ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Avaliação de Capins Tropicais Para Produção de Leite com Vacas de Duplo Propósito - Parte II - Comparação de forragens com e sem adubação

POR JOSÉ ROBERTO PERES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/06/2000

3 MIN DE LEITURA

0
0

José Roberto Peres

Na seqüência do trabalho discutido no último artigo, os pesquisadores do México avaliaram o efeito da adubação de quatro espécies forrageiras tropicais no potencial de produção de leite de vacas de duplo propósito. As condições da avaliação são as mesmas expostas no artigo anterior (parte I). A diferença se limitou à adubação de uma parcela das forragens com 100 kg de nitrogênio por hectare, na forma de uréia, no início do período chuvoso. A tabela 1 apresenta os resultados de análise das forragens avaliadas, com e sem fertilização.

 

Figura 1



Como pode ser constatado na tabela, os principais efeitos da adubação foram a diminuição dos teores de matéria seca e de fibra detergente neutro (FDN) e um aumento no teor de proteína bruta (praticamente 100%) e de cinzas. O teor de lignina também foi aumentado com a adubação. Com a diminuição do FDN era de se esperar um aumento também no teor de carboidratos não estruturais (CNE), o que não ocorreu em função do aumento do teor de proteína e de cinzas, já que os CNE são calculados pela diferença:

CNE = 100 - Prot. Bruta - gordura - cinzas - FDN

Uma vez caracterizadas as forragens, foram feitas simulações de dietas com uso de cada uma delas como alimento exclusivo. Com a composição dos capins adubados, o modelo matemático utilizado previu a possibilidade de aumento da produção de leite
.
Na média, a fertilização aumentou a ingestão de matéria seca prevista para as vacas (de 12,6 para 13,5 kg de matéria seca), o que por si só já implica em maior potencial de produção, mas não aumentou significativamente a quantidade de energia disponível para a produção de leite (passou de um potencial de 9,7 para 11,6 kg de leite). O maior efeito no entanto foi em função do maior teor de proteína bruta. Nas forragens não adubadas a produção potencial de leite em função da proteína disponível foi de 5,8 kg de leite, enquanto que nas forragens adubadas, o potencial previsto foi de 9,1 kg de leite.

Comparando as forragens individualmente, os melhores resultados foram obtidos com a B. brizantha, cujo potencial de produção chegaria a 15,7 kg de leite por vaca/dia, seguida do Andropogon (8,8 kg), do Capim Guiné (4,2 kg) e finalmente da Grama Estrela que, pelos resultados obtidos não teria potencial para sustentar produção leiteira (1 a 2 kg), o que foi atribuído a seus altos teores de FDN e lignina e baixos teores de proteína bruta. Em todos os casos a proteína continua sendo o fator mais limitante para o incremento da produção.

O melhor resultado previsto para a B. brizantha está relacionado aos menores teores de FDN e lignina apresentados por esta forragem, além de apresentar as maiores taxas de digestão da porção fibrosa.

Os resultados deste trabalho demonstram a grande variação existente nas frações de carboidratos e proteína e suas respectivas taxas de digestão nas forragens tropicais e que isto pode ter grande impacto no potencial de produção de gado de duplo propósito. Isto denota a importância de se conhecer a real composição dos alimentos para que se possa explorar ao máximo os recursos forrageiros.

Também fica demonstrado o efeito da adubação no aumento do potencial produtivo das forragens tropicais, logicamente desde que bem manejadas.

Comentário do autor: Com estes dados de forragens adubadas a grosso modo poderíamos inferir que o potencial de produção de leite de vacas mestiças, alimentadas exclusivamente a pasto varia entre 10 e 15 kg/dia. As diferenças encontradas entre as forragens avaliadas devem ser consideradas com cautela já que as diferentes espécies possuem exigências distintas de nutrição mineral e manejo e uma possível falha do experimento foi o corte de todas espécies numa mesma idade e altura de corte, não respeitando a fisiologia de cada planta. Seria interessante a disponibilidade de tais dados em diferentes estágios de maturidade, níveis de fertilização e avaliadas para alturas de corte diferentes, visando um mesmo nível de resíduo no campo.

fonte: Lagunes, F.I.J e colaboradores, 1999. Evaluation of Tropical Grasses for Milk Production by Dual-Purpose Cows in Tropical Mexico. JDS 82(10):2136-2145.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures