidade do mercado de leite e do mercado agropecuário em geral? Como pagar com o "lucro do leite" um investimento em "compost barn"? Mostrem-me uma avaliação econômica com 4 mil a 5 mil reais por cabeça abrigada nesse sistema, que possa ser amortizada com o "lucro" e não com preço cheio do leite. Reclamar não adianta. Chorar muito menos. Desculpe-me os senhores produtores, mas quem faz investimento errado não pode esperar outro resultado senão choro e ranger de dentes. A indústria é a culpada? O mercado é o culpado? O governo é o culpado? Únicos culpados: técnicos que foram adestrados para busca de mais leite, mais volume (logicamente com melhor qualidade) e se esqueceram dos custos de produção. Se esqueceram que podem existir, como existem, muitos produtores mais eficientes, que podem conquistar novos mercados. A culpa então é da indústria que fica com a melhor fatia do bolo? Então os produtores se unem, associam-se na criação de uma cooperativa, que com o tempo constrói um parque industrial fabuloso, começa a operar com o mercado e começam a repetir as mesmas práticas, de mais volume, disputando linhas de leite, pagando mais para uns, oferecendo bônus, prêmios e depois não conseguem competir com a iniciativa privada. Qual a primeira parte do seu patrimônio a ser vendido? Exatamente a indústria processadora. Mas não era a razão dos problemas financeiros dos cooperados? Venderam a galinha dos ovos de ouro? Venderam suas marcas fantasia, com mercado conquistado e consolidado? O sistema está todo errado. Construido em cima de bases pouco sólidas, em cima de falácias, com base em tecnologias e recomendações que não são aquelas que nossos produtores precisam. Copiamos lá de fora metade do sistema. A Europa apresenta custos de produção de leite acima do que o mercado europeu remunera, Israel produz leite com custos acima dos custos operados pelos europeus. Todos buscando volume, a lei da oferta e da procura, implacável que é, faz despencar os preços. Como pagar investimentos em infra-extrutura? Investimentos em fatores não produtivos? Financiamentos com períodos de carência que em dado momento chega ao fim da carência. Triste ver que isso se repete por décadas e décadas.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Leovegildo muito sensatas suas colocações, as perguntas nos fazem pensar de forma diferente do que foi "plantado em nossas mentes" por anos. Algum tempo a trás se falava que não havia espaço para tirador de leite, somente para produtor. Hoje eu digo que não vai mais haver espaço para produtor ,somente para empreendedor do leite, não basta apenas produzir, é preciso saber o custo e quem vai comprar eata produção, a atividade é cíclica e transformadora, vivemos agora um momento de transformação de produtores em empreendedores. Crises sempre existiram e sempre existirão, vai permanecer na atividade quem souber lidar com as adversidades
ALEX REZENDE

EM 13/12/2018

muito bem??????????.
EM RESPOSTA A ALEX REZENDE
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2018

Alex muito obrigado!
ALEXANDER NEVES ZUQUIM

ARCOS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 14/12/2018

Muito bom. Perfeita analise
EM RESPOSTA A ALEXANDER NEVES ZUQUIM
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/12/2018

Alexander obrigado por o comentário!
Sempre fui da ideia de que só mudamos o mundo a nossa volta se mudarmos primeiro a nós mesmos.
DANIEL ANTUNES AMORIM

CRUCILÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Então concordamos que seria bom uma assistência técnica de qualidade! Mas quantos de nós já fomos em vários médicos para acertar o diagnóstico. A decisão é também do produtor de correr atrás e ter opinião própria... que é o que estamos fazendo aqui e agora.

Agora sobre cartel, alguém me explica a existência do leite Spot?
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Daniel obrigado por o comentário!
Não vejo como cartel o trabalho dos laticínios, já que existe tanta concorrência e o produtor está sempre sendo disputado entre eles.
SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROS

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 13/12/2018

Eu posso te explicar Daniel;

A indústria não te liga todos os dias e fala "hoje preciso de 900 litros" e você fornece os 900 litros redondinho. Hoje você manda 920, amanhã 980, depois de amanhã 890 e assim sucessivamente. Qualquer indústria que existe fora a do leite programa a sua produção de acordo com os pedidos de venda que chegam.
Imagine, hoje a indústria A tem pedidos de venda para 100 mil litros e chegou 120 mil, amanhã ela tem para 90 mil e chegou 100 mil, depois de amanhã ela tem para 120 mil e chegou 100 mil.
Essa característica é uma das complicações que o mercado de leite carrega pelo fato do produto ser perecível (só uma).
Aí nasce o tal "leite Spot" que você questiona. Se a indústria "A" recebeu mais que precisa, vende para a indústria "B" que recebeu menos que precisa.
Dessa forma as estratégias são criadas. A indústria que não quer comprar SPOT, seja por rastreabilidade ou outro ponto qualquer, compra leite sobrando e se torna uma vendedora da SPOT com o saldo que sobra. A indústria que quer trabalhar ajustada com vendas, compra menos leite que seu histórico médio de vendas e completa com o SPOT. E tem ainda aquelas que vivem de comprar para revender, e atender a todos que precisam completar sua produção.
Isso tem alguma coisa haver com "cartel" como você alardeia? Absolutamente não.
O SPOT é um mercado de oportunidade, funciona como uma "bolsa" com cotações quinzenais. Você por vezes compra e vende para seu pior concorrente hoje, e ele não tem nenhum compromisso de te comprar ou vender uma gota de leite amanhã. Por ser um mercado de oportunidade, tem momentos que está bem mais caro que o leite no campo e momentos como agora que está sendo precificado de 1,00 a 1,10, considerando que a indústria vendedora tem que tirar desses preços o preço de campo, frete e custo de resfriamento. Logicamente que está no prejuízo.
Complementando a resposta do Fabricio: se existe um setor que não há cartel e nem a menor união entre seus entes é a indústria de laticínios. Só de empresas que tem o Selo SIF são mais de 1.200 no país. Tem regiões que tem mais de 20 laticínios concorrendo e quando falta leite se alternam batendo nas porteiras dos produtores dos concorrentes.
Essa visão que atrasa o mercado e nos impede de olhar com mais clareza para os problemas reais e limitantes da cadeia láctea.
Procure pesquisar um exemplo que te fará entender: O mercado do BOI tem cotações mais dinâmicas que o leite, diárias. Nesse mercado a maior processadora detem quase metade das operações. Procure saber quanto a maior processadora de lácteos do país detém de percentual de atuação.
EM RESPOSTA A SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROS
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2018

Sávio muito obrigado por as colocações, de forma nítida expõe a realidade, só não vê quem não quer.
Ainda continuo dizendo que é impossível acordar quem finge que está dormindo.
EM RESPOSTA A SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROS
DANIEL ANTUNES AMORIM

CRUCILÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/12/2018

Sávio. Obrigado por me esclarecer. Nesses últimos meses passei a admirar sua coragem e sinceridade.
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Sempre a mesma coisa, no final a culpa é do produtor! Já estou cansado de ser chamado de incompetente!!
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Nelson obrigado por o comentário!
Não é questão de incompetência, as vezes temos competência mas nós falta alguém que nos de um suporte , por isso acho fundamental uma boa assistência.
SERGIO MASSERA

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Fabrício, entendo que estes dois dois assuntos distintos que no final se completam pois toda empresa tem que ser profissional e competitiva. Os dois podem e devem andar em paralelo.

Talvez muito da reclamação que vem sobre o governo tenha a ver com a crise que se gerou desde 2014 , a maior dos últimos 80 anos além das diversas manobras políticas que prejudicaram o produtor de leite. Quando se soma tudo isto foram anos muito difíceis.

Concordo também que com toda a crise econômica gera-se oportunidade de melhorias !

Acredito que os dois podem e devem andar juntos!
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Sérgio obrigado por o comentário! Perfeita sua colocação.
RODRIGO SCHAAN

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2018

Muita assistência "técnica" falta a tecnica correta aplicada a realidade. Quando o foco é vender produto e não incluir o necessário para melhorar o negócio visando o crescimento. FALTAM TECNICOS DE QUALIDADE E COMPROMETIDOS COM O PRODUTOR
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2018

Rodrigo obrigado por o comentário!
Mas entre tantos técnicos disponíveis no mercado, precisamos aprender a identificar os bons e trazer para nosso time .
EM RESPOSTA A FABRÍCIO NASCIMENTO
RODRIGO SCHAAN

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2018

por ai, reintero o que falei, muito técnico com pouca técnica. Na minha experiencia salvam-se uns 10%.
EM RESPOSTA A RODRIGO SCHAAN
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2018

Rodrigo , então vamos encontrar estes 10% de bons técnicos e trazer eles para o nosso time.
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/12/2018

O que está ocorrendo com a produção de leite no Brasil? O que está errado? Quem são os culpados? Nas últimas 4 décadas tenho visto a mesma história se repetindo sempre. Produtores orientados para maiores índices zootécnicos, buscando desesperadamente escala de produção antes de ajustarem seus custos de produção, ânsia em financiar um "compost barn" para depois enxergarem que sua conta de energia ficou insustentável, abrirem mão de manejarem bem suas pastagens partindo para confinamento com silagem de milho, custos de produção cada vez mais elevados e sempre buscando um culpado para suas decisões equivocadas. Não pensem que não reconheço o esforço dos produtores, seu dia a dia de labutas sem descanso, problemas ambientais, sanidade, qualidade do leite, etc Reconheço, valorizo os esforços, profissão muito nobre, mas com muitas distorções, principalmente no que diz respeito a mercado, comercialização, organização, cooperação e até no reconhecimento dos equívocos e na constante busca de culpados, desde que não sejam eles mesmos. Uma constante nesses vídeos é a reclamação contra os governantes, que não tem as responsabilidades que lhes são imputadas e tampouco podemos imaginar que as importações do Uruguai e Argentina, de algo em torno de 2% da nossa produção, tenham tanto poder de afetar nossos preços internos. Nossos dirigentes, nossos técnicos, e até alguns políticos políticos, ficam culpando governo, importações e passando a mão na cabeça dos nossos produtores que ficam seguindo recomendações equivocadas e não se preocupam com seus custos de produção. A maioria dos produtores que andam reclamando investiram em animais caros, pesados, de alta produção, que exigem silagem de milho e grãos, investiram em "compost barn" - um fator não produtivo, e agora tem que pagar os financiamentos. Tais financiamentos de investimentos em fatores não produtivos tem que ser pagos com o "lucro" deixado pelo leite e não com o preço cheio do leite. Então vêm as chuvas, todos produzindo leite mais barato, pastagens verdejantes, incremento de oferta e queda no preço do produto. Sempre foi assim e sempre continuará a sê-lo: "Lei da Oferta e da Procura", simples assim: não tem político que possa vetar essa lei do mercado. Mais um detalhe: no mundo inteiro quem produz leite está dentro do curral, da sala de ordenha, cuidando das pastagens, dos partos distócicos enquanto nossos produtores estão reclamando dos salários a serem pagos, obrigações trabalhistas, mão de obra escassa e pouco qualificada, cooperativas que vendem seu parque industrial de processamento do leite para as transnacionais. Vamos acertar o que temos competência de mudar e buscar aquilo que está em nossas mãos.
décadas a fio e ninguém aprende.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2018

Leovegildo muito obrigado por o comentário!
Muito lúcidas suas colocações, vieram a somar ao que escrevi.
Existe sempre algo dentro da porteira que podemos melhor , eu sempre foco nisso, tento também abrir os olhos dos colegas produtores, para que assim como eu, abram os olhos , arregacem as mangas e façam p que tem que ser feito.
Quanto aos vídeos, me pediram para que gravasse um, mas meu ponto de vista é o de que devemos dedicar nosso precioso tempo ao que está em nossas mãos, tempo de gravar um vídeo destes eu gasto escrevendo um texto com coisas simples do dia a dia mas que se feitas de maneiras corretas trazem mais resultados do que estes vídeos.
Outro ponto que vejo , é que o consumidor é nosso amigo,e muitas vezes não compra lácteos por falta de informação, não podemos falar coisas do tipo , "se acham caro venham tirar ", se gastassemos este tempo mostrando coisas boas , vantagens de consumir lácteos, as redes sociais atingem a massa, e a massa é que mais consome, então vamos trazer nossos clientes(consumidor fina )para o nosso lado.
Amanhã publicarei um artigo neste sentido.
EM RESPOSTA A FABRÍCIO NASCIMENTO
JOSÉ REIS ABOBOREIRA DE OLIVEIRA

IGUAÍ - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/12/2018

Muito boa Fabrício, sua abordagem. Temos uma população de cerca de 200 milhões de consumidores no próprio país, mas nosso consumo percapta é muito baixo em relação ao Europa e aos Estados Unidos
EM RESPOSTA A JOSÉ REIS ABOBOREIRA DE OLIVEIRA
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/12/2018

José obrigado por o comentário!
Precisamos inverter este cenário de consumo, a necessidade de informar o consumidor sobre a qualidade do leite produzido é cada vez maior , por que as campanhas contra o consumo de leite são muito fortes.
LUIS FERNANDO

CASTRO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/12/2018

Parabéns pelo artigo Fabrício!

Você tem toda a razão quando comenta que temos que controlar aquilo que é controlável, ou seja, porteira para dentro, é a nossa obrigação ser alta performance em nossa atividade, devemos parar de culpar as variáveis não controláveis e utilizar a nossa energia para melhorar os indicadores.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2018

Luís obrigado por o comentário!
Eu sempre procuro focar do que da para fazer, coisas que estão fora do alcance roubam tempo e não trazem resultado.
SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROS

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/12/2018

Boa tarde Fabrício!

Você foi no ponto;

É preciso entender que o mercado é cíclico e que o produtor deve trabalhar com médias anuais. É lógico que quando os preços sobem demais, como aconteceu por conta da greve, o nosso preço descola do mercado internacional e em algum momento ele cairá demais.
É triste para um país continental e rico como o nosso sermos importadores, mas a solução para isso é exportar e equilibrar a balança. Para isso faltam padrões de qualidade, sanitários e de boas práticas.
Aí aparecerão alguns gritando que não somos competitivos. Muitos produtores no Brasil são, incluindo você, e os outros que gostam da atividade deverão se tornar.
Vimos esse movimento em 2016 quando os preços voltaram com mais força após um pico histórico e se repetiu em 2018, Sugiro aos produtores orçarem o que será seu preço médio no ano e controlar ao final qual foi o realizado. Dessa forma dá para planejar custo de operação e investimentos.
Te convido para vir aqui conhecer outros muitos produtores que como você estão satisfeitos com a atividade, marcando crescimento anual acima de 8%. Parabéns pela visão !!!
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2018

Sávio muito obrigado por o comentário! Muito obrigado também por o incentivo !
É difícil o produtor abrir a cabeça e entender isto que falamos, digo por mim mesmo, demorei para entender , talvez ainda não tenha domínio, mas visão eu tenho, e tento ao máximo levar esta visão aos demais.
Precisamos ver o consumidor como nosso amigo, se conseguirmos aumentar em meio por cento o consumo percapta em um ano teremos um aumento de cento e cinquenta por cento no consumo.
Exportações também, precisamos fazer o dever de casa, para que possamos chegar em um cliente estrangeiro e dizer, temos melhor leite no que tange a qualidade ,enquanto não tivermos isso , exportações continuará sendo sonho.
Vontade não me falta de ir conhecer os produtores da sua região, bem como conhecer mais de perto o trabalho diferenciado que vocês oferecem,uma hora conseguiremos encaixar uma agenda na região e o amigo quando vier para o Sul será muito bem vindo em nossa propriedade.
Um baita abraço e viva o leite!
BRUNO DE CASTRO RABELO

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2018

Boa tarde amigo, gostaria sim de conhecer sua propriedade, como posso faze-lo? meu e-mail é: b_rabelo@hotmail.com
muito obrigado.
EM RESPOSTA A BRUNO DE CASTRO RABELO
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2018

Bruno obrigado por o comentário!
Entrarei em contato por o teu email
ALEXANDRE JACOB REINER

CONDOR - RIO GRANDE DO SUL - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 10/12/2018

Se baixou tanto o consumo porque aumentaram tanto a importação. Acho que alguma coisa não esta fechando aí. Abram as fronteiras para os produtores comprarem no Uruguai insumos , medicamentos , minerais. Assim poderemos baixar nossos custos em 30 a 40%. Falam tanto que o produtor tem de baixar custos como baixar custos onde o preço do que nós precisamos não baixa? Ração ,medicamentos , mineral , adubos , semente de milho, eletricidade e tantos mais.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2018

Alexandre muito obrigado por o comentário!
Concordo com você, porém estas coisas não estão em nossas mãos, eu falo para produtores, sou produtor e me dedico a ajudar os colegas a melhorarem naquilo que está no alcance de suas mãos.
JULIANO BAIOCCHI VILLA-VERDE DE CARVALHO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2018

Lúcidas ideias como a sua, num momento em que todos nos sentimos vítimas do mundo, pode parecer mesmo uma conspiração de indústrias e cooperativas para nos calar contra a influência do mercado externo, que tem custos menores e estoques elevados. Estou no ramo Leiteiro desde 1993, um pouco mais que o articulista, sempre no DF. Experimentei genéticas para rusticidade, avancei na genética especializada, empolguei com a ideia da verticalização, montei agroindústria, comprei leite de vizinhos, vendi muito leite para programas sociais, ajudei escrever textos que se tornaram leis de programas de aquisição, voltei a investir em genética, comercialização de gado, feiras de gado de elite. Só uma coisa eu nunca tive, apesar de estar na unidade da federação mais próxima dos governos: assistência Tecnica de verdade, com responsabilidade e comprometimento com resultados. Por isso concordo com o articulista: tudo isso poderia não ter se perdido se houvesse mais planejamento empresarial, assistência técnica, com conhecimentos de economia e mercado, não só zootecnia e nicho-manias.
Parabéns Fabricio!
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2018

Juliano obrigado por o comentário!
Muito obrigado por o apoio!
Eu estou no leite desde 1998,pessoas como você aumentam ainda mais a minha vontade de buscar coisas novas e úteis para publicar e ajudar os colegas produtores a se desenvolverem.
Somos executivos do leite !
Assim que precisamos nos enchergar dentro da propriedade, não basta produzir , é preciso ter a propriedade como uma empresa e como tal deve gerar lucro.
CARLOS MARX BRAGA DE FIGUEIREDO

BAMBUÍ - MINAS GERAIS

EM 09/12/2018

O autor e produtor de leite , ou pelo menos conhece uma fazenda de leite no seu dia a dia ? Ja fez contas simples tipo Despesas/ Receitas ? Conhece o nivel intelectual de nossos '' COLABORADORES '" ? Esteja certo que o produtor conhece sua propriedade (porteira a dentro ) como a palma de sua mão; precisa de muita assistencia técnica, concordo plenamente, mas que so aliada a sua vida doada a atividade, NÃO BASTA / Concordo tb que quanto MAIS LONGE O GOVERNO, MELHOR, mas gostaria de lembra-lo que nos paises decentes , LEITE NÃO È ATIVIDADE DE RISCO E existe UMA POLITICA PARA O SETOR SIM.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2018

Carlos obrigado por seu comentário!
Sim,sou produtor de leite e vivo exclusivamente do leite desde 1998, então sei muito bem o que estou falando, se a atividade não fosse rentável eu teria morrido de fome.
Faço controle total de custos e gestão, foi só quando comecei a fazer isso que mudei a realidade da propriedade.
Eu já errei muito na atividade mas aprendi e continuo aprendendo com os erros e hoje compartilho o que aprendi com os outros produtores para que não cometam os mesmos erros.
ANDRE FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA

JUNDIAÍ - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/12/2018

Excelente seu artigo sobre o tema e também seu ponto de vista, pois o que precisamos de fato, é sabermos o que o negócio do leite tem para oferecer e os pontos críticos para a gestão.

Muitos se fala sobre o preço pago para o leite ao produtor, mas o nosso preço está entre os mais altos do mundo. Então a pergunta a ser feita é o custo da produção como é controlado?
A produtividade na produção de leite no Brasil é uma das mais baixas do mundo, então este é um ponto crítico, o custo de uma vaca não produtiva deve ser maior do que uma vaca produtiva. Estamos atrasados mais de 50 anos em relação aos países com os melhores índices de produtividade de leite.
O fato de existirem países que destinam a sua produção para exportação, como Nova Zelândia, Argentina, Uruguai e Estados Unidos, por exemplo, é por que simplesmente existe mercado e países que não produzem tudo o que consomem, como é o caso do Brasil, assim precisamos entender se o problema é importação ou deficit de produção.
Os padrões de qualidade do leite evoluíram significativamente no que tange à microbiologia do leite, baixando a CBT, por causa do resfriamento do leite, mas não evoluímos quase nada em termos da qualidade de células somáticas no leite, sendo que os números dos laboratórios oficiais, mostram que a contagem de células somáticas no leite se encontram no mesmo patamar, com média de 500 mil células somáticas, representando uma perda de potencial de produção de 6%, trabalho feito por Philpot e Nickerson há mais de 40 anos, representando um valor que estamos jogando no ralo, pois ninguém se beneficia com esta perda.
As mastites contagiosas, ocasionadas pelas bactérias gram positivas, são disseminadas em uma região vasta e muitas vezes nem é identificada.
Eu não sou produtor de leite, mas trabalho com a área de diagnósticos e temos um foco para a produção de leite, e um ponto que deve melhorar e muito é o que foi citado, e muito bem por você Fabrício, como é feita a gestão das propriedades no Brasil.
Neste trabalho com a qualidade de leite pelo mundo consegui identificar claramente duas classes de produtores: os que fazem a gestão do negócio com eficiência, escolhendo os indicadores chave de gestão e aqueles que não fazem a gestão.
Muito bom o seu artigo focalizando a necessidade de gestão porteira adentro, controlando as coisas que estão sob o domínio do produtor, pois o restante, sempre será incerto e mais difícil de resolver.
Para o restante o que é preciso fazer, cito algumas medidas que podem ajudar neste momento de transição e mudanças:
O que o setor quer do novo governo?
Temos um plano estratégico para o seguimento da produção do leite?
Fazemos a gestão adequada dos indicadores estratégicos para o sucesso do negócio do leite?
Se temos importação de leite, não podemos produzir mais leite no Brasil e ganhar mais dinheiro?
Se a melhor época para a produção do leite é o inverno, por quê falta leite exatamente neste período?
Se a qualidade do leite é boa para o produtor, pois ele vai ganhar mais em produtividade e ganhos em programas para pagamento e também para a indústria, pois converterá mais leite em produtos, por quê não avançamos significativamente nisto nos últimos 20 anos?
Sei que estes pontos podem gerar desconforto, mas uma coisa é clara, não estamos avançando no cenário mundial e estamos ficando para trás tanto na produção, produtividade e qualidade do leite e o preço do leite está entre os maiores do mundo, então já temos um bom começo, se aproveitarmos o momento e realizarmos as mudanças que estão ao alcance do produtor, porteira adentro, já teremos um bom começo e se prepararmos um plano audacioso para o leite e apresentarmos para o governo e o setor lácteo, poderemos ter um futuro mais promissor, pois com as medidas tomadas nos últimos 20 anos não foram suficientes para alterar o panorama.
Podemos reclamar e pedir providências para o governo, esperando que pessoas iluminadas tenham idéias brilhantes, ou podemos fazer uma análise do panorama atual, pontos críticos de interesse, ferramentas de gestão, indicadores chaves de desempenho e metas audaciosas, e quem sabe em 20 anos não estamos exportando queijos para a China, queijo coalho para os Estados Unidos e manteiga para a Rússia?
A diferença entre reclamar e fazer é que nos mostrará a alternativa que escolhemos, mas isto é coisa para o futuro, e o futuro começa hoje.
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2018

Andre muito obrigado por o comentário!
Excelente visão a sua , mas a maioria acha mais fácil reclamar, muitos são manipulados a reclamar de coisas que não estão sob nosso controle , realmente temos uma das piores média vaca, e somos fracos em qualidade .
Mas encarar a realidade parece difícil, a zona de conforto prende muitos de nossos produtores.
Mas o futuro é logo ali, e quem não entender o que falamos a seleção natural vai excluir da atividade.
EM RESPOSTA A FABRÍCIO NASCIMENTO
ANDRE FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA

JUNDIAÍ - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/12/2018

Obrigado pela resposta Fabrício,

O tema é delicado e não gerará consenso. Escrevi um artigo mostrando que nos encontramos no mesmo estágio dos países desenvolvidos na produção leiteira de 50 anos atrás, com os mesmos problemas e índices de produtividade.
Como eles evoluíram? Com a aplicação de técnicas de gestão, ciência e tecnologia.
Enquanto não entendermos isto, aqui no Brasil, o setor lácteo vai continuar a patinar e ser o único sem condições de competitividade.
Abraços
DANIEL ANTUNES AMORIM

CRUCILÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

É uma decisão muito fácil. Quem se incomoda com o preço do leite é só vender o rebanho todo e fazer outra coisa da vida.

Mas se quiser continuar na atividade comece a ser profissional. Encarar a atividade como uma empresa.

A questão dos impostos é um problema do Brasil inteiro. Agora a lucratividade do leite só será clara se você for profissional. Toda empresa duradoura sempre reinvestir nela mesma.

E o maior investimento que hoje a pecuária necessita é investimento em informação e conhecimento.

Digo... Zootecnia e "financeiro"
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

Daniel obrigado por o comentário!
Empreendedorismo é o fundamental ! Quem não entender isso a seleção natural vai excluir da atividade.
DAVI BONI

EM 09/12/2018

O meu povo o problema de ser produtor de leite não é como uma empresa que vc chega na sexta e para. São 24 horas por dia e sim têm ter acompanhamento só que faz 4 anos que não têm mais jeito os produtos usados na alimentação tiveram seu reajuste é o leite não vão ver os últimos anos ?
EM RESPOSTA A DAVI BONI
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2018

Davi obrigado por o comentário!
Lembre-se que existem empresas que trabalham 24 horas e finais de semana.
Concordo com você quanto ao aumento dos custos, só que eu sou da ideia de fazer o que está ao nosso alcance, e esta questão de preço não temos poder nenhum sobre ele, quanto mais gastamos nosso precioso tempo com estas coisas que não podemos resolver ,maior é a nossa frustração.
VINÍCIUS CRESPO GOMES

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 11/12/2018

Também tenho esse pensamento liberal! Pedir políticas de preço ou protecionismo ao governo apenas irá camuflar o problema e estimular a INEFICIÊNCIA na produção.
EM RESPOSTA A VINÍCIUS CRESPO GOMES
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2018

Vinicius obrigado por o comentário!
Usaste a palavra correta "estimular ineficiência ", leite é para profissionais.
CELIO ROBERTO PIRES CORREA

ESTRELA - RIO GRANDE DO SUL

EM 08/12/2018

Concordo Fabrício e muito nas suas colocações, porém acho que nossas análises devem ir muito mais além do simples fato da maioria dos produtores não ter uma ou receber uma assistência técnica de qualidade, a atividade deve sim ser encarada como uma empresa, porém devemos analisar a cadeia num todo para entendermos do por quê estarmos agora discutindo este assunto, o auto endividamento, o auto custo de produção, o baixo poder de aquisição do consumidor, a importação de leite, somados são impactantes na crise, mas o fator mais importante que na minha opinião desencadeia ou agrava e muito a crise são os autos impostos embutidos e escondidos dentro de cada produto utilizado pelo produtor a média no valor pago de impostos por produto é de 40% alguns produtos chegando a 100% de impostos, veja bem quando falo de impostos me refiro a todo o ciclo da mercadoria, extração, produção, comercialização em cada incremento ou venda existe um imposto cobrado...Acho q se tivéssemos uma taxa somente de imposto sobre todos os produtos utilizado na agricultura algo na casa dos 6 a 10% teríamos um leite barato na produção, e com poder de concorrência com produtos importados, e maior ganho líquido para toda a cadeia...Bom para produtor, indústria, mercado e consumidor...
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

Celio obrigado por o comentário! Muito sensata suas colocações, seria uma boa ajuda os impostos baixarem,porém isto não está em nossas mãos, e eu sempre procuro fazer aquilo que está no meu alcance.
FERNANDO CERÊSA NETO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

Fabrício, bom dia.
Me dê uma dica como sobreviver a uma perda de receita de 0,65/litro em três meses.
Se tiver, agradeço.
Fernando Ceresa Neto
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

Fernando obrigado por o comentário! Precisamos fazer uma média anual, e sempre calcular os custos no preço menor de leite, que quando ele subir vamos conseguir fazer uma reserva .
Não é fácil, eu sei disso , mas se tem gente conseguindo é por que é possível.
ALEX REZENDE

EM 08/12/2018

Porque ao invés de ficarmos discutindo quem é proficional ou não, nós devemos é nos unir pela melhora do valor do nosso produto ,por exemplo se paracem de aplicar ocitocina para vacas liberar o leite ,o leite do brasil ficaria a menos de 50 por cento ,consequentemente forçando a auta do produto.Produto esse que teria muito mais qualidade (seria menos alergenico).
FABRÍCIO NASCIMENTO

JÓIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2018

Alex obrigado por o comentário! Eu não aplico ocitocina, mas sei que ocitocina é um hormônio que a vaca produz naturalmente.
Concordo plenamente que é preciso união, porém união no sentido dos produtores se ajudarem, compartilhar dicas de coisas que funcionam em sua propriedade.
Eu sou produtor de leite e já errei muito na atividade mas aprendi e continuo aprendendo com os erros e hoje compartilho o que aprendi com os outros produtores para que não cometam o mesmo erro.

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