ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Manejo adequado de pastagens: um desafio ao produtor

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/05/2000

2 MIN DE LEITURA

0
0
Marco Antonio Alvares Balsalobre

Dados recentes estimam que na maior região brasileira produtora de carne bovina, em torno de 80% das pastagens passam por algum processo de degradação. Esta informação ilustra a ineficiência da produção nacional de bovinos e explica os baixos índices zootécnicos, uma vez que nossa pecuária tem sua base em pastagens. Vários são os fatores de degradação de pastagens, sendo que entre a escolha da espécie forrageira, a formação da pastagem ou a reposição de nutrientes, manejo dessas plantas é o fator de maior importância.

A condução de um manejo eficiente baseia-se no conhecimento da morfologia e da fisiologia da planta forrageira, sendo os dados gerados pela pesquisa científica a fonte de informação que determina a base para a tomada de decisões.

No contexto da pesquisa com plantas forrageiras tropicais, os estudos se concentram principalmente na parte aérea, deixando o sistema radicular como um componente secundário do manejo de pastagens. Entretanto, sabe-se da existência de um sistema integrado de funcionamento entre raízes e parte aérea destas plantas. Enquanto a parte aérea responde pela síntese de metabólitos orgânicos através da fotossíntese, o sistema radicular fornece água e nutrientes inorgânicos à planta, caracterizando assim uma relação de interdependência. Esta interação, associada a fatores de clima e solo, é que serão responsáveis pela produção e perenidade da pastagem.

Dados da literatura relatam que quando a produção de forragem diminui a ponto de ser notada através da lotação animal, a planta forrageira já reduziu drasticamente seu sistema radicular, o perfilhamento, a expansão de folhas novas e os níveis de reservas de carboidratos nas raízes e base de hastes. Isto foi dimensionado através de um estudo onde se observou, para uma variedade de Panicum maximum, que uma redução de 8% na produção de matéria seca do capim reduziu 3,8 vezes o sistema radicular, 4,0 vezes o nível de carboidratos não estruturais de reserva e 1,7 vez o aparecimento de folhas novas.

Dessa forma se explica a causa para a degradação das pastagens: o diagnóstico do fazendeiro é tardio, isto é, quando ele vê a necessidade de diminuir sua lotação animal a planta forrageira já se encontra debilitada. Mesmo dando um repouso a esta área, este produtor o faz apenas até que alguma área foliar seja refeita, não notando que os níveis de carboidratos de reserva e o crescimento do sistema radicular não foram adequadamente restabelecidos. Este manejo inadequado repetido sucessivamente, somado à provável baixa fertilidade do solo, certamente acarretarão na degradação destas áreas.

Dois pontos de vista devem ser salientados na busca de soluções para o problema de degradação das pastagens no Brasil. Num primeiro momento, sob o ponto de vista da pesquisa científica, maior ênfase deve ser dada para estudos que englobem a fisiologia da planta forrageira, incluindo a dinâmica do crescimento de raízes e por consequência sua implicação nas decisões de manejo.

Porém, de nada adianta a existência da informação se ela não for passada para a maior parte dos produtores, e é neste sentido que se insere o segundo ponto. É preciso mostrar aos produtores sobre a necessidade da presença de técnicos dentro de suas terras, assessorando-os e direcionando suas atividades para um sistema lucrativo e sustentável.

fonte: MilkPoint e Eng. Agrônomo Daniel S. Pagotto (Pós-graduando do Depto de Produção Animal, ESALQ-USP)

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures